O resultado das eleições parlamentares na Itália, nada conclusivo, acendeu a
luz vermelha dos mercados na manhã desta terça-feira, 25. As bolsas na região
têm forte queda diante do aumento das preocupações com a instabilidade da
Itália.
As eleições parlamentares italianas não conduziram a nenhum vencedor claro, o
que aumentou preocupações geopolíticas e pressionou o dólar e o euro para
baixo.
Às 8h17, a Bolsa de Madri recuava 2,82%, a de Paris, 2,20%, a de
Frankfurt,1,82% e a de Londres, 1,25%.
O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi
afirmou que não vai se aliar ao primeiro-ministro interino, Mario Monti, para
formar um novo governo, segundo reportagem do site MarketWatch, que
citou relatos da imprensa.
A coalizão de centro-esquerda liderada por Pier Luigi Bersani venceu a
coalizão de centro-direita de Berlusconi na votação para a Câmara, mas não
conseguiu uma maioria no Senado – o que significa que ainda não há um partido
eleito para governar o país. O partido de Monti ficou ainda mais atrás no
pleito, com cerca de 10% dos votos nas duas Casas.
Berlusconi também afirmou que levará algum tempo para que os partidos
reflitam sobre o melhor caminho para o país, depois de as eleições gerais
terminarem em impasse. Berlusconi acrescentou que não considera útil um rápido
retorno às urnas.
“Nós todos precisamos refletir sobre o que podemos fazer que seja útil para a
Itália”, disse Berlusconi em entrevista em um de seus canais de televisão. “Isso
levará algum tempo.”
Europa observa com preocupação a incerteza das eleições na Itália
Os países europeus observam com preocupação a nova situação política na Itália, que, segundo os resultados das eleições realizadas ontem e no domingo, fica permeada por incerteza e ameaçada pela ingovernabilidade.
O resultado já teve um impacto negativo na abertura das bolsas de valores europeias nesta terça-feira. Iniciaram as negociações em queda os mercados de Milão (1,56%), Paris (3%), Frankfurt (2,08%) e Londres (0,44%).
A Bolsa de Tóquio fechou com perda de 2,26% e o euro também abriu em baixa, a US$ 1,3043, frente aos US$ 1,3196 da sessão anterior.
A incerteza é tal que na Alemanha já há meios da imprensa falando na possibilidade de novas eleições acontecerem, como é o caso da revista Der Spiegel, que afirma que o resultado do pleito torna o país "ingovernável".
A estabilidade do euro e a incidência dos resultados do pleito nas políticas de austeridade na Itália são motivo de grande preocupação em toda a zona do euro.
O jornal "Süddeutsche Zeitung" afirma que "o pleito italiano deu uma lição especial a todos os que participam da crise do euro: quem duvida perde; quem pechincha é castigado, panos quentes não valem".
Já o "Frankfurter Allgemeine" afirma que "poucas vezes se viu um país imerso em uma profunda crise dominado por tanto barulho espetacular", e assinala Grillo e Berlusconi como os responsáveis pela "ingovernabilidade do país".
"Metade dos italianos votou em candidatos que se apresentaram como antieuropeus de maneira agressiva. Isso, não só para a Itália, é um sinal de alarme", assinala o jornal.
No Reino Unido, a preocupação com o futuro econômico da eurozona aparece refletida no jornal "Financial Times", que ressalta que os italianos deram um "basta" às medidas de austeridade devido à queda dos salários e das pensões e ao forte aumento do desemprego.
O diário "The Guardian" diz que o ponto morto no qual se encontra a Itália faz os países da eurozona "tremerem" e gera a tensão pela possibilidade de o programa de austeridade do primeiro-ministro demissionário, Mario Monti, ficar "paralisado".
O "The Times" traz nesta terça-feira o título de "Temor para a eurozona", e acrescenta que o resultado do pleito "ameaça a estabilidade" na região.
Na França, o jornal "Libération" fala de "fratura à italiana: uma esquerda claramente vitoriosa na Câmara e sem maioria no Senado, e o país se encontra de novo em uma situação frágil e ingovernável".
O vespertino "Le Monde" indica que a Itália se encontra em um "beco sem saída" e ressalta que "o único vencedor verdadeiro é Beppe Grillo e seu Movimento 5 Estrelas", que soube usar como arma de sedução "o sofrimento, a rejeição à classe política, a cólera contra a austeridade e a desconfiança com relação à Europa".
