Ao menos 44 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas no Egito, durante confrontos entre a polícia e partidários de Mohammed Morsi, presidente islâmico deposto em julho.
Uma multidão de pessoas pró-Morsi tentou entrar na Praça Tahrir, no centro da capital, onde milhares de manifestantes que defendem o Exército se reuniam para marcar o 40º aniversário da guerra entre o Egito e Israel, em 1973.
As forças de segurança usaram armas e bombas de gás para controlar a multidão. Jatos e helicópteros sobrevoavam a área, como uma grande demonstração de força por parte do governo.
Segundo o correspondente da BBC no Cairo, Quentin Sommerville, os simpatizantes de Morsi foram atingidos com munição de verdade - e responderam lançando pedras contra policiais e soldados.
As batalhas nas ruas do Cairo duraram horas, e era possível ver colunas de fumaça em várias partes da acpital.
Mas, de acordo com Sommerville, os militares acabaram conseguindo superar os manifestantes.
Polarização
Mas não foi apenas no Cairo que houve violência. Os protestos deste domingo terminaram em conftonso em diversas cidades do país. Em Delga, a 300 quilômetros ao sul da capital, uma pessoas foi morta. O mesmo aconteeu em Bani Suef, a 80 quilômetros do Cairo.
Milhares de manifestantes islâmicos já morreram em conflitos violentos no país desde que Morsi deixou o poder, 13 meses após ser eleito presidente.
Ele e outras figuras importantes da Irmandade Muçulmana foram presos e aguardam julgamento.
Apesar das ameaças das forças do governo, simpatizantes do grupo continuam a tomar as ruas para pedir a volta de Morsi, ainda que em menor número que antes.
Os conflitos evidenciam a forte polarização em curso no Egito. De um lado, islâmicos tentam mostrar sua força e contam com apoio de grande parte da população.
Mas a outra metade do Egito teme o avanço islâmico que se esboçou na política do país.
Fonte: BBC Brasil
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