quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Brasil ganha voz na Conferência sobre Segurança de Munique

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Nos últimos 50 anos, o encontro na capital da Baviera se tornou um dos mais importantes fóruns sobre segurança no mundo. Ministro das Relações Exteriores brasileiro irá discursar pela primeira vez em Munique.
 
Concebida no meio da Guerra Fria, em 1963, como uma reunião dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) com foco claro no conflito Leste-Oeste, a Conferência sobre Segurança de Munique sobreviveu a várias mudanças.
 
Após a queda do Muro de Berlim, o fórum foi aberto primeiramente para os Estados da Europa Central e Oriental, como também para a antiga União Soviética. Em seguida, o foco dos debates em Munique dirigiu-se cada vez mais para a Ásia. Atualmente, a conferência reflete a política de segurança e a globalização mundial.
 
Pela primeira vez, o Brasil terá voz no encontro. O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, vai discursar no próximo sábado (02/02) na 49ª Conferência sobre Segurança de Munique. Segundo a Agência Brasil, o ministro deverá defender que a segurança mundial depende da associação de uma série de fatores, como a garantia de alimentos, o controle e a redução de armas de fogo e incentivos à energia sustentável.
 
De defesa militar a segurança internacional
 
Além de potências emergentes como o Brasil, a China e a Índia, entre 1° e 3 de fevereiro, também países africanos vão estar representados entre os quase 400 delegados de mais de 70 nações. Além disso, não somente políticos, mas também líderes do setor econômico e representantes de ONGs estarão presentes na Baviera.
 
"A Conferência sobre Segurança de Munique tornou-se um barômetro para indicar a mudança da política de segurança no século 21. Além dos campos 'clássicos' da política de segurança, o encontro incorpora na agenda cada vez mais também temas 'leves', como as mudanças climáticas ou a cibersegurança", assim descreveu o presidente da Conferência, Wolfgang Ischinger, as pretensões do encontro.
 
Nada ilustra melhor essa mudança que o nome dado ao encontro desde a sua criação. Denominada durante a Guerra Fria como Wehrkundentagung (algo como jornada de defesa militar, em tradução livre), hoje, a sigla oficial MSC corresponde a Munich Security Conference, ou Conferência sobre Segurança de Munique.
 
O retorno de Biden
 
E apesar de inúmeras outras conferências internacionais com amplo espectro de temas, mais do que nunca, existe a necessidade de troca de pontos de vista sobre a política de segurança. "A procura neste ano é bastante grande", sublinhou Ischinger. Segundo Ischinger, o participante mais proeminente é o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, que já em 2009 esteve presente em Munique, discursando sobre a relação com a Rússia.
 
Além do ministro das Relações Exteriores brasileiro, outra novata em Munique será a promotora-chefe do Tribunal Penal Internacional, a gambiana Fatou Bensouda. De acordo com Ischinger, os principais temas da conferência deste ano serão a questão do Mali e da Síria, como também a relação com o Irã.
 
Ischinger rebate os críticos que veem o encontro como um fórum não legítimo de tomada de decisões pela política e pela indústria de armamentos, dizendo que eles não querem reconhecer a atual realidade do evento. "Não há nada melhor que manter viva uma velha imagem ameaçadora e empregar estereótipos antiquados. O fato é: a conferência aborda o desarmamento, a prevenção de crises e guerras e debate atualmente questões importantes da política internacional juntamente com representantes de ONGs como Human Rights Watch ou Greenpeace e ganhadores do Prêmio Nobel da Paz."
 
Intercâmbio sem medo
 
James Davis, professor de política internacional na Universidade St. Gallen, concorda com a avaliação de Ischinger. "A conferência proporciona a possibilidade única de discutir num só lugar as ameaças à segurança internacional com representantes de todos os Estados interessados, organizações internacionais, como também ONGs. Como cientista, ela me oferece um acesso inusitado aos tomadores de decisão do mundo todo."
 
Além disso, disse Davis, nenhuma decisão é tomada na conferência. Pelo contrário, o encontro oferece aos participantes a possibilidade de discutir novas abordagens ou temas em contexto não oficial. "Representantes governamentais podem ali testar ideias – soltar balões experimentais – sem passar vergonha, caso eles não levantem voo", afirmou o professor.
 
O que faz a Conferência sobre Segurança de Munique algo especial, enfatizou Davis, é que ela proporciona o encontro de pessoas, que de outra forma se evitariam. Em que outro lugar um senador norte-americano poderia tomar um café e conversar com um membro do governo iraniano?
 
Fonte: Deutsche Welle
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Rússia e Índia criam empresa conjunta de montagem de helicópteros

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A holding russa Vertolioty Rossii (Helicópteros da Rússia) e a empresa indiana Elcom Systems Private Limited vão criar uma empresa de capital misto para a montagem de helicópteros Mil e Kamov. O acordo foi assinado durante a recente visita à Índia do Presidente da Rússia Vladimir Putin.
 
A joint venture poderá fabricar os principais equipamentos para os helicópteros e efetuar a montagem final dos aparelhos, assim como realizar testes tanto em terra como de voo. A empresa conjunta começará a laborar, segundo o planejado, com o fabrico de motores para o helicóptero multiusos ligeiro russo Ka-226T. Num futuro próximo, ela deverá se transformar numa base de produção moderna para a promoção dos helicópteros de alta tecnologia de origem russa na Índia.
 
A criação da empresa mista corresponde ao padrão da cooperação russo-indiana “do comércio para a produção conjunta”. Na Índia já foi criada a empresa mista russo-indiana BrahMos, assim chamada pelo nome dos rios Brahmaputra (na Índia) e Moscou (na Rússia). A nova empresa conjunta de helicópteros ajudará o posterior desenvolvimento da indústria aeronáutica indiana, considera o presidente do Instituto de Estudos Estratégicos russo Alexander Konovalov. Na sua opinião, uma empresa desse tipo irá favorecer uma utilização eficaz das tecnologias de helicópteros russas, e também permitirá organizar uma preparação de engenheiros indianos e a formação de quadros altamente qualificados para toda a cadeia de produção:
 
“Além da empresa de montagem de helicópteros na Índia, nós tencionamos aumentar consideravelmente a quantidade de centros de assistência nos países asiáticos, nomeadamente, no Vietnã. Isso demonstra o alargamento dos nossos mercados e é uma demonstração de que o equipamento militar russo é procurado em diversos países.”
 
A infraestrutura dos centros de assistência existentes corresponde à área geográfica de vendas da Vertolioty Rossii. Em Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, nomeadamente, foi criada a empresa conjunta International RotorCraft Servicespara a assistência pós-venda aos helicópteros de fabrico russo. Também existem centros de assistência da holding em praticamente em todos os países da CEI. Além disso, estão a ser criados centros de assistência no Sudeste Asiático, na África Central e Austral, assim como na América Latina. Na Venezuela, em particular, está a ser criado um grande centro regional de assistência aos helicópteros de fabrico russo. A combinação de fatores como a simplicidade de exploração, fiabilidade, baixo custo, reduzida necessidade de assistência e as capacidades únicas em capacidade de carga e altitude de voo tornam os helicópteros russos uns dos melhores do mercado mundial.
 
Fonte: Voz da Rússia
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Em Cuba, Lula pede fim do bloqueio e afirma que EUA “perderam a guerra”

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 Horas depois de ter se encontrado em Havana com o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva criticou o bloqueio norte-americano à ilha caribenha. No discurso de encerramento da 3ª Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, realizado na noite desta quarta-feira (30/01), o ex-presidente afirmou que a única razão para o embargo de 50 anos continuar existindo é a teimosia dos Estados Unidos em “não reconhecer que perdeu a guerra para Cuba”. As informações são da multiestatal Telesur e do Instituto Lula.
 
“Não existe mais nenhuma razão de se manter o bloqueio [de Cuba] a não ser a teimosia de quem não reconhece que perdeu a guerra, e perdeu a guerra para Cuba”, afirmou. “Espero que [o presidente reeleito dos EUA, Barack] Obama, neste mandato, tenha um olhar mais igualitário e mais justo para com nossa querida América Latina”, defendeu o ex-presidente. “Como sou otimista, eu acredito que um dia os Estados Unidos vão rever a sua posição, e espero que seja no governo Obama”, completou.

No evento, que reuniu mais de 700 delegados de 41 países no Palácio de Convenções de Havana, Lula também defendeu o fortalecimento da integração latino-americana. “Vocês não podem voltar para suas casas e simplesmente colocar isso [a participação no evento] nas suas biografias. É necessário que vocês saiam daqui cúmplices e parceiros de uma coisa maior, de uma vontade de fazer alguma coisa juntos mesmo não estando reunidos”, disse aos presentes.

