terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Irã retomará diálogo nuclear com potências

 
 
O Irã e as grandes potências do grupo 5+1 concordaram nesta terça-feira em retomar as negociações nucleares em 26 de fevereiro no Cazaquistão, depois de vários meses de suspensão. A reunião do dia 26 foi confirmada pela União Europeia.

"As negociações entre Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia, China e Alemanha) acontecerão em 26 de fevereiro no Cazaquistão", afirma um comunicado do Conselho Supremo da Segurança Nacional do Irã. "Ali Bagheri, adjunto do chefe do Conselho Supremo da Segurança Nacional, e Helga Schmid, auxiliar da chefe da diplomacia europeia (Catherine Ashton), chegaram a um acordo nesta terça-feira durante uma conversa telefônica", completa a nota.

O último ciclo de negociações aconteceu em Moscou em junho de 2012 e, assim como os anteriores, não registrou progressos sobre o tema do polêmico programa iraniano de enriquecimento de urânio.

Peres diz que Irã nuclear ameaça existência de Israel e paz no mundo

O presidente israelense Shimon Peres alertou nesta terça-feira o perigo de um Irã com armas nucleares, que "ameaça a nossa existência e a paz no mundo", durante a sessão inaugural do novo Parlamento.

"O perigo iraniano cresceu. Ele ameaça a nossa existência, a independência das nações árabes e a paz no mundo inteiro", declarou Peres perante os 120 deputados eleitos em 22 de janeiro. "Na liderança do Irã está um grupo de aiatolás em suas vestes religiosas, uma ditadura terrível, contaminando a história persa e constituindo um pesadelo para seu povo", acrescentou.

As grandes potências suspeitam que o Irã tenta desenvolver bombas atômicas sob a cobertura de um programa nuclear civil, o que Teerã nega veementemente. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou nos últimos meses recorrer a ação militar contra as instalações nucleares iranianas.

Na cerimônia de abertura oficial do 19º Knesset (Parlamento), Peres também pediu às Nações Unidas e à Liga Árabe para agir urgentemente para acabar com a crise na Síria.

"O Irã é um perigo e a Síria é uma tragédia. Seu presidente massacre seu povo. Acho que a ONU deve encarregar a Liga Árabe de formar imediatamente um governo de transição na Síria para salvar o país da destruição. Assad, que massacra milhares de sírios também massacra seu próprio futuro", acrescentou.

Israel reivindicou um ataque aéreo na Síria na semana passada, justificado pelas ameaças de Teerã, principal aliado de Damasco. O governo israelense teme que armas da Síria sejam transferidas para o Hezbollah.

Fonte: AFP
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