O governo do Japão fez um protesto formal nesta terça-feira contra a China após um navio militar apontar o radar de mira contra uma embarcação japonesa no mar do Leste da China, no último dia 30.
O incidente acontece na mesma região em que os dois países disputam um arquipélago, chamado de Senkaku por Tóquio e Diaoyu por Pequim. O conflito se intensificou em setembro, quando o Japão comprou as ilhas de um investidor privado.
Em entrevista coletiva, o ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, interpretou a ação como uma agressão chinesa e disse que o governo enviou um protesto formal à embaixada da China em Tóquio.
Onodera também afirmou que não foi a primeira vez que os chineses ameaçaram com disparos. Ele acusa os militares chineses de fazerem a mesma coisa com um helicóptero japonês dias antes.
Os dois países dizem que a região disputada do mar do Leste da China possui reservas de recursos como gás natural. O arquipélago também é reivindicado por Taiwan, que o chama de Tiaoyutai.
DISPUTA
A disputa com o Japão provocou uma série de manifestações em cidades chinesas, algumas violentas. Milhares de pessoas protestaram em frente a representações diplomáticas de Tóquio e depredaram carros e empresas de origem japonesa.
Temendo retaliação, as multinacionais nipônicas suspenderam suas atividades, entre elas Panasonic, Toyota, Nissan e Honda. As vendas locais também foram prejudicadas por um boicote. Desde então, os dois países continuaram as disputas, mas com manifestações menos intensas.
Na maioria dos casos, barcos e aviões chineses estiveram no território das ilhas, o que provocou protestos formais de Tóquio.
A China também vem ampliando seu poderio militar na região, com o desenvolvimento de caças Stealth e de seu primeiro porta-aviões. No último domingo (27), o governo chinês disse ter testado uma nova tecnologia militar destinada a destruir mísseis em pleno ar.
Fonte: Folha
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