Aliado do regime sírio de Bashar al-Assad, o governo iraniano declarou neste sábado que os Estados Unidos já "não têm mais desculpas" para atacar a Síria, depois do acordo fechado em Genebra sobre a destruição das armas químicas de Damasco.
Na primeira reação do Irã sobre esse acordo entre Washington e Moscou, o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, avaliou que, "com a nova situação, todas as desculpas para os Estados Unidos e alguns países para realizarem uma ação militar contra a Síria desapareceram".
"Podemos falar de um êxito da frente de resistência (contra Israel), já que os Estados Unidos privilegiam a solução diplomática", afirmou. Essa "frente" é formada por Irã, Síria, Hezbollah libanês e o Hamas palestino.
Neste sábado, americanos e russos chegaram a um acordo sobre a destruição do arsenal químico sírio até meados de 2014, com a possibilidade de que sejam impostas medidas vinculantes.
No acordo, ambos os países "expressam a sua determinação conjunta para garantir a destruição do programa de armas químicas sírio o quanto antes e do modo mais seguro".
Em um comunicado, o presidente americano, Barack Obama, saudou o acordo alcançado neste sábado, mas disse que espera que o regime de Bashar al-Assad "esteja à altura de seus compromissos", e insistiu que "os Estados Unidos continuam preparados para agir, caso fracasse a diplomacia".
"Conseguimos realizar uma estimativa compartilhada sobre a quantidade e o tipo de armas químicas que o regime de [Bashar al] Assad possui e nos comprometemos a fazer que a comunidade internacional assuma o controle dessas armas", declarou o secretário de Estado americano John Kerry, depois de três dias de negociações com seu colega russo Serguei Lavrov em Genebra.
Fonte: AFP
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