A Conferência, terceira realizada em 10 anos, é patrocinada pela Oficina do Programa Martiano, que se propõe a debater internacionalmente a contribuição intelectual do herói da independência cubana, José Martí. O evento coincide com os 160 anos de Martí e com o aniversário de 60 anos da invasão do Quartel Moncada, um importante marco da revolução cubana, e reuniu cerca de 1500 participantes, dos quais 800 estrangeiros de 44 países. Na terça, o ex-presidente depositou flores no memorial de Martí, em Havana.

Em outro trecho do discurso, Lula defendeu o presidente da Bolívia, Evo Morales. “Quem imaginava que um índio, com cara de índio, jeito de índio, comportamento de índio, governaria um país e, mais do que isso, que seu governo daria certo?”, questionou. Lula afirmou que a direita brasileira queria que ele brigasse com Evo, quando este estatizou a empresa de gás boliviana, então operada pela brasileira Petrobras. “Aí eu pensei: eu não consigo entender como um ex-metalúrgico vai brigar com um índio da Bolívia”, contou o ex-presidente, sob os aplausos da plateia.

O ex-presidente também abordou temas como a mídia, ao afirmar que a interação permitida pelos meios de comunicação modernos, como a internet, abre grandes possibilidades ao processo de integração latino-americana: “Nunca tivemos tanta oportunidade de sermos tão independentes”.
 
"Nem reclamo, porque no Brasil a imprensa gosta muito de mim", ironizou. "Nasci assim, cresci assim e vou continuar assim, e isso os deixa muito nervosos", disse, sobre suas relações com a imprensa tradicional brasileira.

Segundo Lula, o mesmo tipo de relação se aplica aos outros governos progressistas da América Latina: “Eles não gostam da esquerda, não gostam de [Hugo] Chávez, não gostam de [Rafael] Correa [presidente do Equador], não gostam de [José] Mujica [presidente do Uruguai], não gostam de Cristina [Kirchner, presidente da Argentina], não gostam de Evo Morales [presidente da Bolívia]. E não gostam não pelos nossos erros, mas pelos nossos acertos”, disse. Para Lula, as elites não gostam que pobre ande de avião, compre um carro novo ou tenha uma conta bancária.
Lula abriu o seu discurso pedindo um minuto de silêncio para as vítimas do incêndio em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e fez uma homenagem a Chávez, que se encontra internado em Havana, em tratamento contra um câncer na região pélvica. O ex-presidente afirmou estar usando uma Guayabera vermelha em sua homenagem.

Agenda
Lula também participou, nesta quarta, do lançamento do livro Os últimos soldados da guerra fria, do escritor brasileiro Fernando Morais. Não foram divulgados maiores detalhes sobre o encontro entre Lula e Fidel.
Pela manhã, o ex-presidente brasileiro também visitou o presidente Raúl Castro e acompanhou as obras do Porto de Mariel, destinado a ser uma "zona econômica exclusiva" na ilha, autorizada a receber capital estrangeiro.

O ex-presidente, em Havana desde segunda-feira (28), deve deixar Cuba em direção à República Dominicana, onde se encontrará com o presidente Danilo Medina Sánchez e o ex-presidente Leonel Fernández.

No dia 2, Lula irá a Washington, onde no dia seguinte, fará o discurso de abertura em um evento do sindicato dos trabalhadores da indústria automobilística e aeroespacial.
 
Fonte: Operamundi
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Irã aspira à liderança espacial

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O lançamento de foguete iraniano com macaco vivo a bordo e seu regresso bem-sucedido à Terra despertou vivo interesse não apenas por parte da mídia mundial. Peritos militares conjeturam em que medida a República Islâmica se aproximou da realização de objetivos colocados pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad. Em 2021, o mais tardar, o Irã deve enviar para o espaço um astronauta e em sua própria nave espacial e em 2025 – uma expedição para a Lua.
 
O foguete levou o animal a 120 km de altitude e, passados alguns minutos, aterrou suavemente no planeta. Deste modo foi dado um passo ao voo espacial de um astronauta iraniano, declarou o ministro do Irã, Ahmad Vahidi. As fontes independentes não confirmam se o lançamento teria sido efetuado na realidade e se o “passageiro” teria sobrevivido o voo. Os canais televisivos locais exibiram apenas o lançamento de um foguete e a fotografia de um macaco antes do voo.
 
O voo suborbital do foguete significa que o Irã será capaz em breve de lançar para órbita satélites de até duas toneladas de peso ou mísseis balísticos a uma distância de milhares de quilômetros, considera Bruno Gruselle, um analista francês. Seu parecer, contudo, não é apoiado pelo diretor do Centro de Pesquisas Sócio-Políticas, Vladimir Evseev. Em suas palavras, os iranianos conseguiram até hoje instalar em órbita circumterrestre apenas três satélites ligeiros (Omid, Rasad 1, Navid-e Elm-o Sanat), pesando cada aparelho não mais de 50 kg. Os restantes voos foram suborbitais:
 
“O principal foguete iraniano é o Safir 2, muito fraco em termos energéticos, composto por dois andares – mísseis balísticos Shahab 3 e Shahab 2. Devido a uma fraqueza do Safir 2, os iranianos limitaram o seu voo a uma altitude anunciada. Ao mesmo tempo, pelo visto, eles testavam tecnologias para voos orbitais e o envio do homem para o espaço. Mas o Irã tem um foguete mais potente, o Simurg, mas por enquanto não foram registrados seus lançamentos bem-sucedidos”.
 
A julgar pelo destaque que se dá para experiências com seres vivos, o Irã poderá efetuar pelo menos voos espaciais parcialmente controlados. Mas não sabe quando e em que forma. Será um voo espacial curto com imediato regresso ou um voo de várias voltas ao redor da Terra? Estas perguntas são interligadas estreitamente com o desenvolvimento da construção de foguetes na Coreia do Norte, aponta Vladimir Evseev:
 
“O Irã e a Coreia do Norte assinaram em setembro do ano passado um acordo de cooperação e de troca de tecnologias. É muito provável que representantes iranianos assistissem ao primeiro lançamento do Unha 3 em dezembro, que decorreu com êxito e irá contribuir para o início da realização prática do projeto de Simurg, o que servirá de potente instrumento propagandístico dentro do Irã. Em qualquer caso, não tudo que se fala pelo Irã é aplicado praticamente”.
 
O Irã com seu macaco “celeste” percorreu o mesmo caminho que nos anos 50 do século passado passaram a URSS e os Estados Unidos. O voo de um ser vivo, mesmo suborbital, é um passo dado para se transformar numa potência espacial. É pouco provável, contudo, a expedição lunar iraniana com astronauta em 2025, por ser bastante irreal o próprio prazo.
 
É necessário destacar mais um momento. Em 28 de janeiro, quando o mundo conheceu a notícia sobre o lançamento do foguete com um macaco a bordo, o Irã anunciou novas condições para reiniciar as conversações sobre o seu programa nuclear. A coincidência não é casual: a “odisseia espacial” do animal demonstrou paralelamente êxitos de Teerã na esfera das tecnologias balísticas àqueles que ainda duvidam disso, pensando resolver este problema pela força.
 
Fonte: Voz da Rússia
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Rússia afirma que ataque israelense na Síria viola estatuto da ONU

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O governo russo afirmou nesta quinta-feira que o suposto ataque aéreo israelense a instalações militares na Síria, se for confirmado, seria uma grave e inadmissível violação dos estatutos da ONU.

"Moscou recebeu com profunda preocupação as informações sobre o ataque das forças aéreas de Israel a instalações sírias próximas a Damasco", assinala um comunicado do Ministério de Relações Exteriores russo.

"Se essa informação for confirmada, estaríamos perante ataques não provocados sobre alvos de um Estado soberano, algo que viola gravemente o Estatuto da ONU e é inadmissível, independentemente dos motivos para justificá-lo", acrescenta a nota.

O comunicado destaca ainda que a Rússia está tentando de maneira urgente "esclarecer todos os detalhes desta situação".

As Forças Armadas sírias asseguraram ontem que aviões de guerra israelenses haviam violado seu espaço aéreo para bombardear um centro de pesquisa militar no distrito de Jamraiya, na província de Rif Damasco, o que teria causado a morte de dois empregados.

Fontes diplomáticas ocidentais em Israel afirmaram à Agência Efe que forças da aviação israelense atacaram na madrugada de ontem um alvo perto da fronteira entre a Síria e o Líbano.

Por sua parte, fontes das forças de segurança no Líbano negaram que seu território tivesse sido alvo de um ataque, mas denunciaram que aviões israelenses violaram seu espaço aéreo.
 
Hezbollah condena suposto ataque israelense contra centro militar na Síria
 
O grupo xiita libanês Hezbollah condenou nesta quinta-feira o suposto ataque israelense contra um centro de pesquisa militar em território sírio, que acredita fazer parte de "uma grande conspiração" contra os povos árabes e muçulmanos.