Na Alemanha, alvo das críticas de Silvio Berlusconi durante a campanha eleitoral, são desancadas as figuras do político de centro-direita e também a do comediante Beppe Grilo.
O diário "Süddeutsche Zeitung" diz que "não entendemos a simples mensagem dos eleitores italianos nas urnas. Dois comediantes se apresentaram ao pleito e são premiados por seus gritos caluniosos: Silvio Berlusconi e Beppe Grillo".
Na mesma linha, o "Die Welt" afirma que "a Itália aposta no teatro de ilusões, e dá medo que esse comediante (Berlusconi) não tenha sido castigado pelo eleitorado" por suas promessas impossíveis de cumprir.
Europa observa com preocupação a incerteza das eleições na Itália
Os países europeus observam com preocupação a nova situação política na Itália, que, segundo os resultados das eleições realizadas ontem e no domingo, fica permeada por incerteza e ameaçada pela ingovernabilidade.
O resultado já teve um impacto negativo na abertura das bolsas de valores europeias nesta terça-feira. Iniciaram as negociações em queda os mercados de Milão (1,56%), Paris (3%), Frankfurt (2,08%) e Londres (0,44%).
A Bolsa de Tóquio fechou com perda de 2,26% e o euro também abriu em baixa, a US$ 1,3043, frente aos US$ 1,3196 da sessão anterior.
A incerteza é tal que na Alemanha já há meios da imprensa falando na possibilidade de novas eleições acontecerem, como é o caso da revista Der Spiegel, que afirma que o resultado do pleito torna o país "ingovernável".
A estabilidade do euro e a incidência dos resultados do pleito nas políticas de austeridade na Itália são motivo de grande preocupação em toda a zona do euro.
O jornal "Süddeutsche Zeitung" afirma que "o pleito italiano deu uma lição especial a todos os que participam da crise do euro: quem duvida perde; quem pechincha é castigado, panos quentes não valem".
Já o "Frankfurter Allgemeine" afirma que "poucas vezes se viu um país imerso em uma profunda crise dominado por tanto barulho espetacular", e assinala Grillo e Berlusconi como os responsáveis pela "ingovernabilidade do país".
"Metade dos italianos votou em candidatos que se apresentaram como antieuropeus de maneira agressiva. Isso, não só para a Itália, é um sinal de alarme", assinala o jornal.
No Reino Unido, a preocupação com o futuro econômico da eurozona aparece refletida no jornal "Financial Times", que ressalta que os italianos deram um "basta" às medidas de austeridade devido à queda dos salários e das pensões e ao forte aumento do desemprego.
O diário "The Guardian" diz que o ponto morto no qual se encontra a Itália faz os países da eurozona "tremerem" e gera a tensão pela possibilidade de o programa de austeridade do primeiro-ministro demissionário, Mario Monti, ficar "paralisado".
O "The Times" traz nesta terça-feira o título de "Temor para a eurozona", e acrescenta que o resultado do pleito "ameaça a estabilidade" na região.
Na França, o jornal "Libération" fala de "fratura à italiana: uma esquerda claramente vitoriosa na Câmara e sem maioria no Senado, e o país se encontra de novo em uma situação frágil e ingovernável".
O vespertino "Le Monde" indica que a Itália se encontra em um "beco sem saída" e ressalta que "o único vencedor verdadeiro é Beppe Grillo e seu Movimento 5 Estrelas", que soube usar como arma de sedução "o sofrimento, a rejeição à classe política, a cólera contra a austeridade e a desconfiança com relação à Europa".
Na Alemanha, alvo das críticas de Silvio Berlusconi durante a campanha eleitoral, são desancadas as figuras do político de centro-direita e também a do comediante Beppe Grilo.
O diário "Süddeutsche Zeitung" diz que "não entendemos a simples mensagem dos eleitores italianos nas urnas. Dois comediantes se apresentaram ao pleito e são premiados por seus gritos caluniosos: Silvio Berlusconi e Beppe Grillo".
Na mesma linha, o "Die Welt" afirma que "a Itália aposta no teatro de ilusões, e dá medo que esse comediante (Berlusconi) não tenha sido castigado pelo eleitorado" por suas promessas impossíveis de cumprir.
Fonte: Estadão / EFE
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