O esforço para detectar e interceptar terroristas que se encaixam no perfil dos irmãos Tsarnaev, suspeitos pelo atentado à maratona de Boston, sempre será imperfeito, segundo o especialista Steve Flynn, diretor do instituto de pesquisa George J. Kostas para segurança nacional da Northeastern University.
O trabalho do FBI em identificar e capturar os suspeitos, que vinha sendo muito bem avaliado, passou a ser questionado por legisladores no aspecto preventivo.
Tanto democratas quanto republicanos sugerem que a polícia federal possa ter fraquejado em monitorar as atividades realizadas pelos irmãos antes do ataque.
O mais velho, Tamerlan, viajou à Rússia em 2012, onde teria recebido treinamento de grupos terroristas. O FBI também tinha indícios desde 2011 de que o suspeito era simpatizante de radicais islâmicos, mas, sem conclusão definitiva, o caso foi fechado.
Para Flynn, entretanto, a decisão tomada instituição não pode ser considerada uma falha.
"Muitos são puxados para a ideologia radical intelectualmente, mas poucos agirão com violência. O FBI não tem recursos para monitorar todos que viajam para uma parte perigosa do mundo ou que visitam sites radicais", afirma.
O papel da inteligência é tão importante imediatamente após o evento quanto teria sido antes dele, segundo o especialista em segurança. E, neste ponto, não houve faltas em Boston.
"Se o sentimento de risco permanece solto, como no 11 de Setembro, o impulso por parte das autoridades é trancar tudo. Mas fechar aeroportos e fronteiras tem custos e consequências, como motivar novos ataques. Encontrar respostas rápidas é uma chave."
Fonte: Folha
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