terça-feira, 10 de setembro de 2013

França vai propor à ONU resolução sobre armas químicas da Síria

 
A França apresentará nesta terça-feira perante o Conselho de Segurança da ONU um projeto para concretizar a proposta russa para que o suposto arsenal de armas químicas da Síria fique sob controle internacional, anunciou o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius.
O texto, em primeiro lugar, condenará o massacre de 21 de agosto nos arredores de Damasco, exigirá que o ataque seja punido e pedirá ao regime sírio que esclareça sua posse de armamento químico e o deixe "sob a completa disposição" da comunidade internacional.
 
O anúncio aconteceu após uma reunião de Fabius com o presidente da França, François Hollande, e depois que a gestão da crise síria mudou com a proposta lançada na segunda-feira pelo ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
"As coisas mudaram desde ontem e para melhor. É preciso apertar a mão que se oferece, mas não cair em uma armadilha. É necessário ser extremamente vigilante para evitar uma manobra protelatória", avaliou Fabius.
Para o ministro, é necessário que os primeiros compromissos sírios "sejam quase imediatos", começando pela adesão do país à Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ). O ministro explicou que o objetivo de França desde o início foi a "eliminação da ameaça química e a proteção do povo sírio". Fabius considerou ainda que a mudança na postura síria foi resultado da firmeza mostrada até agora por parte da comunidade internacional.
 
Fabius também destacou que a Rússia mudou de posição, o que provoca interesse, mas também prudência. O presidente russo Vladimir Putin encontrou "uma porta de saída porque permanecer atado como uma rocha a Bashar al-Assad é muito pesado", disse. "Recebemos a proposta russa com interesse e prudência. Interesse porque é a primeira vez que se produz esta abertura e isto talvez permita encontrar uma solução. Prudência porque se trata de uma mudança de posição russa e também porque praticamente é de difícil aplicação", completou Fabius.
Ao mesmo tempo, o ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, afirmou que a pressão internacional, sobretudo de Washington e Paris, contra o regime sírio funcionou, depois da proposta russa de colocar as armas químicas de Damasco sob controle internacional. "É uma abertura. Precisa ser adotada e que o regime de Bashar al-Assad responda formalmente a ela, que se comprometa firmemente e que seja aplicada rapidamente", declarou o ministro.
 
Fonte: EFE
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