domingo, 15 de setembro de 2013

China está criando novo helicóptero militar

 
O diretor do instituto de investigação e desenvolvimento de helicópteros da corporação aeronáutica chinesa AVIC Qiu Guangrong declarou que a China poderá desenvolver até 2020 as principais tecnologias necessárias para a criação de helicópteros da próxima quarta geração.
 
Os artigos publicados na imprensa chinesa levam a crer que nos próximos anos deverão ser criadas várias famílias de helicópteros de diversos tipos, o que permitirá à China entrar no grupo das principais potências mundiais em helicópteros.
 
Segundo a classificação chinesa, à primeira geração de helicópteros pertenciam os Z-5 (cópia do helicóptero soviético Mi-4), fabricados sob licença soviética e com os quais se fizeram os primeiros testes de lançamento dos mísseis antitanque HJ-73, desenvolvidos com base nos mísseis soviéticos Malyutka. A segunda geração corresponde a helicópteros como o Z-9, fabricado sob licença francesa, e as suas versões militares Z-9W e Z-9WA. A terceira geração são os helicópteros militares WZ-10 e Z-19 com que está agora sendo equipado a aviação do Exército de Libertação Popular da China.
 
Relativamente ao aspecto do futuro helicóptero, Wu Ximing, o construtor principal do WZ-10, referiu que a característica principal desse helicóptero de ataque será a sua grande velocidade. Dessa forma se torna cada vez mais evidente que os programas em perspectiva para a indústria de helicópteros chinesa estão relacionados com o desenvolvimento de aparelhos de combate baseados em plataformas completamente diferentes, como os convertiplanos e os aeronaves, que se irão caracterizar pela sua grande velocidade e grande alcance.
 
Antes já se falava da existência desses tipos de projetos. O projeto desse helicóptero terá provavelmente a sigla WZ-20 e ainda estará na fase de desenho. Na exposição aeronáutica de Zhuhai e na recente feira de helicópteros de Tianjin foi apresentada uma grande quantidade de modelos de convertiplanos e de helicópteros de versões alternativas. A partir desses modelos, porém, não se conseguia perceber que tipo de armamento eles irão transportar.
 
Apenas se tornou evidente que, depois de muitas décadas a fabricar aparelhos sob licenças estrangeiras e a aperfeiçoá-los gradualmente de acordo com as suas necessidades conjunturais, a China quer pôr em prática uma série de projetos originais e bastante arriscados do ponto de vista técnico. Basta recordarmos os enormes problemas de fiabilidade e segurança que acompanharam o desenvolvimento da produção em série e a entrada ao serviço do único convertiplano que hoje equipa forças armadas, que é o Osprey norte-americano.
 
A criação de helicópteros de alta velocidade e de convertiplanos exige a resolução de muitos problemas técnicos e, o que é ainda mais importante, uma grande modernização das infraestruturas produtivas com uma completa requalificação da sua mão-de-obra. Um programa tão ambicioso, especialmente se se considerar a pouca experiência que a China tem na criação de modelos originais de helicópteros, será provavelmente acompanhado por inúmeras dificuldades, pelo incumprimento dos prazos e grandes derrapagens do respectivo orçamento.

Durante todo esse tempo a base do parque de helicópteros de ataque chineses será constituída pelos WZ-10 e Z-19 que estão sendo produzidos agora. Num futuro próximo não se esperam quaisquer projetos para os substituir. Eles serão fabricados e modernizados até à entrada ao serviço do WZ-20, o que não deve acontecer antes de meados da década de 2020, provavelmente até mais tarde. As principais áreas de modernização desses helicópteros tradicionais deverão ser os sistemas de vigilância e de controle de tiro, assim como a redução da sua detecção por radares

Fonte: Voz da Rússia
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