A fusão anunciada nesta segunda-feira transforma o grupo Azul Trip no segundo maior operador de jatos regionais da Embraer, atrás apenas da americana Republic e à frente da também americana Jetblue, empresa criada pelo fundador da Azul David Neeleman, americano nascido no Brasil.
São 62 aviões da Embraer, dos quais 32 do modelo 195, 21 do 190 e nove 175.
As duas empresas operam ainda mais 50 turboélices ATRs, totalizando 112 aviões. Até o fim do ano, a frota aumentará para 122 aviões.
"A Embraer saúda a união dos nossos maiores clientes da aviação comercial no Brasil - Azul e Trip. Esta parceria consolida a caminhada de sucesso de duas empresas vitoriosas que, temos certeza, oferecerão serviços ainda melhores aos clientes, e reforça o sucesso das aeronaves E-Jets na América Latina", disse Paulo Cesar de Souza e Silva, Presidente da Embraer, Aviação Comercial.
Após a fusão, que ainda tem que ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômico), Azul e Trip vão controlar 15% do mercado de aviação do país e 29% das partidas realizadas, com pelo menos 837 voos diários em 316 rotas.
A sobreposição de voos das duas empresas atinge cerca de 15 cidades, de um total de 96 de destinos atendidos pelas duas empresas juntas.
Fusão entre Azul e Trip não prejudica consumidor, diz especialista
A fusão da Azul com a Trip não deve gerar concentração no mercado regional a ponto de prejudicar o consumidor. A avaliação é do professor e diretor do Núcleo de Economia dos Transportes, Antitruste e Regulação (Nectar) do ITA, Alessandro Oliveira.
"O mercado regional não tem muita concorrência naturalmente. São sempre uma ou duas empresas nas cidades de pequeno porte. Mas o modelo de negócios da Azul não é de ficar fazendo reserva de mercado. Eles cresceram criando demanda e abrindo novos mercados."
A sobreposição de voos da Azul e Trip atinge cerca de 15 cidades, de um total de 96 de destinos atendidos pelas duas empresas juntas.
Com a incorporação da Trip, em uma operação de troca acionária, a Azul acelera seu plano de crescimento e se fortalece para enfrentar a concorrência com a Gol e com a TAM.
Juntas, Azul e Trip detêm 15% do mercado (passageiros transportados) e 29% das partidas realizadas no país.
"Hoje a Azul atende a demanda do interior de São Paulo. Mas com a previsão de expansão e de melhorias em Viracopos (Campinas), você cria um terceiro eixo de concorrência para o paulistano."
Trip e Azul anunciaram a fusão nesta segunda-feira. Após aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o nome da nova empresa será Azul Trip SA. O executivo David Neeleman, da Azul, será o presidente do conselho de administração.
Após fusão, Azul Trip vai controlar 15% da aviação no país
As companhias aéreas Azul, terceira maior do país, e Trip, maior empresa aérea regional da América, acertaram hoje a fusão de suas operações no Brasil.
O nome da nova empresa será Azul Trip SA. O executivo David Neeleman, da Azul, será o presidente do conselho de administração.
O negócio foi fechado hoje por Neeleman e por José Mário Caprioli, presidente-executivo da Trip, e Renan Chieppe, presidente do conselho da companhia.
Com a união, a nova empresa vai atender 15% do mercado doméstico de transporte aéreo. No total, ela vai possuir 112 aeronaves (62 jatos Embraer e 50 turboélices ATR) e operar pelo menos 837 voos diários em 316 rotas. Até o fim do ano, a frota deve aumentar para 120 aeronaves, segundo a empresa.
"Juntos, formaremos um grupo com possibilidades ainda maiores de continuar prestando serviços de transporte aéreo cada vez mais acessíveis e de alta qualidade", disse Neeleman, em nota.
"Enxergamos na Azul uma parceira que tem os mesmos ideais e visão de negócios. Buscaremos disseminar as melhores práticas entre as empresas, visando ampliar nossa competitividade no mercado, mantendo o DNA de alto serviço de ambas", disse, também em nota, Caprioli, Trip.
Os atuais donos da Azul --o americano naturalizado brasileiro Neeleman e oito fundos, entre eles Gávea, TPG e Bozano-- ficarão com 67% da nova empresa, enquanto os grupos Caprioli e Águia Branca, donos da Trip, terão o restante.
Para concretizar a operação, os donos da Trip recompraram, há uma semana, a participação de 26% que havia sido vendida para a americana Skywest.
A operação não envolve pagamentos. O valor das empresas usado para definir as participações não foi divulgado.
CONCORRÊNCIA
A operação dá às empresas um porte para enfrentar as líderes TAM e Gol. O faturamento conjunto deve chegar a R$ 4,2 bilhões este ano. No ano passado, a Gol faturou R$ 7,4 bilhões e a TAM, R$ 13 bilhões.
Com uma frota de 112 aviões e 837 voos diários, o grupo Azul Trip é responsável por 29% das partidas realizadas no país. Elas atendem 96 cidades, de um total de 108 cidades do país que recebem voos regulares.
A operação transforma o grupo Azul Trip no segundo maior operador de jatos da Embraer no mundo. São 62 jatos, de uma frota de 112 aviões.
Para ser concretizado, o negócio ainda precisa ser aprovado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Até lá, as duas empresas --bem como suas divisões de carga-- vão continuar operando separadamente.
RAIO-X DA NOVA EMPRESA
EMPRESA CONTROLADORA Azul Trip S.A.
FUNCIONÁRIOS 8.700
PARTICIPAÇÃO DE MERCADO 15%
DESTINOS 96 das 108 cidades com serviço aéreo regular no Brasil
VOOS DIÁRIOS 837
ROTAS 316
FROTA
112 aeronaves, sendo:
- 32 jatos Embraer 195 (118 assentos)
- 21 jatos Embraer 190 (106/110 assentos)
- 9 jatos Embraer 175 (86 assentos)
- 12 turboélices ATR 72-600 (68/70 assentos)
- 15 turboélices ATR 72-500 (68 assentos)
- 6 turboélices ATR 72-200 (68 assentos)
- 9 turboélices ATR 42-500 (48 assentos)
- 8 turboélices ATR 42-300 (48 assentos)
- 32 jatos Embraer 195 (118 assentos)
- 21 jatos Embraer 190 (106/110 assentos)
- 9 jatos Embraer 175 (86 assentos)
- 12 turboélices ATR 72-600 (68/70 assentos)
- 15 turboélices ATR 72-500 (68 assentos)
- 6 turboélices ATR 72-200 (68 assentos)
- 9 turboélices ATR 42-500 (48 assentos)
- 8 turboélices ATR 42-300 (48 assentos)
HUBS (centros de distribuição de voos)
Campinas, Belo Horizonte (Confins), Belo Horizonte (Pampulha), Cuiabá, Curitiba, Guarulhos, Manaus, Porto Alegre, Salvador e Rio de Janeiro.
Fonte: Folha
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