Os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e da Rússia, Sergei Shoigu, decidiram hoje ampliar a cooperação entre os dois países na área militar. Após reunião realizada na sede do Ministério da Defesa, em Brasília (DF), ambos anunciaram a criação de grupos de trabalho nos setores de segurança cibernética e espacial.
A partir de uma proposta feita por Amorim, e aceita por seu contraparte russo, também foi acertado o estabelecimento de um diálogo político-estratégico entre as duas nações nas áreas de defesa e segurança internacional.
Como parte dos entendimentos mantidos no encontro, o Brasil enviará, em até dois meses, uma equipe técnico-militar ao país asiático para dar início à fase final das negociações para aquisição dos sistemas de defesa antiaérea russos de curto e médio alcance (Igla e Pantsir-S1).
A autorização presidencial para o começo das tratativas com vistas à compra de cinco sistemas de defesa antiaéreos ocorreu em fevereiro deste ano, durante visita oficial do primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev à Brasília. Os novos equipamentos deverão ser utilizados nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. A previsão é de que o contrato seja assinado até meados de 2014.
Durante a reunião, Amorim afirmou que a intenção do Brasil em relação à cooperação bilateral com a Rússia vai além da compra eventual de equipamentos militares. “Queremos buscar uma parceria estratégica voltada ao desenvolvimento tecnológico conjunto”, afirmou.
Segundo o ministro brasileiro, a experiência com a aquisição dos sistemas antiaéreos e dos helicópteros de ataque MI-35 (o Brasil encomendou 12 unidades, das quais nove já foram entregues à Força Aérea) servirá de baliza para futuros projetos comuns. “Se essa cooperação correr bem, poderemos pensar em novos projetos de maior escopo, maior envergadura”, observou.
Intercâmbio e grandes eventos
O intercâmbio de oficiais nas escolas militares também foi tratado durante o encontro. Houve entendimento comum sobre a necessidade de ampliar a cooperação nessa área, com o aumento do número de militares a serem enviados para estudo nos dois países.
O detalhamento sobre cronograma e composição dos grupos de trabalho nos campos cibernético e espacial ficará a cargo dos estados-maiores conjuntos de ambos os países.
O compartilhamento de experiências na realização de grandes eventos também esteve em pauta. A comitiva russa ofereceu a troca de know-how no tema. E convidou o Brasil a enviar observadores às Olimpíadas de Inverno que acontecerão no país, em fevereiro de 2014. Como contrapartida, Amorim convidou o país asiático a enviar observadores à Copa do Mundo do ano que vem.
Aviação militar
Os ministros também trataram brevemente na reunião do tema aviação militar. E sobre esse propósito, Amorim lembrou que está em curso no país o processo para a aquisição de caças de 4ª geração (FX-2). O ministro brasileiro disse, no entanto, que o Brasil está aberto a conversas sobre eventuais parcerias para o desenvolvimento de caças de 5ª geração.
Os representantes dos dois países conversaram ainda sobre temas da conjuntura internacional (Afeganistão e Síria), e também a cerca de aspectos relativos à segurança cibernética. Sobre este último assunto, houve consenso da necessidade de discussão de uma normatização internacional, a partir de um acordo global, que assegure a proteção das redes informatizadas e infraestruturas dos países.
Sobre isso, Amorim manifestou a preocupação brasileira com a evolução de uma regulamentação internacional que “congele” as diferenças hoje existentes entre os países nesse campo. “Temos que estudar maneiras de controlar o uso de armas cibernéticas, mas sem restringir o uso criativo necessário ao desenvolvimento tecnológico”, disse.
Estiveram presentes na reunião os comandantes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto; do Exército, general Enzo Martins Peri; e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito; o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, além do secretário-geral do MD, Ari Matos.
Como parte dos entendimentos mantidos no encontro, o Brasil enviará, em até dois meses, uma equipe técnico-militar ao país asiático para dar início à fase final das negociações para aquisição dos sistemas de defesa antiaérea russos de curto e médio alcance (Igla e Pantsir-S1).
A autorização presidencial para o começo das tratativas com vistas à compra de cinco sistemas de defesa antiaéreos ocorreu em fevereiro deste ano, durante visita oficial do primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev à Brasília. Os novos equipamentos deverão ser utilizados nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. A previsão é de que o contrato seja assinado até meados de 2014.
Durante a reunião, Amorim afirmou que a intenção do Brasil em relação à cooperação bilateral com a Rússia vai além da compra eventual de equipamentos militares. “Queremos buscar uma parceria estratégica voltada ao desenvolvimento tecnológico conjunto”, afirmou.
Segundo o ministro brasileiro, a experiência com a aquisição dos sistemas antiaéreos e dos helicópteros de ataque MI-35 (o Brasil encomendou 12 unidades, das quais nove já foram entregues à Força Aérea) servirá de baliza para futuros projetos comuns. “Se essa cooperação correr bem, poderemos pensar em novos projetos de maior escopo, maior envergadura”, observou.
Intercâmbio e grandes eventos
O intercâmbio de oficiais nas escolas militares também foi tratado durante o encontro. Houve entendimento comum sobre a necessidade de ampliar a cooperação nessa área, com o aumento do número de militares a serem enviados para estudo nos dois países.
O detalhamento sobre cronograma e composição dos grupos de trabalho nos campos cibernético e espacial ficará a cargo dos estados-maiores conjuntos de ambos os países.
O compartilhamento de experiências na realização de grandes eventos também esteve em pauta. A comitiva russa ofereceu a troca de know-how no tema. E convidou o Brasil a enviar observadores às Olimpíadas de Inverno que acontecerão no país, em fevereiro de 2014. Como contrapartida, Amorim convidou o país asiático a enviar observadores à Copa do Mundo do ano que vem.
Aviação militar
Os ministros também trataram brevemente na reunião do tema aviação militar. E sobre esse propósito, Amorim lembrou que está em curso no país o processo para a aquisição de caças de 4ª geração (FX-2). O ministro brasileiro disse, no entanto, que o Brasil está aberto a conversas sobre eventuais parcerias para o desenvolvimento de caças de 5ª geração.
Os representantes dos dois países conversaram ainda sobre temas da conjuntura internacional (Afeganistão e Síria), e também a cerca de aspectos relativos à segurança cibernética. Sobre este último assunto, houve consenso da necessidade de discussão de uma normatização internacional, a partir de um acordo global, que assegure a proteção das redes informatizadas e infraestruturas dos países.
Sobre isso, Amorim manifestou a preocupação brasileira com a evolução de uma regulamentação internacional que “congele” as diferenças hoje existentes entre os países nesse campo. “Temos que estudar maneiras de controlar o uso de armas cibernéticas, mas sem restringir o uso criativo necessário ao desenvolvimento tecnológico”, disse.
Estiveram presentes na reunião os comandantes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto; do Exército, general Enzo Martins Peri; e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito; o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, além do secretário-geral do MD, Ari Matos.
Fonte: Ministério da Defesa
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