Um alto funcionário do governo do Irã disse nesta segunda-feira que
Israel vai se arrepender de ter feito um suposto ataque à Síria na
última quarta (30). A ação foi informada pelo regime sírio e diplomatas
americanos, mas não foi confirmada oficialmente por Israel.
As autoridades sírias dizem que um centro de pesquisa militar foi
atacado na cidade de Jamraya, próxima à capital Damasco e à região das
colinas de Golã. Diplomatas americanos também afirmam que houve um
bombardeio, mas que este atingiu um comboio de transporte de mísseis ao
grupo radical libanês Hizbollah.
Em visita a Damasco, o secretário do Conselho Superior Nacional do Irã,
Saeed Jalili, disse que o mundo islâmico não permitirá uma agressão
contra os sírios. Para ele, os países muçulmanos devem prever a agressão
contra o mundo islâmico e ter uma resposta adequada para provar sua
união.
"O regime sionista [Israel] vai se arrepender do ataque. Hoje tanto o
povo quanto o governo sírio tratam a questão com seriedade e a
comunidade islâmica está apoiando a Síria".
Jalili afirma que Israel e seus aliados (em referência aos países
ocidentais) querem debilitar o regime de Bashar Assad para diminuir a
resistência ao Estado judaico e pediu uma solução negociada para o fim
do conflito sírio, que dura 22 meses.
O Irã é o principal aliado do regime sírio na região, assim como Damasco
é o maior apoiador da República Islâmica. Os dois países possuem
cooperação militar há 30 anos, o que levou a acusações dos rebeldes de
que combatentes de Teerã entraram no conflito sírio. O Irã nega
participação nos confrontos.
DANOS
Neste domingo, o jornal americano "The New York Times" afirmou que o
suposto ataque israelense provocou danos ao principal centro sírio de
investigação de armas biológicas e químicas.
Segundo fontes do Exército dos EUA, os prejuízos foram provocados pelas
bombas que eram transportadas no veículo supostamente bombardeado por
Israel.
No domingo (3), o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, deu a entender que o ataque aconteceu, mas sem dar mais detalhes.
"Isso que aconteceu há alguns dias mostra que quando dizemos uma coisa,
cumprimos. Dissemos que não pensamos que se possa permitir que sistemas
sofisticados de armas sejam transferidos ao Líbano".
Fonte: Folha
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