O chefe da agência de monitoramento eletrônico do Canadá falou pela primeira vez nesta quarta-feira (9) depois das acusações de que o governo do país espionou o Ministério das Minas e Energia do Brasil, afirmando que esse trabalho é legal e não tem canadenses como alvo.
John Forster, diretor do Organismo de Segurança das Comunicações canadense (CSE, nas siglas em inglês), se pronunciou em uma conferência de tecnologia em Ottawa, depois de o Fantástico ter informado no domingo que o governo brasileiro tinha sido alvo de espionagem industrial por parte da agência.
A reportagem foi baseada em documentos vazados pelo ex-funcionário de inteligência do governo americano Edward Snowden.
"Posso dizer a vocês que não temos canadenses como alvo, em casa ou em outros lugares, em nossas atividades de inteligência no exterior, nem temos como alvo alguém no Canadá. De fato, isso é proibido por lei. Proteger a privacidade dos canadenses é o nosso princípio mais importante", disse.
Forster se negou a entrar mais na polêmica desencadeada pelas supostas atividades de espionagem envolvendo o CSE e o governo do Brasil.
'Devido à natureza confidencial do nosso trabalho, estou certo de que vão entender que não posso dizer muita coisa', disse.
'Tudo o que o CSE faz em termos de inteligência externa segue as leis canadenses', completou.
A Globo apresentou documentos vazados com informações detalhadas do Ministério das Minas e Energia, incluindo ligações telefônicas e trocas de correspondências eletrônicas.
O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, disse na terça-feira que estava "muito preocupado" com as alegações, e declarou que um comissário independente vai analisar as atividades do CSE para verificar se as ações respeitam as leis canadenses.
Fonte: AFP
0 comentários:
Postar um comentário