"O Hezbollah condena energicamente esta nova agressão sionista contra a Síria e considera que dito ataque revela o que está ocorrendo há dois anos nesse país", afirmou em comunicado.

Segundo esta organização, a ação israelense está "em consonância com o espírito agressivo e criminoso inerente ao inimigo que tenta impedir que uma força árabe ou islâmica potencialize e desenvolva suas capacidades militares e tecnológicas".

Para o Hezbollah, a comunidade internacional e os países árabes e islâmicos deveriam iniciar uma campanha para condenar "esse ataque brutal, mas, como é habitual, travam a língua e não condenam nenhuma agressão quando Israel é o autor".

Assinalou que a gravidade do ataque contra a Síria "deve levar algumas pessoas a revisar suas posturas e adotar o diálogo político como única via para sair da crise e pôr fim ao derramamento de sangue sírio, assim como proteger esse país e salvaguardar seu papel e sua posição frente a seus inimigos".

Por último, o grupo reiterou seu apoio ao regime de Bashar al Assad e a seu povo.

Ontem, as Forças Armadas sírias asseguraram que aviões de guerra israelenses entraram, ao amanhecer da quarta-feira, em seu espaço aéreo e bombardearam um centro de pesquisa militar no distrito de Jamraiya, na província de Rif Damasco, o que teria causado a morte de dois empregados.

As autoridades israelenses ainda não confirmaram nem desmentiram este fato.

Fontes diplomáticas ocidentais em Israel afirmaram à Agência Efe que forças da aviação israelense atacaram na madrugada de ontem um alvo perto da fronteira entre a Síria e o Líbano.

Por sua parte, fontes das forças de segurança no Líbano negaram que seu território tivesse sido alvo de um ataque, mas denunciaram que aviões israelenses violaram seu espaço aéreo. 
Síria acusa Israel de atacar seu território
 
A Síria acusou ontem Israel de atacar com aviões uma instalação militar próxima a Damasco -o que seria a primeira ação direta de forças estrangeiras contra o país em 22 meses de conflito.
 
Em comunicado divulgado pela TV estatal, o Comando-geral do Exército sírio e as Forças Armadas disseram que o espaço aéreo do país fora violado na madrugada de ontem por caças israelenses, que bombardearam um "centro de pesquisa militar" na área de Jamraya, a 15 km da capital.
 
Segundo a oposição síria, o local é conhecido por ser um centro de desenvolvimento de armas, que produziria armamento químico.
 
"Isso prova que Israel é o instigador, beneficiário e, às vezes, executor de atos terroristas contra a Síria e seu povo", diz o comunicado.
 
Segundo o Exército sírio, os aviões passaram ao norte do Monte Hermon, nas Colinas de Golã, e, voando a uma baixa altitude -abaixo do alcance dos radares-, atingiram a região ao redor da capital.
A ação teria destruído o prédio principal e um anexo, além de matar dois funcionários e ferir outros cinco, segundo a agência estatal Sana.
 
O regime diz que o local era responsável por "aumentar o nível de resistência e autodefesa" das Forças Armadas.
 
Na nota, o Exército sírio disse que os "atos criminosos não vão enfraquecer" o regime, mas não fez nenhuma ameaça de retaliar.
 
ATAQUE NA FRONTEIRA
 
Horas antes da declaração síria, jornais israelenses, citando "fontes ocidentais", anunciavam um ataque israelense em território sírio, mas na região da fronteira com o Líbano.
 
O alvo teria sido um comboio de caminhões que supostamente transportava armamentos -inclusive mísseis antiaéreos russos SA-17- para o grupo libanês Hizbollah durante a madrugada de ontem. Um alto oficial americano confirmou o ataque à Associated Press.
 
O regime sírio, no entanto, disse que a notícia de uma ação de Israel na fronteira é "infundada". Fontes do governo libanês também negaram o ataque à agência Efe.
 
Até a conclusão desta edição, o governo israelense não havia se pronunciado sobre nenhuma das supostas ações militares.
 
O Exército libanês, contudo, confirmou, em comunicado, que Israel havia intensificado seus voos sobre várias regiões do sul do Líbano na noite de anteontem e na madrugada.
 
Israel teme que a Síria passe parte de seu armamento químico e dos mísseis antiaéreos ao grupo xiita libanês Hizbollah.
 
Segundo a Reuters, Israel enviou ontem seu assessor de segurança nacional, Yaakov Amidror, à Rússia, e seu chefe de inteligência militar, Aviv Kochavi, aos Estados Unidos, para consultas.
 
Ontem, o presidente do oposicionista Conselho Nacional Sírio, Moaz al Khatib, disse estar preparado para negociar com o regime Assad.
 
Fonte: EFE
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Brasileiros estão menos otimistas com a economia

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O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) caiu 0,9% em janeiro na comparação com dezembro de 2012, informa a pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 31 de janeiro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi o segundo mês consecutivo de queda no indicador. "Caso essa tendência de aumento no pessimismo do consumidor se mantenha, poderá haver uma queda na demanda. Um eventual desaquecimento do consumo prejudicará ainda mais a recuperação da atividade industrial", avalia o economista da CNI Marcelo Azevedo.
 
De acordo com a pesquisa, essa queda é resultado do aumento do pessimismo com a inflação e da avaliação menos favorável em relação à situação financeira e ao endividamento. A população está especialmente preocupada com a inflação. O índice de expectativa da inflação caiu 2,9% em janeiro na comparação com dezembro. A queda indica o aumento do pessimismo com a evolução dos preços nos próximos seis meses.
 
O ânimo dos consumidores para as compras também diminuiu. O indicador de compras de maior valor para os próximos seis meses recuou 0,9% em relação a dezembro. A pesquisa revela ainda que os brasileiros têm uma avaliação menos favorável sobre a situação financeira e o endividamento. O indicador de expectativa em relação à situação financeira teve queda de 1,4% na comparação de janeiro com dezembro. O indicador de endividamento também caiu 1,4%, na mesma base de comparação.
 
Apesar da queda na confiança, a população acredita que o mercado de trabalho continuará aquecido nos próximos seis meses. 
 
O índice de expectativa de desemprego aumentou 2,1% em janeiro ante dezembro, mostrando que os consumidores confiam na manutenção do emprego. O INEC foi calculado com base em entrevistas feitas com 2.002 pessoas de todo o país entre os dias 17 e 21 de janeiro de 2013.
 
Fonte: JB On Line
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Médicos intensivistas brasileiros serão treinados para atender em acidentes com múltiplas vítimas

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A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), que representa os profissionais que atuam nas unidades de tratamento intensivo (UTIs), quer implantar no Brasil o curso de catástrofe e desastres(Fundamental Disaster Management-FDM) da Sociedade Norte-Americana de Medicina Intensiva.

O primeiro curso está previsto para abril, em Goiânia, e há dois programados para São Paulo no final daquele mês. Especialistas dos Estados Unidos e de Portugal participarão dos cursos já programados. A expansão do treinamento para todo o país depende de parceria com o Ministério da Saúde, disse hoje (30) à Agência Brasil o presidente da Amib, José Mário Teles. Na semana passada, médicos intensivistas brasileiros participaram do FDM.
 
Teles destacou que o curso existe há mais de oito anos nos Estados Unidos, em função de ataques terroristas, desastres naturais, infecções virais e pandemias. “Existe esse conceito nos Estados Unidos que um hospital de porta aberta, isto é, um hospital de emergência, tem que estar preparado para atender uma situação de múltiplas vítimas”.
 
A ideia da Amib é trazer o curso para o Brasil em função dos grandes eventos que estão programados para o país, como a Copa do Mundo de 2014. “Se vamos nos preparar para eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, temos que ter essa conscientização, porque aglomerar pessoas em estádios, festas, é uma situação que propicia esse tipo de coisa”.
 
Para o presidente da Amib, o Brasil não está preparado para o atendimento súbito de muitas vítimas. Ele disse que a taxa de ocupação nos hospitais brasileiros é de quase 100%, com um número significativo de pacientes aguardando horas na fila de emergência para serem atendidos. Para Teles, planejamento é a palavra-chave quando se tem uma situação em que aumenta de maneira súbita o número de feridos. Segundo ele, se não houver planejamento de pessoal, material, equipamentos e de espaço, a situação se complica.
 
O médico informou que existem atualmente tendas infláveis que podem ser montadas do lado de fora dos hospitais, em apenas um minuto e 15 segundos, para atendimento de 30 pessoas em macas. “Ou seja, tem que ter mais profissionais, mais equipamentos, materiais, medicamentos e mais espaço. Um hospital tem que ter estrutura”.
 
Teles comentou que a proximidade dos grandes eventos internacionais vai obrigar os hospitais privados a investir em planejamento de catástrofes. Ele considera, porém, que esses investimentos têm que ser públicos, feitos pelo Ministério da Saúde. “Senão, não tem condição”.
 
