O Ministério da Defesa russo procedeu à criação das Forças de Operações Especiais, tendo já formado o respectivo comando, anunciou Valeri Guerassimov, general do Exército e chefe do Estado-Maior General, discursando perante os adidos militares acreditados em Moscou.
Segundo adiantou, a Rússia tomou esta decisão guiando-se pela experiência positiva acumulada pelos "maiores países do mundo" no decurso de conflitos armados no século XXI. Hoje em dia, as unidades destinadas à realização de operações especiais existem nos EUA, na França e na Austrália. Os "comandos" efetuam operações militares, antiterroristas e de resgate, inclusive no Afeganistão. A Rússia conta, para o mesmo efeito, com destacamentos especiais que são parte integrante de vários ramos militares. Com base no que já hoje existe, estas unidades constituirão uma nova estrutura a fim de cumprir uma série de tarefas de extrema importância, explica Igor Korotchenko, diretor da revista Defesa Nacional.
"Tais forças podem prestar serviço em teatros de operações militares remotos. Por exemplo, no combate à pirataria marítima. Poderão reagir ainda à captura de reféns ou assestar um golpe de retaliação contra bases de terroristas internacionais nas zonas onde existe uma ameaça real para os interesses nacionais. Por isso, como é óbvio, não escondemos os planos nessa vertente. Demos a conhecer a intenção de criar em breve tais forças. Desta maneira, a Rússia vem demonstrando a sua disponibilidade de reagir com o emprego da força a eventuais ameaças que possam surgir em regiões geográficas distantes. Neste contexto, seguimos o exemplo dos países mais avançados."
Para já, não foram revelados pormenores sobre a composição e o número referentes às novas unidades especiais. Sabe-se que as forças análogas dos EUA são compostas por 50 mil efetivos de ramos militares diversos, ressalta Viktor Baranets, observador militar do periódico Komsomolskaya Pravda.
"As unidades especiais foram utilizadas no Iraque e no Afeganistão. Trata-se de contingentes relativamente pequenos, bem treinados, capazes de se deslocar em helicópteros e aviões. Um bom exemplo é a operação especial levada a cabo pelos Navy Seals dos EUA que liquidaram Osama Bin Laden. A experiência mundial nessa área é bastante rica. As unidades russas estão bem preparadas, sendo necessário chegar a um denominador comum e subordiná-las a um comando único."
A mídia russa informa que a nova estrutura poderá integrar o grupo especial de ação rápida Senej, uma brigada especial de uma região militar, uma esquadra de helicópteros e uma de aviões de transporte. Fontes militares informam ter sido elaborado um conjunto de documentos a definir as linhas-mestras de desenvolvimento e emprego das forças especiais russas.
Fonte: Voz da Rússia
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