O presidente da França, François Hollande, disse nesta terça-feira que fez uma intervenção no Mali "porque não havia tempo a perder" ante o avanço rápido de grupos radicais islâmicos sobre o país, o que poderia criar instabilidade na região.
A França ocupou o Mali, que é uma de suas ex-colônias, em 11 de janeiro, após pedido do presidente interino do país, Dioncounda Traoré. Cerca de 4.500 soldados foram deslocados e conseguiram recuperar as três cidades mais importantes do norte do país e conter o avanço dos extremistas.
Em discurso no Parlamento Europeu, Hollande defendeu a decisão que, para ele, foi tomada de acordo com os tratados internacionais. "Não havia tempo a perder. Se tivéssemos deixado passar o tempo, o terrorismo tinha conquistado todo o Mali".
O presidente disse acreditar que o Mali conseguirá a reconciliação entre os diferentes grupos políticos e alcançará a integridade territorial. "Está próximo o tempo da conciliação, da estabilidade do país e do desenvolvimento dos malineses".
Ele ainda agradeceu o apoio do Legislativo europeu e da própria União Europeia, que enviou soldados para missões de treinamento do Exército do Mali, que acontecem em países vizinhos.
RETOMADA
Nesta terça, continuam as operações militares para a retomada do controle no norte do Mali. Cerca de 1.800 soldados do Chade, que pertencem às forças da União Africana, entraram na cidade de Kidal para garantir o controle da região.
Segundo o Ministério de Defesa da França, o controle do aeroporto da região continua sendo feito pelas tropas francesas.
Em Timbuktu, rebeldes tuaregues anunciaram a prisão de dois extremistas islâmicos do grupo Ansar al Dine que são acusados de torturar e matar moradores da região. Os castigos eram empregados a pessoas que violavam a lei islâmica, a sharia, que esteve em vigor na cidade de junho até a semana passada.
Fonte: Folha
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