A expectativa é que o ministério dê apoio à realização desses cursos no país. O presidente da Amib ressaltou que ao mesmo tempo que prepara os profissionais para lidar com situações extremas, o curso ensina a fazer a triagem de pacientes e a usar os recursos de maneira mais eficiente. “Esse curso no momento, infelizmente, é muito oportuno”, disse, referindo-se à tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), onde mais de 230 jovens morreram no último domingo (27).
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos países de baixa renda acontecem 9% do total de desastres no mundo, com 48% das fatalidades. Teles disse que a falta de investimentos e de preparo dos intensivistas explica esse fato. Gráfico apresentado durante o curso pela Sociedade Norte-Americana de Medicina Intensiva revela que quando ocorre um acidente com múltiplas vítimas, a pessoa que chega à emergência de um hospital até uma hora depois 50% de perigo de morrer. Os que chegam duas horas depois, têm 78% e os que chegam três horas depois, o índice de mortalidade se aproxima de 95%.
 
Segundo Teles, o Brasil apresenta uma série de dificuldades para atender vítimas de catástrofes, inclusive de locomoção. No caso da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), ele destacou que a ação dos órgãos militares foi fundamental, ao disponibilizar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para o transporte dos feridos.
 
Ele destacou que o Rio Grande do Sul é o estado que dispõe dos melhores profissionais de unidades de terapia intensiva do país. ”Se essa tragédia tivesse acontecido em outro estado, com certeza, nós teríamos muito mais que 300 mortos, por causa das dificuldades que poderiam ser encontradas”. O médico enfatizou a necessidade de que sejam feitas simulações nos hospitais a cada quatro meses, para que as dificuldades observadas antes e depois possam ser discutidas pela equipe. A meta da Amib é treinar no curso de catástrofes e desastres 5 mil pessoas por ano.
 
 
Fonte: Agência Brasil via Notimp
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Aviação Regional ganha novo projeto da ANAC e governo prevê incentivos

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Foto: Angelo D. Nicolaci - GeoPolítica Brasil

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve divulgar hoje novas regras para a distribuição de "slots" - horários de pousos e decolagens - em aeroportos que já estão saturados. A minuta de resolução, que será debatida em audiência pública, prevê critérios mais rigorosos de regularidade e pontualidade. Ou seja, aéreas que hoje têm índices elevados de atrasos e cancelamentos de voos perderão mais facilmente seus espaços em terminais como o de Congonhas (SP).
 
Hoje, as aéreas que cancelam mais de 20% dos voos, a cada período de 90 dias, podem perder seus slots. Ao redistribuir essas permissões, a Anac privilegia as empresas que já operam no aeroporto, a quem cabem quatro de cada cinco slots desocupados. A partir de agora, os critérios vão privilegiar companhias que têm menos presença nos aeroportos, de forma a aumentar a concorrência.
 
Ontem, a Gol, que ao lado de TAM lidera o mercado doméstico, registrou queda de 4% na bolsa. Analistas de mercado apostavam que a queda das ações da Gol estava relacionada com as novas regras da Anac. Seu presidente Paulo Kakinoff disse ao Valor que a queda das ações da Gol faz parte da "volatilidade dos papéis da companhia", que são negociadas por muitos investidores.
 
A distribuição dos slots passará a ser feita anualmente. As empresas terão que cumprir exigência de pelo menos 80% de regularidade e 75% de pontualidade. Em Congonhas, o aperto será ainda maior. A exigência será de 90% de regularidade e 80% de pontualidade. O objetivo da Anac é evitar uma prática das aéreas, já identificada pelos técnicos, de cancelar decolagens com horários próximos a fim de evitar aviões vazios e juntar os passageiros em um mesmo voo. Elas costumam fazer um rodízio dos voos cancelados para escapar do risco de perder os slots, segundo avaliação dos técnicos, o que ficará mais difícil a partir de agora.
 
Outra mudança é que, até hoje, a redistribuição de slots era restrita apenas a aeroportos totalmente saturados, que não têm mais horários disponíveis para pousos e decolagens. Atualmente, o único que se enquadra no caso é Congonhas.
 
As novas regras passam a valer para outros aeroportos, inclusive aqueles que têm apenas saturação nos horários nobres como os de Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Santos Dumont (RJ). Em dezembro, o governo já havia anunciado parte das mudanças e deixado claro o objetivo de acirrar a competição em Congonhas. O que falta agora é a regulamentação da medida, pela Anac, com o detalhamento das regras.
 
Ambicioso e dispendioso
Do pouco que se sabe do ambi­cioso projeto do governo de desenvolver a aviação regio­nal, já ficou claro que barato ele não será. Para assegurar que mais brasileiros utilizem o transporte aéreo entre cidades ainda não atendidas por voos comerciais regulares, o gover­no vai pagar 50% da passagem de até 60% dos assentos dos aviões que atenderem a essas li­nhas. O custo dependerá do preço da passagem e do núme­ro de passageiros que serão be­neficiados, mas o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Ci­vil (SAC), Wagner Bittencourt, calcula que os gastos do gover­no com essa parte do progra­ma serão de R$ 1 bilhão por ano. E este é apenas um dos subsídios do programa.
 
Vários pontos obscuros do programa anunciado em de­zembro pelo governo, entre os quais o custo real dos subsí­dios para o Tesouro, deixam dúvidas sobre sua viabilidade. Além disso, o fato de pertencer a Estados e municípios boa par­te dos aeroportos nele incluí­dos para serem reformados, modernizados ou ampliados pode trazer dificuldades admi­nistrativas e políticas para a execução das obras e a adminis­tração do novo sistema.
 
Embora não alcance o total de "uns 800 aeroportos", co­mo chegou a ser mencionado pela presidente Dilma Rous­seff durante encontro com em­presários franceses em Paris, no início de dezembro, e não inclua a construção de novas unidades, o programa prevê melhoria, reaparelhamento, re­forma e expansão da infraestrutura, tanto de instalações físi­cas como de equipamentos, de 270 aeroportos regionais (dos quais 19 no Estado de São Pau­lo), ao custo de R$ 7,3 bilhões na primeira etapa.
 
Baseado em investimentos federais, isenção das tarifas ae­roportuárias para passageiros e companhias aéreas, subsí­dios no preço das passagens e criação de uma estatal de servi­ços na área de planejamento e operação de aeroportos, entre outros pontos, o programa con­tinua cheio de pontos indefini­dos, a maior parte dos quais só será esclarecida após consulta pública.
 
O que se sabe ainda está no plano das intenções. O objeti­vo anunciado pelo governo é ampliar o acesso dos brasilei­ros ao transporte aéreo e, para alcançá-lo, pretende-se assegu­rar que 98% da população este­ja a menos de 100 quilômetros de distância de um aeroporto em condições de receber voos regulares.
 
Mesmo representando pou­co mais de um terço do núme­ro anunciado por Dilma, o to­tal de aeroportos a serem refor­mados é expressivo. De acordo com a SAC, a infraestrutura ae­roportuária do País é formada por 720 aeroportos - alguns de­les não são mais que pistas de pouso e decolagem dos quais parte é operada pela Infraero, parte é de responsabili­dade de Estados e municípios e 3 foram outorgados à iniciati­va privada (Guarulhos, Viracopos e Brasília). Do total, 31 atendem às capitais estaduais com voos regulares. Dos 689 aeroportos regionais, 98 rece­bem voos regulares. Assim, 591 não atendem à aviação regular.
 
Para estimular a utilização de mais aeroportos regionais (172 serão acrescentados aos que hoje recebem voos regula­res) e a criação de companhias aéreas, para aumentar a compe­tição, não haverá cobrança de tarifas de embarque (pagas pe­los passageiros) nem de pouso e permanência das aeronaves (pagas pelas companhias aé­reas) em aeroportos com movi­mentação de até 1 milhão de passageiros por ano. A opera­dora do aeroporto, no entanto, será integralmente remunera­da, com recursos do Fundo Na­cional de Aviação Civil (FNAC), criado em julho de 2011 e que, em 2013, poderá dis­por de R$ 3 bilhões.
 
O governo pretende que os bi­lhetes aéreos não sejam mais do que 25% mais caros do que as passagens de ônibus para o mes­mo destino. Se se levar em con­ta que os custos operacionais do ônibus são bem inferiores aos de uma aeronave, pode se imagi­nar o tamanho dos subsídios.
 
Por fim, é difícil entender as razões da criação de uma subsi­diária da Infraero, a Infraero Serviços, para prestar, entre outros, serviços de consulto­ria, planejamento e treinamen­to, ou seja, tudo o que a pró­pria Infraero poderia fazer.
 
