Mesmo depois que o presidente sírio Bashar al-Assad decidiu ceder e eliminar seu arsenal de armas químicas, o Brasil cobrou nesta segunda-feira mais um passo para a resolução da crise síria, que se estende por mais de dois anos: o fim da entrada de armas convencionais ao país. Ainda não há proposta sobre o tema no Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas o Brasil defende que parta do colegiado uma determinação nesse sentido.
“Defendemos a cessação imediata do fluxo de armas para a Síria. Esse fluxo de armas só tem agravado o drama humanitário”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo. “Esse fluxo de armas é parte do problema. E portanto, tem de ser equacionado. Sem dúvida, nós esperaríamos que o Conselho de Segurança, se for de acordo, determinar uma cessação disso”.
Segundo o chanceler, a significante comunidade de descendência síria no País torna a busca para uma solução ao conflito um tema sensível ao governo brasileiro. A escalada da violência entre forças do governo e rebeldes já provocou a fuga de 2 milhões de refugiados.
A exemplo de outras declarações do governo brasileiro, Figueiredo rechaçou a proposta de uma intervenção militar sem autorização do Conselho de Segurança. “Não existe uma solução militar para o conflito na síria, a solução tem de ser negociada”, afirmou. Ele felicitou o acordo encontrado pelos governos dos Estados Unidos e da Rússia pela extinção de armas químicas e defendeu a importância de uma nova conferência multilateral para intermediar um diálogo entre rebeldes e governo.
“Defendemos a realização no mais curto prazo possível de uma nova conferência internacional sobre a Síria que permita a realização desse diálogo direto entre as partes em busca de uma solução política”, disse o chanceler brasileiro.
Fonte: Terra
0 comentários:
Postar um comentário