sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Israel declara alerta em embaixadas após suposto ataque na Síria

 
 
O governo de Israel declarou nesta sexta-feira alerta máximo em todas as embaixadas e representações diplomáticas no mundo após ameaças da Síria e do Irã de retaliação a um suposto ataque do Exército israelense em território sírio na quarta (30).
 
As autoridades sírias dizem que um centro de pesquisa militar foi atacado na cidade de Jamraya, próxima à capital Damasco e à região das colinas de Golã. Diplomatas americanos também afirmam que houve um bombardeio, mas que este atingiu um comboio de transporte de mísseis ao grupo radical libanês Hizbollah.
 
Israel não confirma a ação. Na quinta (31), o regime sírio ameaçou o país com uma "ação surpresa" em retaliação ao fato. O mesmo foi feito pelo o Irã, que condenou a ação e a considerou "um ataque brutal do regime sionista".
 
Segundo o jornal israelense "Yedioth Ahronoth", a segurança foi reforçada nas instalações e em nível individual, preservando cônsules e embaixadores. O temor é que algum grupo ligado a Teerã e Damasco ou o Hizbollah aproveitem os rumores para fazer ataques.
 
O Estado judaico acusa o Irã de chefiar as ações terroristas contra judeus, através de financiamentos ao Hizbollah. Tanto Teerã quanto o grupo radical libanês negam as acusações, mas a República Islâmica não reconhece Israel e prega a destruição do país.
 
A operação israelense pode fazer parte de uma campanha contra o Hizbollah que, nos últimos anos, recebeu alguns mísseis Scud do regime sírio, incluindo alguns que poderiam usar armas químicas.
 
A suspeita do uso dos artefatos de destruição em massa foi colocada por Israel como motivo para um hipotético ataque à Síria, assim como os Estados Unidos. Nas últimas semanas, o Estado judaico disse que ainda não tinha provas do uso das armas.
 
TENSÃO
 
Apesar das divergências políticas, Israel e Síria tiveram poucos ataques oficiais desde a Guerra do Yon Kippur, em 1973, quando foram ocupadas as Colinas de Golã. No mesmo ano, o pai de Bashar Assad, Hafez, assumiu a Presidência do país.
 
Em 2007, Israel invadiu território sírio e bombardeou uma suposta instalação nuclear, mas não houve retaliação de Damasco. Desde então, a situação entre os dois países é tranquila, apesar do conflito entre Assad e a oposição.
 
Há dois meses, no entanto, um bombardeio vindo da Síria atingiu o território de Israel. Porém, não se sabe se as armas vieram do regime sírio ou de rebeldes, hostis aos israelenses. Na ocasião, Israel disparou tiros de alerta.
 
Fonte: Folha
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