Os EUA estão se preparando para um ataque preventivo mediante veículos não tripulados contra alvos sírios onde alegadamente existirão armas químicas.
Apesar de o presidente Obama, em visita a Israel, ter pedido para aguardar por "provas definitivas " sobre um presumível uso de armas químicas nos arredores de Aleppo, a CIA procedeu aos preparativos necessários para a utilização de drones. No Congresso foi lançada uma campanha de aprovação de operações desse gênero. Conforme a Constituição, os congressistas têm o direito de aprovar qualquer ingerência militar externa dos EUA.
Em Langley foi formado um grupo especial, encarregado de avaliar e identificar os alvos concretos – materiais e humanos. Do Paquistão e do Iêmen foram transferidos oficiais da CIA especializados em comando de drones naqueles países, bem como no Afeganistão e na Somália. O novo diretor da CIA, John Brennan, tem a reputação de principal ideólogo da "guerra à distância" com o emprego de drones.
Representantes da CIA promoveram briefings secretos para ambas as comissões parlamentares de contra-inteligência (do Senado e da Câmara dos Representantes). Normalmente, tal procedimento ocorre antes da tomada de decisões importantes.
A presidente da respetiva comissão do Senado, a democrata Dianne Feinstein, esquivou-se a responder à pergunta sobre um eventual ataque contra a Síria. Disse literalmente o seguinte:
"Foi-nos facultada informação confidencial durante a reunião que decorreu à porta fechada. A Casa Branca também a tem, cabendo-lhe a ela tomar a decisão definitiva. Parece-me estarem chegando tempos difíceis. O regime sírio está cada vez mais desesperado. Sabemos onde se encontram as armas químicas. Estamos entrando numa época de trevas e a Casa Branca tem que estar pronta para qualquer cenário."
O presidente da comissão especial de inteligência da Câmara dos Representantes, Mike Rogers, do Partido Republicano, anunciou que a situação explosiva está perto da "linha vermelha" após a transposição da qual o regime de Assad não será perdoado.
"Creio que estamos perante certos compromissos morais ao abrigo dos quais devemos fazer alguma coisa com a capacidade do regime sírio de usar armas químicas. Isto significa um golpe militar limitado, pelo qual temos que assumir a responsabilidade moral."
Um grupo especial da CIA está mantendo contatos diretos com os serviços homólogos da Arábia Saudita, Jordânia, Turquia e outros países da região. O grupo foi encarregado de recolher informações sobre os alvos, suas características e os sistemas de proteção. Ao mesmo tempo, escreve o periódico Los Angeles Times, estão sendo preparados dossiers pormenorizados sobre os partidários da Al-Qaeda que fazem parte dos grupos de resistência na Síria. Ultimamente Washington tem estado preocupado pelo fato de os destacamentos oposicionistas islâmicos mais radicais terem ganho muitas batalhas. Por isso, os dossiers poderão ser utilizados para que os elementos de ânimos moderados possam, segundo o jornal, levar a melhor. Tudo indica tratar-se do aniquilamento físico daqueles que os EUA consideram agentes da Al-Qaeda.
Fonte: Voz da Rússia
Nota GBN: Vem ai, Iraque parte II? Pois mais uma vez os EUA estão preparando ataques contra um Estado árabe sob a alegação de estar defendendo a população de armas de destruição em massa. Pelo visto assistiremos a continuação da política da OTAN que visa derrubar os governos opositores aos seus interesses na zona de influência do Oriente Médio e Norte da África.
A preocupação dos EUA e seus aliados da OTAN deveria recair sobre a oposição que tenta derrubar o governo de Assad, pois há informações de que alguns de seus membros são simpatizantes de grupos extremistas ligados á redes terroristas.
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