Fonte: Valor Econômico e Estadão
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Aviação comercial brasileira registra segundo maior crescimento no mundo

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Foto: Angelo D. Nicolaci - GeoPolítica Brasil
 
Recentemente divulgados os dados da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo - da sigla em inglês) sobre os resultados da aviação civil no mundo, o Brasil apresentou a segunda maior taxa de crescimento do mercado doméstico no mundo, ficando apenas atrás do mercado doméstico chinês que atingiu um crescimento de 9,5% com relação ao mesmo período em 2011.
 
O mercado brasileiro apresentou uma taxa de crescimento de 8,6% em relação ao período de 2011, mantendo o folego diante de um mercado internacional mais tímido, onde a média internacional ficou em 5,4%, enquanto os EUA exibiram ainda sinais de sua crise econômica, apresentando um crescimento de apenas 0,86%.
 
O Brasil vem apresentando um mercado doméstico aquecido com a abertura de novas rotas e serviços, exibindo um mercado consolidado onde no último ano assistimos á fusões de algumas empresas, como foi o caso da Gol que absorveu a WebJet sua concorrente mais expressiva, além da fusão entre Azul e Trip que ainda esta em fase de conclusão.
 
O brasileiro tem voado mais e viajado mais aos destinos dentro do país, com isso ampliando essa importante indústria. Tendo como outro importante fator a maior concorrência no mercado, o que tem feito os preços das passagens aéreas baixar, atraindo o consumidor que antes viajava de ônibus para os aeroportos de todo Brasil.
 
Fonte: GeoPolítica Brasil
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Dilma compara Holocausto á ditadura militar no Brasil

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A presidente Dilma Rousseff comparou na noite dessa quarta-feira (30) o holocausto aos 300 anos de escravidão e à ditadura no Brasil, como difíceis períodos na história de uma nação.
 
Ela afirmou ainda que negar a existência do holocausto é o mesmo que repeti-lo.
 
"Essa presença aqui tem um significado especial porque o Brasil também passou por períodos difíceis na sua história. Nós não podemos, por exemplo, esquecer os 300 anos de escravidão da população negra ou os anos de ditadura que nós tivemos de enfrentar", disse a presidente durante cerimônia em homenagem às vítimas do nazismo, realizada nesta quarta num hotel da capital federal.
 
O evento foi transferido depois que o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal vistoriou e vetou a sede da Ordem dos Advogados do Brasil, que inicialmente abrigaria o evento. De acordo com os bombeiros, o local não oferecia condições mínimas de segurança contra incêndio e pânico.
 
Dilma acendeu uma das seis velas em homenagem aos seis milhões de judeus mortos pelo regime nazista.
 
A cerimônia do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, promovido pela Confederação Israelita do Brasil, homenageou dois brasileiros que trabalhavam no corpo diplomático e ajudaram a salvar judeus emitindo vistos para que fugissem ao Brasil. São eles Souza Dantas, embaixador brasileiro na França, e Aracy Guimarães Rosa, funcionária do consulado em Hamburgo.
 
Ambos contrariaram ordens expressa do então presidente Getúlio Vargas para não conceder vistos. "Eles tiveram a coragem de enfrentar um grande risco", disse a presidente.
 
No evento, foi lida mensagem de Shimon Peres, presidente de Israel, que desejou completo e pronto reestabelecimento às vítimas do incêndio em Santa Maria (RS). "Fiquei consternado e profundamente triste com a terrível tragédia que golpeou o Brasil", diz trecho da mensagem de Peres.

Fonte: Folha

Nota do GPB: É completamente desproporcional a comparação feita pela presidente Dilma Roussef com relação ao período da ditadura militar no Brasil, e mesmo com a escravidão não só no Brasil mas como no mundo mercantilista, pois o genocídio perpetrado por Adolf Hitler superou todo e qualquer forma de crime contra a humanidade, onde executou exterminio em massa usando meios crueis e em escala nunca antes praticada no mundo. Onde cabe salientar que foi uma guerra mundial e que teve como principal alvo uma etnia, a judaica.

No caso da escravidão é importante relembrar e manter vivo na memória a necessidade do respeito as raças e etnias, onde todos nós somos iguais. Cabendo sim celebrar o fim da escravidão e as injustiças cometidas contra os negros ao longo de mais de 300 anos.

Com relação a ditadura militar no Brasil, eu discordo plenamente de nossa presidente, onde afirmo que realmente houveram crimes por parte do governo militar, bem como houveram crimes pelo lado oposicionista, mas cabe lembrar o contexto no qual a história se escreveu e principalmente buscar assimilar os erros de ambas as partes, pois houveram vítimas não só do lado militante de esquerda, como de militares neste período negro de nossa história recente que ainda cria um ranço na relação civil - militar por parte de nossos governantes ainda hoje, mesmo que tentem maquiar essa perseguição existe por parte dos outrora militantes que hoje ocupam o poder no país e tentam escrever nas páginas da história uma nova versão dos fatos que sucederam.

O importante é reconhecer os erros e lidar com isso para que não se repita na história humana. No caso de Israel eu espero que um dia possa ver uma nação mais justa para com seus vizinhos, que não venham mais a praticar genocídios contra a população palestina, um massacre que ocorre por anos sem que haja qualquer julgamento ou intervenção internacional para controlar aquele conflito que julgo covarde e desnecessário.
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Entenda a nova onda de protestos e a crise política no Egito

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Em meio a uma nova onda de protestos no Egito, o chefe das Forças Armadas do país afirmou nesta terça-feira que a crise política atual pode levar "ao colapso do Estado".
O comentário, feito pelo general Abdul Fattah al-Sisi na página do Exército no Facebook, se segue a uma madrugada de manifestações em cidades como Porto Said, Ismailia e Suez, onde a população ignorou um toque de recolher imposto pelo presidente egípcio, Mohammed Morsi.
 
Tropas militares foram enviadas às cidades ao longo do canal de Suez, para conter os protestos, que prosseguiram nesta terça. Muitos manifestantes pedem a saída de Morsi.
Nos últimos dias, mais de 50 pessoas morreram durante confrontos.
Leia, abaixo, o que está por trás da atual onda de protestos:
Como começaram os protestos?
Manifestações no Cairo, Alexandria e outras cidades egípcias marcaram, em 25 de janeiro, o segundo aniversário da revolução que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak, mas os protestos acabaram se voltando contra Morsi.
Seculares, cristãos, liberais e outros críticos do governo de Morsi acusam o presidente (do Partido Irmandade Muçulmana), eleito no ano passado, de trair os ideais da revolução.
Há insatisfação popular com a ampliação dos poderes de Morsi e com a nova Constituição aprovada em referendo, mas que muitos dizem favorecer a parcela islâmica da população.
 
Em Porto Said, protestos continuaram no sábado, depois que uma corte local sentenciou 21 pessoas à morte pelos episódios de violência ocorridos em um jogo de futebol, em fevereiro de 2012. Na ocasião, 70 pessoas morreram em confrontos após uma partida do time local al-Masry, que jogava contra o al-Ahly, do Cairo.
Alguns moradores de Porto Said dizem que policais responsáveis pela segurança da partida não foram punidos e que apenas torcedores foram condenados, como bodes expiatórios.
Os protestos estão ligados entre si?
Os protestos nas cidades são separados, mas ligados por fatores comuns, como a perda de confiança nas instituições do Estado (em especial os serviços de segurança e o Poder Judiciário) e a sensação de ausência de lei e ordem.
Qual tem sido a resposta de Morsi?
Na noite de domingo, o presidente fez um pronunciamento na TV anunciando um estado de emergência em três cidades ao longo do canal de Suez: Porto Said, Ismailia e Porto Suez. Ele ordenou um toque de recolher noturno, válido por 30 dias.
Desde então, o gabinete deu ao presidente poderes para mandar o Exército às ruas "para ajudar a polícia a preservar a segurança".
Morsi também chamou a oposição para conversas no palácio presidencial, na tentativa de restaurar a unidade nacional. Mas a principal coalizão oposicionista, a Frente Nacional de Salvação, rejeitou a proposta, alegando que ela é apenas "cosmética" e "vazia de significado".
O que é a Frente Nacional de Salvação?
Em novembro passado, uma parte da fragmentada oposição egípcia se uniu para formar a Frente Nacional de Salvação, criticando um decreto que expandiu os poderes presidenciais e um projeto de Constituição que, na opinião de muitos, favorece os islâmicos.
A Frente alegava que as medidas representavam uma usurpação do poder por parte de Morsi e seu aliados.
Mohamed ElBaradei, ex-diplomata na ONU, é o coordenador da Frente, que inclui também o ex-chanceler e ex-chefe da Liga Árabe Amr Moussa e o líder esquerdista Hamdeen Sabahi.
Recentemente, o grupo ameaçou boicotar as eleições parlamentares, prevista para os próximos meses, caso suas exigências - a formação de um governo nacional e a antecipação do pleito presidencial - não sejam cumpridas.
 
