O jornal "Washington Post" informou nesta quarta-feira que o governo americano cogita enviar veículos blindados e coletes à prova de balas aos rebeldes da Síria, que tentam derrubar o regime de Bashar Assad há 23 meses.
Caso confirmada a possibilidade, seria a primeira vez em que a Casa Branca concederia apoio militar aos opositores na luta contra o regime. Washington apoia abertamente os rebeldes, mas nega o envio de armas por causa da infiltração de grupos terroristas entre os insurgentes.
Segundo a publicação, o secretário de Estado americano, John Kerry, discutirá a possibilidade durante viagem a Europa e Oriente Médio. Na quinta (28), ele se reunirá com o grupo de 70 países que apoia a causa rebelde, conhecido como Amigos da Síria.
A informação é revelada dois dias depois de uma entrevista de Kerry em que disse que o presidente Barack Obama avalia novas possibilidades para "cumprir nossa obrigação perante gente inocente", em referência aos cidadãos sírios. No entanto, não disse de que forma isso seria feito.
Nesta quarta, o secretário voltou a defender que seja acelerada a transição política na Síria, mas sem dar detalhes de como isso aconteceria. Ele disse que estudará a proposta com os países aliados, em especial potências como Reino Unido e França, também favoráveis à queda de Assad.
CONFRONTOS
Nesta quinta-feira, as forças do regime sírio e da oposição concentram seus ataques na cidade de Aleppo, no leste do país. Enquanto as tropas de Assad fazem bombardeios com caças, os rebeldes tentam disparar com morteiros e armas antiaéreas.
Mais cedo, um morteiro vindo da Síria atingiu as colinas de Golã, ocupadas por Israel, sem deixar feridos. Segundo o Exército israelense, a bomba caiu a metros de um vilarejo próximo à fronteira. No entanto, não houve represália do Estado judaico até o momento.
Desde o início dos confrontos, em março de 2011, mais de 70 mil pessoas morreram na Síria, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Outros 5 milhões precisam de ajuda humanitária, incluindo 2 milhões de refugiados internos e 875 mil sírios que deixaram o país.
Fonte: Folha
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