O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, homenageou nesta segunda-feira os veteranos da Guerra do Vietnã (1959-1975), dizendo que seu país aprendeu "lições duras" naquele conflito, entre as quais a de não colocar soldados em risco sem uma missão e uma estratégia claras.
Em discurso a veteranos e familiares de militares no Dia da Memória, Obama não citou as atuais tensões com o Irã ou a Síria, nem outras potenciais ameaças. O foco foi no esvaziamento das guerras do Iraque e Afeganistão, iniciadas por seu antecessor, George W. Bush.
O presidente observou que muitos veteranos do Vietnã foram a aeroportos para cumprimentar pessoalmente soldados que voltavam do Iraque e do Afeganistão, muitos dos quais se alistaram nas Forças Armadas depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, estopim das agora impopulares guerras.
"Em toda a América, as comunidades recepcionam nossas forças vindas do Iraque, e quando nossas tropas retornarem do Afeganistão, a América dará a toda essa geração do 11/9 a recepção que ela merece. Isso aconteceu em parte por causa de vocês", disse no Memorial dos Veteranos do Vietnã, em Washington.
DESPREZO
Nas décadas de 1960 e 70, muitos sobreviventes dos brutais combates no Sudeste Asiático eram recebidos com desprezo nos Estados Unidos, como resultado da repulsa da opinião pública a um conflito causado pela Guerra Fria e que matou 58 mil norte-americanos.
Para efeito de comparação, as guerras do Iraque e Afeganistão mataram respectivamente 4.000 e 2.000 norte-americanos, aproximadamente.
Acabar com essas guerras foi uma promessa de campanha de Obama em 2008, e seu governo tem dado grande apoio aos veteranos. Obama disse que várias das suas iniciativas são "um verdadeiro legado do Vietnã".
"Por causa das lições duras do Vietnã, por causa de vocês, a América está mais forte do que antes. Quando a América enviar seus filhos e filhas para o perigo, sempre lhes daremos uma missão clara, sempre lhes daremos os equipamentos necessários para a tarefa. Vamos resolver que os líderes sejam francos sobre os riscos e os progressos e tenham um plano para trazer nossas tropas para casa com honra."
Fonte: Reuters
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