Fonte: BBC Brasil
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.Tropas lideradas pela França consolidam posição no Mali

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As tropas lideradas pela França estão consolidando sua posição na histórica cidade de Timbuktu, no Mali, ao retomar partes antes controladas por extremistas islâmicos.
Os comandantes militares franceses informaram que soldados estão patrulhando as ruas com o objetivo de expulsar os militantes remanescentes da região.
 
As tropas agora concentram esforços para libertar a última fortaleza rebelde, Kidal.
Uma conferência de doadores internacionais foi inaugurada na capital da Etiópia, Addis Ababa, como parte da estratégia de arrecadar US$ 950 milhões (R$ 1,9 milhão) para solucionar o conflito.
Ainda nesta terça-feira, uma conferência em Bruxelas, na Bélgica, deve decidir sobre o envio de uma missão de treinamento militar da União Europeia no Mali.
O Reino Unido já anunciou que irá contribuir com essa missão.
 
França controla aeroporto no norte no Mali e conversa com tuaregues
 
Tropas da França e do Mali ocuparam nesta quarta-feira o aeroporto de Kidal, no norte do Mali, em mais um avanço dos militares para diminuir a força dos radicais islâmicos que dominavam a região. Os franceses também conversaram com rebeldes tuaregues, que tiraram os extremistas da cidade.
 
O domínio do aeroporto faz parte do recuo dos grupos radicais islâmicos, que se dizem vinculados à rede Al Qaeda, desde o início da ofensiva francesa no Mali, no dia 11. Desde então, o governo local conseguiu recuperar o controle de Gao e Timbuktu, duas das cidades mais importantes do país.
 
Em entrevista, o chefe das operações francesas, Thierry Burkhard, disse que a incursão para dominar a cidade continua. Autoridades locais afirmam que o terminal aéreo foi dominado sem resistência dos radicais, assim como em Gao e Timbuktu.
 
A região está fora do controle do governo central desde abril, quando rebeldes tuaregues dominaram a área, em meio a um breve golpe de Estado militar que retirou o governo. Desde então, o país é comandado interinamente por Dioncounda Traoré.
 
Em julho, os tuaregues perderam o controle da região para o grupo radical Ansar Dine, vinculado à Al Qaeda e que é radicado na região. Nos últimos dias, uma ramificação da Ansar Dine, o Movimento Islâmico de Azawad, saiu da luta armada e se juntou aos tuaregues, que pediram negociação à França.
 
Nesta quarta, os militares franceses se reuniram com os rebeldes para coordenar o controle das localidades sob domínio tuaregue. Os insurgentes pedem a independência da região de Azawad, onde fica Kidal.
 
Fonte: GeoPolítica Brasil com Agências de notícias
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Chefe da ONU pede fim de guerra na Síria e US$ 1,5 bi em ajuda

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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu novamente nesta quarta-feira o fim do conflito na Síria, que já dura 22 meses, e US$ 1,5 bilhões (R$ 3 bilhões) em ajuda humanitária para socorrer os quase 5 milhões de refugiados do país.
 
O país vive uma forte crise humanitária após meses de intensos confrontos entre aliados e rivais do ditador Bashar Assad. Desde o início da revolta, em março de 2011, mais de 60 mil pessoas morreram devido à violência, segundo a ONU.
 
Em campanha de doadores no Kuait, o chefe da organização afirmou que a situação no país árabe é "um horror incessante" e pediu novamente que a violência termine em ambos os lados.
 
"Quantas pessoas serão mortas se esta situação continua? Eu apelo a todos os lados e particularmente ao governo da Síria para que parem de matar. Em nome da humanidade, parem a matança, parem com a violência", disse.
 
Ele ainda pediu mais US$ 1,5 bilhões para aumentar a ajuda humanitária para os quase 5 milhões de refugiados do país. Desses, 700 mil estão em acampamentos em países vizinhos e outros 4 milhões se deslocaram internamente.
 
Do total que seria disponibilizado para a ajuda, US$ 1 bilhão seriam usados para socorrer os refugiados no exterior, enquanto os outros US$ 500 milhões, aplicados para os refugiados internos. A ajuda para os que estão dentro do país é mais complicada devido ao menor efetivo da ONU, retirado por causa da violência.
 
O valor seria suficiente para cobrir as necessidades dos refugiados no primeiro semestre, mas só 18% da quantia foi obtida. Nesta quarta, os Emirados Árabes Unidos e o Kuait doaram US$ 300 milhões cada para diminuir a crise.
 
Enquanto isso, a Alemanha anunciou o envio de mais € 10 milhões (US$ 13,4 milhões) para esta campanha, embora tenha doado mais de € 103 milhões (US$ 139 milhões) em todo o ano passado.
 
CRUZ VERMELHA
 
A dificuldade de oferecer ajuda humanitária também foi mencionada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha. A entidade declarou que o sofrimento da população síria alcançou "níveis sem precedentes", devido aos problemas de acesso, em especial nas regiões mais conflagradas.
 
A organização internacional diz que as maiores dificuldades de acesso estão em Aleppo, Deir el Zur e Idlib, localidades mais afetadas pelos confrontos entre o regime e a oposição síria. Para a Cruz Vermelha, a situação continua a se deteriorar e não há sinais do fim dos choques entre o regime e a oposição.
 
Fonte: Folha
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Rússia cria novos tipos de mísseis intercontinentais

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A Rússia e a China estão modernizando as suas forças estratégicas, tendo no entanto escolhido caminhos diferentes para a substituição dos seus mísseis pesados principais.
 
O comandante das Forças Estratégicas de Mísseis da Rússia Serguei Karakaev declarou que, neste momento, a Rússia está desenvolvendo pelo menos dois tipos de mísseis balísticos intercontinentais completamente novos. Um desses dois projetos, segundo dados da mídia russa, é o enorme míssil a combustível líquido Sarmat, que irá substituir o sistema soviético RS-36M Voievoda, mais conhecido pela sua designação ocidental Satan.
 
O sistema Voievoda é, já há muitos anos, uma componente importante das forças estratégicas nucleares russas. São os mísseis balísticos intercontinentais mais pesados que se encontram ao serviço em todo o mundo. O seu peso na decolagem é superior a 200 toneladas e os seus potentes motores de foguete a combustível líquido permitem transportar até 10 ogivas nucleares e uma grande quantidade de contramedidas como os alvos falsos. Conforme o equipamento transportado pelo foguete, o seu alcance pode ser de 11 a 16 mil quilômetros.
 
Pelo seu peso, só o míssil intercontinental chinês DF-5, com as suas 183 toneladas, se pode comparar ao RS-36M. O míssil chinês é menos desenvolvido. Ele necessita, por exemplo, de mais tempo de preparação antes do lançamento, o seu abastecimento de combustível demora duas horas. Isso torna o míssil vulnerável a um primeiro ataque. A China, no entanto, mantém cerca de 20 mísseis DF-5A por ainda serem os únicos sistemas estratégicos chineses capazes de atingir qualquer ponto do território dos EUA.
 
A Rússia e a China escolheram diferentes abordagens para a substituição dos seus mísseis pesados principais. A Rússia decidiu, na sua essência, recuperar o sistema RS-36 a um nível tecnológico mais elevado. A escolha de um míssil a combustível líquido se deve ao fato de, quando comparado com um a combustível sólido, permitir transportar uma maior carga útil. A Rússia aguarda a futura colocação, por parte dos EUA, de meios de defesa antimíssil no espaço, assim como o reforço das capacidades da DAM na Europa. Um míssil mais pesado e potente poderá com segurança ultrapassar essa defesa.
 
Além disso, segundo o comandante das Forças Estratégicas de Mísseis da Rússia Serguei Karakaev, um míssil a combustível líquido, com o seu grande volume de carga útil, permitirá “também desenvolver possibilidades como a criação de uma arma estratégica de alta precisão com equipamento não-nuclear e um alcance praticamente global”. A Rússia poderá criar uma arma estratégica de alta precisão não-nuclear com origem nos mísseis intercontinentais no caso de os Estados Unidos procederem ao desenvolvimento desse tipo de arma, referiu Karakaev.
 
Paralelamente ao míssil pesado a combustível líquido, a Rússia está desenvolvendo um novo míssil móvel a combustível sólido que irá substituir o fabrico de sistemas Topol-M e Yars, declarou Karakaev. Dessa forma, a Rússia quer manter, num futuro próximo, umas forças estratégicas nucleares baseadas em duas componentes: os mísseis móveis e os mísseis pesados a combustível líquido de baseamento em silos.
 
Quanto à China, se sabe que adicionalmente aos mísseis móveis a combustível sólido DF-31A, fabricados neste momento, ela está desenvolvendo um míssil a combustível sólido mais pesado com ogiva múltipla. Esse míssil é igualmente uma resposta ao reforço dos sistemas de DAM norte-americanos, mas ser-lhe-á difícil atingir os parâmetros de alcance e de carga útil do DF-5.
 
