No último dia de visitas a Israel, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira que a criação do Estado judaico, definido pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948, não foi feita por causa do Holocausto.
Com isso, ele se retrata de uma declaração feita em uma visita ao Egito em 2009, em que atribuiu a criação do território ao genocídio de seis milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A afirmação causou mal estar e dificultou a relação com os israelenses no primeiro mandato de Obama.
"Aqui, na terra sagrada dos judeus, deixem-me dizer uma coisa para todo o mundo ouvir. O Estado de Israel não existe por causa do Holocausto, mas algo como o Holocausto não deverá acontecer com a sobrevivência de um Estado judeu de Israel forte", disse Obama, em discurso após visita ao Memorial do Holocausto.
Ainda no local, o presidente ressaltou que o antissemitismo e o racismo em geral "não têm cabimento no mundo", porque "nossos filhos não nasceram para odiar".
"Aqui lembramos não só a maldade que pode chegar o ser humano, mas também sua bondade, como daqueles que não ficaram à margem (e salvaram judeus). É um relato da atrocidade, mas também um lugar de inspiração".
Acompanhado pelo presidente israelense, Shimon Peres, e o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, Obama começou o percurso na Sala dos Nomes, um espaço circular coberto que em suas paredes têm fotografias e biografias de vítimas do Holocausto.
ROTEIRO
O americano ainda visitou os mausoléus do ideólogo do Estado judeu, Thedor Herzl, e do ex-primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin, assassinado em 1995, ao lado do museu Yad Vashem, em Jerusalém. Em seguida, seguiu para a igreja da Natividade, em Belém. A viagem precisou ser feita de carro devido ao mau tempo.
Depois, ele ainda se reunirá com Netanyahu e apresentará as propostas do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, sobre uma retomada das negociações de paz. Os dois se reuniram em Ramallah na quinta (21) para sondar a criação do Estado palestino, a qual Obama defendeu como a "única possível".
Após o almoço, Obama seguirá para a Jordânia, onde fará uma reunião com o rei Abdullah 2º. No evento, os dois discutirão a solução da questão palestina e também os efeitos da crise na Síria no Oriente Médio. O país é o principal destino dos refugiados do conflito entre o regime de Bashar Assad e a oposição.
Fonte: Folha
Nota do GBN: Ao que me lembre o estado judaíco de Israel nasceu de uma iniciativa da ONU após a libertação de milhões de prisioneiros judeus dos campos de concentração nazista, foi uma medida para dar a todo esse povo que sofreu uma bárbarie nas mão nazistas para recomeçar, uma vez que tal holocausto gerou neste povo um sentimento que os uniu e deu o ponto de partida para a criação de um estado judeu. Algo que vejo como controverso ao deslocar populações que ocupavam aquela região por centenas de anos para abrigar um estado judeu. Essa medida ocasionou em uma tensão enorme entre os estados árabes que detinham as terras naquela região e gerou várias guerras e conflitos, onde Israel acabou por estender seu território sobre terras pertencentes á outros povos e nações.
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