O construtor aeronáutico europeu Airbus fechou o maior contrato da história da aviação civil com o pedido de 234 aviões A320 por um total de 18,4 bilhões de euros (24,05 bilhões) feito pela companhia indonésia de baixo curto Lion Air.
O pedido inclui 109 aviões A320 Neo, a futura versão ecológica da aeronave, 65 aviões A321 Neo e 60 A320, o modelo atual.
"Trata-se do maior contrato da aviação civil da Airbus em termos de valor e em número de aparelhos", comemorou o presidente do construtor europeu, Fabrice Brégier.
Para enfatizar a magnitude do acontecimento, o contrato foi assinado no Palácio do Eliseu, em Paris, pelo presidente da Lion Air, Rusdi Kirana, e o da Airbus, na presença do chefe de Estado francês François Hollande.
O contrato representa 5.000 empregos na França ao longo de dez anos, segundo a presidência francesa.
Segundo a presidência francesa, os aviões Neo serão entregues a partir de 2016 e os modelos clássicos a partir do próximo ano.
Este anúncio acontece num contexto de más notícias sobre a indústria e o emprego na França, onde a taxa de desempregados atingiu 10,6% no final de 2012.
Hollande saudou "um contrato histórico por sua magnitude, histórico também pelo vínculo entre uma grande empresa europeia e uma grande empresa asiática e pelas perspectivas para a aeronáutica e a indústria entre os dois continentes".
A Airbus, com sede em Toulouse (sudoeste), tem 11.500 empregados, e é uma das poucas empresas que ainda contrata trabalhadores de forma importante na França. Seu presidente indicou em novembro que ia contratar em nível mundial cerca de 3.000 pessoas em 2013.
A Airbus já recebeu na semana passada outro grande pedido por parte da Turkish Airlines, no valor de 9,3 bilhões de dólares, e espera fechar outro com a companhia aérea alemã Lufthansa.
A Lion Air, companhia criada em 1999, foi originalmente uma modesta empresa com um único avião de 13 anos, mas que se converteu na primeira companhia aérea privada da Indonésia.
A companhia tem voos domésticos e também para Cingapura, Malásia, Vietnã ou Arábia Saudita.
No entanto, ainda não tem autorização para voar no espaço aéreo europeu e norte-americano por não respeitar satisfatoriamente normas de segurança.
A Lion Air não é cotada na bolsa e não publica suas contas. Seu volume de negócios e seus lucros são um segredo zelosamente preservado pelos irmãos Kusnan e Rusdi Kirana, dois discretos empresários que evitam ao máximo a imprensa.
Fonte: Isto é
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