Essa abordagem corresponde à estratégia chinesa de estruturação das forças nucleares. A China desde o início que se absteve de perseguir uma paridade nuclear com os EUA, dedicando a sua maior atenção à manutenção de um contingente de mísseis pequeno, com capacidade para sobreviver a um primeiro ataque e efetuar um ataque de retaliação. Atualmente, essa abordagem está sendo alterada e já é evidente que a China terá de aumentar a quantidade tanto dos mísseis balísticos de baseamento submarino como dos mísseis balísticos intercontinentais. Mas condições para a mudança de estratégia ainda não amadureceram
 
Fonte: Voz da Rússia
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Brasil reajusta preço da gasolina em 6,6% e diesel em 5,4%

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Hoje a gasolina e o diesel amanheceram mais caras nas refinarias brasileiras, o anúncio feito pela Petrobrás, estatal brasileira produtora de petróleo e seus derivados, contribuem para o aumento da inflação no país.
 
Embora o aumento fique em 6,6% na gasolina e 5,4% no caso do diesel, é estimado que este aumento chegue mais sensível ao bolso dos consumidores, tendo sido este reajuste nas bombas estimado entre 4% e 5,4% devido a mistura do etanol na gasolina. O que invariavelmente afetará os preços de muitos produtos e serviços com o repasse deste aumento no custo dos transportes na casa dos 3,5%.
 
Segundo nota da Petrobrás, esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo.
 
Quando o plano de negócios da estatal para o período de 2012 a 2016 foi fechado, no ano passado, a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, afirmou que o preço da gasolina estava com uma defasagem de 15%. Parte disso foi recomposta ainda em 2012, com o reajuste de 7,8% dado às refinarias. Esse reajuste não chegou ao consumidor: o governo zerou o principal tributo cobrado do setor, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Agora sem a Cide, a elevação vai chegar aos postos. Porém, o preço da gasolina no Brasil supera em 51% ao que encontramos nos EUA, ao contrário de comparações com países europeus onde o valor da gasolina em média supera em 37% o valor do mercado brasileiro.
 
Já o diesel recebeu dois reajustes desde então. Um de 3,94%, em 25 de junho e outro de 6%, em 16 de julho. Apesar de o porcentual de reajuste da gasolina ser pouco abaixo do previsto no Plano de Negócios, o aumento concedido no diesel poderá compensar o resultado. O diesel é o combustível com maior impacto no balanço da companhia.
 
Os reajustes eram altamente desejados pela Petrobrás, que condiciona a pesada carga de investimentos previstos no plano de negócios da companhia (US$ 236 bilhões entre 2012 e 2016) a um preço mais alto do combustível vendido no País. Em 2013, a estatal deve investir entre R$ 85 bilhões e R$ 90 bilhões.
 
Preocupada com a demora no reajuste, reclamado diversas vezes pela presidente Maria das Graças Foster, a diretoria da Petrobrás pediu ao Conselho de Administração, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, um aumento rápido, ainda para este mês, para não ter que cortar projetos.
 
O reajuste, contudo, não acaba com a defasagem de preços dos combustíveis vendidos pelas refinarias em relação ao mercado internacional, mas garante a continuidade de projetos e investimentos. Além de aliviar o caixa da companhia, que registra prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão ao mês com a diferença entre os preços de importação de diesel e gasolina e os praticados no mercado doméstico.
 
Fonte: GeoPolítica Brasil com agências de notícias
 
 
 


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Pentágono prepara-se para guerra no espaço virtual

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A guerra no espaço virtual ameaça realmente a segurança nacional dos Estados Unidos. O Pentágono aumentou em cinco vezes o pessoal de seu departamento de segurança cibernética, destinado não apenas para proteger os sistemas americanos de computadores, mas também para interceptar comunicações eletrônicas de seus potenciais adversários.
 
Pelo visto, a Administração americana já se sente apertada no quadro de sua estratégia “Zona de responsabilidade é todo o mundo”, decidindo encarregar-se também do espaço virtual. Neste pano de fundo, a Internet transforma-se num teatro potencial de ações militares. Como destaca o diretor-geral do Centro de Informação Política, Alexei Mukhin, tal roteiro é natural para a política externa norte-americana. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos aproveitam-se de um certo vácuo jurídico que reina na rede, aponta o perito:
 
“É muito mais fácil fazê-lo na Internet, porque no espaço virtual praticamente não há leis e restrições. É precisamente a este fato que está ligado nos últimos tempos o reforço das chamadas tropas cibernéticas não apenas para a defesa, mas também para a ofensiva. A meu ver, os Estados Unidos preparam-se para uma contraposição global, para controlar o maior número possível de setores em que se concentram recursos mundiais de matérias-primas”.
 
Entretanto, o analista principal do Centro Social Regional de Tecnologias Informáticas, Urvan Parfentiev, considera que o pessoal do destacamento de segurança cibernética do Pentágono fosse aumentado para responder a novas ameaças. Ao mesmo tempo, o perito duvida do caráter exclusivamente defensivo das tropas cibernéticas:
 
“Só nos últimos anos, foi consciencializada a profundidade de penetração de tecnologias informativas e de comunicação da Internet em muitos processos da infraestrutura defensiva e vulnerável. O Estado começa a reagir a desafios face a muitos incidentes civis que ocorreram. Trata-se não apenas dos Estados Unidos, mas também do projeto de convenção das Nações Unidas sobre a proteção de estruturas estatais na Internet e de tentativas de organizar respectivos centros cibernéticos na OTAN. A meu ver, o problema avalia-se bastante adequadamente. Pergunte-se se esta será uma função puramente defensiva ou ofensiva”.
 
Não será que a intensificação do agrupamento cibernético nos Estados Unidos irá provocar um desequilíbrio das forças no mundo, pelo menos no espaço virtual? Enquanto, militarmente, os Estados Unidos são impedidos de começar um conflito armado com grandes potências mundiais graças a armas nucleares de que estas dispõem, cuja utilização causará prejuízos a todo o planeta, como será no caso de uma guerra virtual? Não será que a Rússia estará na mira de armas virtuais americanas? Na opinião do diretor de programas do Fórum Internacional “Tecnologia da Segurança”, Alexander Vlasov, hoje não há razões para ter tais receios:
 
“Hoje, a meu ver, o mundo se deu conta de que a principal ameaça consiste em futuras guerras cibernéticas e não em armas nucleares. A Rússia deve esperar ameaças por parte de grupos terroristas que podem nos atacar. E devemos nos preparar para repelir nomeadamente tais ataques”.
 
Em geral, a decisão do Pentágono parece bastante natural. Resta apenas esperar que na nova esfera defensiva os militares americanos partam de ameaças reais e não fictícias, como decorreu durante últimas décadas.
 
Pentágono quintuplica despesas com segurança cibernética
 
O departamento militar dos EUA aprovou o aumento de gastos com a segurança cibernética.
 
Nos próximos anos, as despesas nesta área aumentarão cinco vezes, informa o jornal Washington Post. Assim, o Pentágono espera proteger o sistema de computadores do governo dos EUA de hackers.
 
Além disso, será aumentado o pessoal do departamento de informática do Ministério de Defesa estadunidense. No momento, ele conta com 900 pessoas, mas o número de funcionários, tanto militares como civis, será aumentado para 4.000.
 
Fonte: Voz da Rússia
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Boeing sabia de problemas nos aviões 787

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Mesmo antes dos incidentes recentes com aviões Boeing 787 Dreamliner, as baterias de íon-lítio usadas nas aeronaves já haviam enfrentado vários problemas que levantaram questões sobre a sua confiabilidade, revela o jornal The New York Times nesta quarta-feira. Segundo a publicação, a Boeing estava ciente dos problemas meses antes dos incidentes que resultaram em pousos de emergência e levaram empresas a cancelar todos os voos do modelo 787 este mês.
 
Nesta quarta-feira, as duas principais companhias aéreas do Japão disseram que haviam substituído uma série de baterias em seus modelos Dreamliner antes do cancelamento mundial dos voos. Uma porta-voz da All Nippon Airways (ANA) afirmou que as baterias em 10 aviões de sua frota foram substituídas, enquanto um representante da Japan Airlines afirmou que "algumas" precisavam ser trocadas.
 
Foi a primeira vez que a All Nipon Airways abordou a extensão dos problemas anteriores, o que põem em evidência a natureza volátil das baterias e aumenta preocupações sobre a possibilidade da Boeing e outros fabricantes de utilizar as baterias de forma segura.
 
