quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Anac e Aeronáutica investigam queda de avião em Maricá, no RJ


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta terça-feira (22) que está acompanhando de perto o trabalho de investigação do Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Aeronáutica, para identificar a causa do acidente com o bimotor ocorrido na segunda-feira (21) em Maricá, Região dos Lagos do Rio, que causou a morte do juiz Carlos Alfredo Flores da Cunha e do piloto Adelmo Louzada de Souza.
 
Segundo a Anac, as causas deste acidente só serão evidenciadas após o término da investigação realizada pelo Cenipa. A agência informou ainda que as documentações da aeronave e do piloto estavam regulares. De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) da aeronave de matrícula PT-KGK estavam válidos.
 
Também segundo a Anac, o aeródromo de Maricá (RJ) está aberto ao trafego aéreo, sem emissão de aviso aos aeronavegantes sobre restrições em relação à pista de pousos e decolagens. O aeródromo de Maricá é público, operado e administrado pela prefeitura, que é a responsável pelo controle de acesso ao sítio aeroportuário.
 
Recentemente, a prefeitura solicitou à Secretaria de Aviação Civil (Sac) a interdição do local. O pedido está em análise pelo órgão. Caso seja aceito, a solicitação de interdição será enviada à Anac para que seja emitido um aviso aos aeronavegantes sobre o fechamento ou exclusão do mesmo do cadastro de aeródromos, conforme a solicitação. Portanto, até o momento, o aeródromo continua aberto ao trafego aéreo.
 
Em entrevista à Rádio CBN, pilotos do terminal de Maricá contaram que frequentemente carros da Guarda Municipal interrompem a pista de pouso no momento em que aviões vão aterrissar.
 
Sobre às denúncias de que um carro da prefeitura estaria impedindo o pouso de aeronaves na pista do aeródromo de Maricá (RJ), a Anac informou que abriu um processo para apurá-las. Entretanto, segundo a Anac, o operador aeroportuário tem prerrogativas legais para utilizar veículos em inspeções e verificações na pista e eventuais riscos às operações aéreas. O resultado da apuração da Agência poderá ser encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal, caso a ANAC identifique possíveis condutas deliberadas que possam causar riscos às operações aéreas do aeródromo.
 
Avião será retirado nesta terça-feira

Está programada para esta terça-feira (22) a retirada de dentro da água do avião bimotor que caiu no dia anterior em Maricá, no interior do Rio, causando a morte de duas pessoas na Lagoa do Marine. O dono de uma escola de aviação da cidade, Luiz Sérgio Guimarães, alegou que veículos da Guarda Municipal ficam em pontos da pista, colocando as manobras em risco. Mas a Prefeitura de Maricá, por meio de nota, negou a informação. Disse que as viaturas ficam em pontos afastados, sem interferir nas atividades aéreas.
 
O acidente com o bimotor aconteceu por volta das 17h de segunda-feira (21). Carlos Alfredo Flores da Cunha, de 48 anos, Juiz de Direito da 5ª Vara de Órfãos e Sucessões da Capital, e Adelmo Louzada de Souza, que não teve a idade divulgada, morreram no local. A aeronave decolou de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, segundo informou nota divulgada pela prefeitura da cidade.
 
Bombeiros do quartel de Maricá e agentes da Defesa Civil, com a ajuda de pescadores, retiraram os corpos das vítimas da água. Segundo a Polícia Militar, os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal de Itaboraí.
 
Outra aeronave caiu na cidade no mês passado

Em outubro deste ano, um homem morreu e outro ficou ferido após a queda de um monomotor também em Maricá. O avião partiu da pista de instrução do AeroClub, que funciona no aeroporto da cidade. Segundo informações da Polícia Civil e do AeroClub, o instrutor João Antonio Soares, de 36 anos, morreu no local do acidente. Caio Freitas, de 19 anos, que era aluno de uma escola de aviação da cidade, ficou ferido.
 
Pilotos acusam prefeitura do RJ de obstruir pista

 
Pilotos de avião que usam o aeródromo - pista de pouso, sem torre de controle nem equipamentos de navegação - de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, acusam a prefeitura de estacionar veículos da Guarda Municipal na via para impedir seu uso.
 
Anteontem, um monomotor que pousaria na pista caiu em uma lagoa a 8 km, matando os dois ocupantes. A causa está sendo investigada pela Aeronáutica, mas pilotos afirmam que o avião foi impedido de pousar por causa da presença de veículos e não conseguiu arremeter por conta de uma pane.
 
O acidente de ontem foi o segundo em 40 dias e o quinto desde 2012. Em 11 de setembro, um monomotor caiu sobre o muro de uma casa no Parque Eldorado, área urbana do município. O piloto morreu e o segundo ocupante ficou ferido.
 
Fonte: G1 e Estadão
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