terça-feira, 2 de abril de 2013

EUA enviam segundo navio de guerra para a região do Pacífico

 
O Pentágono disse nesta terça-feira que um segundo destróier será enviado para a região do oceano Pacífico. Além do USS John McCain, um navio de guerra para defesa contra mísseis balísticos, o USS Decatur deixou a base nas Filipinas e será posicionado na península coreana.
 
Na segunda-feira, o porta-voz do Pentágono, George Little, afirmou que as movimentações navais não tinham ligação com a série de ameaças que nas últimas semanas provocaram uma escalada das tensões na península coreana.
 
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, pediu que a Coreia do Norte abandone suas ambições nucleares, afirmando que os planos de Pyongyang para reabrir um reator nuclear desativado em 2007 são uma nova indicação de que o governo viola suas obrigações internacionais.
 
Carney observou que as recentes ameaças são contraproducentes, e afirmou que os EUA estão adotando medidas para garantir a sua própria defesa e de seus aliados.
 
Ele pediu ainda que China e Rússia ajam com maior determinação para conter a Coreia do Norte. "Não é um mistério para ninguém que a China exerce influência sobre o comportamento da Coreia do Norte", disse o representante do governo americano.
 
RETOMADA
 
Um porta-voz da Direção Geral da Agência Central de Energia Atômica norte-coreana anunciou nesta terça que cientistas começaram os trabalhos para retomar as atividades do complexo nuclear de Yongbyon, incluindo o reator atômico que é a única fonte de plutônio para o programa nuclear militar norte-coreano.
 
Ele foi desativado em 2007 após um acordo com a ONU para o desmantelamento nuclear do país. Segundo a agência estatal do regime comunista KCNA, a decisão foi tomada para fortalecer o arsenal nuclear e solucionar a grave escassez de eletricidade.
 
REAÇÕES
 
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a Coreia do Norte está em "rota de colisão com a comunidade internacional". Ban, que é ex-ministro de Relações Exteriores sul-coreano, afirmou que a crise foi longe demais e ressaltou a urgência para o início de negociações. "Ameaças nucleares não são um jogo", disse Ban, em entrevista coletiva em Andorra.
 
A China, maior parceira econômica e diplomática de Pyongyang, manifestou desapontamento com a retomada dos trabalhos do reator. "Lamentamos os anúncios da Coreia do Norte", afirmou Hong Lei, o porta-voz da chancelaria chinesa, que ainda pediu calma e a retomada do diálogo. Entretanto, ele afirmou que Pequim acredita que a questão nuclear não pode ser resolvida com sanções.
 
A Rússia não descartou que a crescente tensão leve a um conflito militar entre EUA e Coreia do Norte. O embaixador para missões especiais do Ministério de Relações Exteriores russo, Grigori Logvinov, acrescentou que "o mais importante é que a guerra psicológica não se transforme em uma verdadeira guerra".
 
A Coreia do Sul afirmou que monitora de perto as movimentações do país vizinho, e voltou a pedir que Pyongyang cumpra as "as promessas que fez no passado para o desmantelamento das instalações nucleares do país".
 
A Coreia do Norte, que se transformou numa potência militar atômica após o seu primeiro teste nuclear, em 2006, havia aceitado em 2007 interromper suas atividades no setor em troca de uma ajuda econômica e de garantias de segurança. Mas realizou um terceiro teste nuclear em fevereiro, motivando a aplicação de uma nova rodada de sanções da ONU.
 
Em represália, Pyongyang declarou o fim do armistício de 60 anos, que pôs fim à Guerra da Coreia, cortou a comunicação com Seul e ameaçou atacar instalações americanas e de seus aliados na região do Oceano Pacífico.

Fonte: Folha
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