Em cinco das 10 substituições, a All Nippon afirmou que a bateria principal havia mostrado uma carga inesperadamente baixa. Uma queda inesperada de energia na bateria principal de um 787 também ocorreu no voo da companhia que precisou fazer um pouso de emergência no dia 16 de janeiro, no Japão. Há dois dias, porém, inspetores do Ministério dos Transportes japonês descartaram falha na bateria desse avião, garantindo que ela não sobrecarregou.
 
A companhia aérea disse que havia relatado à Boeing sobre as substituições assim que elas ocorreram, mas não foi obrigada a comunicar o caso aos reguladores de segurança porque não foram consideradas questões de segurança e não houve atraso de voos ou cancelamentos. O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes afirmou ontem que as trocas passaram a fazer parte de sua investigação, que deve se voltar agora à questão da carga baixa ao invés da sobrecarga.
 
Segurança – A Boeing, que tem sede em Chicago, tem dito repetidamente que quaisquer problemas com as baterias podem ser contidos, sem ameaçar os aviões e seus passageiros. No entanto, em resposta à divulgação da All Nippon, funcionários da Boeing disseram que a substituição das baterias indicava que as ações foram feitas para evitar o superaquecimento e manter as baterias gastas de serem recarregadas.
 
Empregados da empresa também reconheceram que as novas baterias não estavam durando tanto quanto o previsto. Por outro lado, a All Nippon Airlines alegou que as baterias substituídas não tinham expirado. Tsutomu Nishijima, representante da GS Yuasa, fornecedora das baterias, disse que a troca do equipamento fazia parte de operações normais de um avião, mas não quis dar mais detalhes.
 
Os sucessivos defeitos com o 787 também levaram à abertura de uma investigação da Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA). No mercado há 15 meses, o Dreamliner foi projetado para ser o "avião dos sonhos".
 
Fonte: Veja
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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Irã envia com sucesso um macaco ao espaço

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O Irã enviou nesta segunda-feira um macaco ao espaço a bordo de uma cápsula e o recuperou são e salvo após seu pouso, anunciou o canal em árabe da rede de televisão iraniana Al-Alam, citando fontes do ministério da Defesa.
 
"O Irã lançou nesta segunda-feira com sucesso uma cápsula batizada de 'Pisgham' (pioneira) com um macaco dentro a 120 km de altitude e recuperou o carregamento sem danos", indicou a Al-Alam citando a Organização da Indústria Aeroespacial do ministério da Defesa iraniano.
Teerã havia anunciado em meados de janeiro seu projeto de enviar um macaco ao espaço no início de fevereiro no âmbito das celebrações do 34º aniversário da vitória da Revolução Islâmica de 1979. Este lançamento era apresentado como uma primeira etapa antes de enviar "um homem ao espaço em 5 a 8 anos".
O projeto previa enviar um macaco a 120 km de altitude em um voo balístico suborbital de vinte minutos em uma cápsula de 285 quilos lançada por um foguete Kavoshgar-5.
 
O Irã já enviou três satélites ao espaço desde 2009, assim como uma cápsula com um rato, tartarugas e insetos em fevereiro de 2010.
 
Fonte: AFP

Nota do GPB: O Irã começa a dar sinais claros de sua capacitação no domínio de foguetes de longo alcance, o que tem feito EUA e Israel acompanhar de perto os passos iranianos, pois desconfiasse do interesse de Teerã em conceber um míssil capaz de levar um artefato nuclear. Será um passo rumo á capacidade de dissuassão nuclear por Teerã ou apenas mais uma jogada do governo islâmico para confrontar o "ocidente"?
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Há fim à vista para o conflito sírio?

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Ao fim de 22 meses de luta, 60000 mortos, 500000 refugiados em países vizinhos, dois milhões e meio de deslocados dentro do seu próprio país e uma extensíssima destruição de propriedade continua a não haver qualquer “luz ao fundo do túnel” que é o conflito sírio.

Brahimi, o representante das Nações Unidas não se cansa de realçar que sem um acordo político, dentro em breve, o país pode entrar em colapso. Um dos riscos é que se venha a transformar em algo como a Somália, isto é, dividido em regiões dominadas cada uma por um grupo étnico ou seita que não reconhece o governo central. Em resumo, um estado falhado numa das zonas do mundo de maior instabilidade.

Bashar al Assad, tentando fazer esquecer que é ele próprio a origem do problema, procura caracterizar a situação como fruto de interferências externas, numa conspiração dos salafitas visando a hegemonia regional dos sunitas. É, no entanto, precisamente contrário. É a instabilidade interna causada pelo seu regime despótico que, extravasando para o exterior, está a dar espaço a uma disputa pela liderança da região, envolvendo o Irã, a Turquia, o Iraque e os Estados do Golfo.

Obviamente, Israel nunca se alheará desta disputa e, considerando necessário, tomará a iniciativa de intervir. As reduzidas perspectivas de estabilidade e paz para o Médio Oriente agravar-se-ão. Muito perigosamente se o Irão conseguir manter Assad no poder.

A Síria tem umas Forças Armadas de relativamente grande dimensão. Deviam ser suficientes para controlar a totalidade do país, porque nem sequer a habitual limitação de emprego em operações de contra insurreição, que deveria exigir um muito maior controlo do uso da força, sejam tema a que Bashar al Assad preste qualquer atenção. O problema é que, em relação a parte delas, Assad terá sempre dúvidas de lealdade e isso limita as opções militares sobretudo ao emprego das forças de elite e a medidas de precaução quando utiliza outras (evitando a sua exposição a confrontos mais exigentes e infiltrando elementos dos serviços secretos).

Não podendo controlar a totalidade do território, por falta de meios, Bashar segue a alternativa tradicional de concentração do esforço militar nas cidades e regiões que considera mais importantes, deixando cair as outras zonas nas mãos da oposição, para depois as bombardear e negar acesso a recursos vitais, isolando-as. Segue uma espécie de estratégia de “barricada” combinada com o controlo das vias de comunicação principais, mas, mesmo com este objetivo mais restrito, o seu sucesso tem sido limitado, logo a começar numa das principais vias de comunicação: a que vai da fronteira com a Jordânia até Aleppo no norte, passando por Damasco e Holmes, um ponto estratégico que tem sido palco de confrontações sucessivas entre as forças do regime e as do Exército Livre da Síria.

Poderá esta situação ter qualquer saída antes que o País entre irreversivelmente em colapso? Quantas mais mortes, refugiados, deslocados e propriedade destruída serão necessários para demonstrar que com a continuação de Assad no poder não haverá qualquer desfecho aceitável para a crise?

Assad não só perdeu qualquer espaço de negociação como também já deixou passar a oportunidade de se afastar. Está sob o controlo das elites e comunidades que o têm mantido e que agora, não havendo alternativas, não vão permitir que ela as abandone. Sabe que introduzir reformas também não é opção. Num futuro sistema representativo, os aluitas e demais minorias que o apoiam, graças ao regime de proteção de que têm beneficiado, deixarão de ter o controlo do País, perante os 60% de sunitas. Vinganças e retaliações serão o desfecho expectável destes quase dois anos de luta e décadas de ditadura.

Brahimi está no seu papel de tentar um acordo negociado entre as partes, mas as hipóteses de sucesso são, neste tipo de circunstâncias, extremamente reduzidas, por várias razões.

Primeiro, porque o ponto de partida para isso - o desarmamento da oposição – é algo que nenhum dos seus líderes encarará como possível. Não existe um governo legítimo nem instituições que garantam a observação e cumprimento do que for acordado. Se desarmarem ficam à mercê de Assad.

Segundo, não existe qualquer resquício de confiança mútua entre as partes. Terceiro, qualquer acordo duradouro não pode deixar de envolver as potências regionais, mas como vimos atrás, os respectivos objetivos estão longe de convergir.

Para o Irã, a manutenção de Assad é essencial para o seu projeto de liderança regional. Quarto, a observação de qualquer eventual acordo terá que ficar sob o controlo de uma força internacional (10000 efetivos?) a colocar no terreno, como, aliás, já deixou antever Brahimi, mas a disponibilidade de os sírios aceitarem a presença das Nações Unidas suscita dúvidas. Receiam que poderá ser um braço de interferência externa, nomeadamente por parte dos EUA, que recentemente colocou na lista de organizações terroristas um dos grupos que mais tem contribuído para desaires por que têm passado as Forças Armadas sírias.

A grande dificuldade desta situação é que se um acordo é muito difícil, senão já impossível pelas razões acima apontadas, a alternativa de uma vitória da oposição poderá não ser um bom desfecho para a estabilidade regional. É muito grande o risco de o futuro vir a ser dominado por vinganças e retaliações contra os responsáveis pelo regime deposto, lutas entre as várias facções, oportunidade de infiltração da al Qaeda e, eventualmente, pouco empenho em enveredar por uma democracia liberal. Por outras palavras, estamos perante um mais um conflito para durar.

Fonte: JDRI
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