segunda-feira, 18 de março de 2013

Supertucano e KC-390 são apostas de lucro



Principais estrelas do portfólio da Embraer Defesa e Segurança, a aeronave turboélice de treinamento avançado e ataque Super Tucano e o jato cargueiro KC-390 têm juntos mercado potencial de US$ 54,1 bilhões até 2025, segundo estimativas da companhia.

A estimativa de demanda por aeronaves da classe do Super Tucano para os próximos anos é de 344 unidades, um mercado de US$ 4,1 bilhões. A Embraer Defesa e Segurança tem 210 encomendas de Super Tucanos, tendo entregues 170 unidades.

A aeronave é operada por Forças Aéreas de nove países, como do Brasil, Chile, Colômbia, Angola e Indonésia.A Embraer Defesa e Segura teve anteontem a confirmação do contrato que irá assinar para o fornecimento de 20 Super Tucanos para a Força Aérea dos Estados Unidos, no valor de US$ 427 milhões. Para o presidente da unidade de negócios da Embraer, Luiz Carlos Aguiar, o novo recurso apresentado pela Beechcraft para tentar barrar o negócio não prosperaria.

A Embraer, associada à norte-americana Sierra Nevada, ganhou, pela segunda vez, a licitação para a venda do Super Tucano, mas Beechcrat, concorrente da brasileira, contestou o resultado.
 
Para Expedito Bastos, especialista em assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora, a venda das aeronaves abrirá novas oportunidade para a fabricante nacional.
 
“Esse contrato é muito importante porque poderá abrir novos nichos de mercado para o Super Tucano, inclusive para países da Europa”, disse.
 
Para o especialista, a Embraer deve crescer nos próximos anos no segmento defesa.

Cargueiro.

Já o jato cargueiro KC-390, em fase de desenvolvimento, tem demanda potencial de pelo menos 700 aeronaves nos próximos anos. É um mercado de US$ 50 bilhões, avalia a Embraer.
 
Aguiar relatou que atualmente há 2.000 aeronaves dessa categoria em operação no mundo e são aviões que precisarão ser renovados. “A nossa meta é conquistar pelo menos 15% desse mercado.”
 
O primeiro voo do KC-390 está programado para o próximo ano e o início de operações a partir de 2016.

O cargueiro será produzido nas instalações industriais de Gavião Peixoto. O jato tem emprego multiuso. Além da versão militar, terá uma civil para transporte de carga para missões de socorro e humanitária, entre outras. A Embraer já assinou carta de intenção de venda de 60 aeronaves com Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, República Tcheca e Portugal.

Avião de vigilância é nicho em expansão
 
O segmento de aeronaves de ISR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento) é outro nicho que a Embraer aposta que pode fechar negócios. Esse segmento tem potencial de demanda de 232 aeronaves nos próximos anos, mercado estimado em US$ 26,6 bilhões. A família dessas aeronaves disponibilizada pela Embraer ao mercado é derivada da plataforma do jato ERJ 145
 
Fonte: O Vale via Notimp
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