segunda-feira, 12 de março de 2012

Navios russos e iranianos ao largo da Síria

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Navios do Irã e Rússia ao longo do litoral da Síria é mensagem clara aos EUA, disse clérigo iraniano - Soldados russos guardam navio de guerra da mesma nacionalidade no porto sírio de Tartus - Uma flotilha de navios de guerra iranianos atravessou o Canal de Suez e atracou no porto sírio de Tartus, no sábado. O ministro da Defesa do Irã, Ahmad Vahidi, disse que a missão é mostra da "potência" do Irã, apesar de 30 anos de incansáveis sanções

Uma flotilha de navios de guerra iranianos atravessou o Canal de Suez e atracou no porto sírio de Tartus, no sábado. O ministro da Defesa do Irã, Ahmad Vahidi, disse que a missão é mostra da "potência" do Irã, apesar de 30 anos de incansáveis sanções.

Toda a 18ª Frota da Marinha do Irã, já atracada em Tartus, participará de exercícios e dará treinamento "às forças navais sírias, nos termos de um acordo assinado há um ano entre Teerã e Damasco".

Hossein Ebrahimi, clérigo influente e vice-presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Exterior do Majlis (parlamento) do Irã, declarou:

"A presença de flotilhas do Irã e da Rússia ao longo do litoral da Líbia é mensagem clara contra qualquer possível aventureirismo dos EUA. No caso de os EUA cometerem qualquer erro estratégico na Síria, há real possibilidade de que o Irã, a Rússia e vários outros países imponham resposta esmagadora aos EUA".

As atividades dos navios de guerra iranianos em Tartus (porto também usado pela Marinha russa) serão observadas de perto pelos países da região - Turquia, Jordânia, Qatar e Arábia Saudita, em especial. Notícias não confirmadas surgidas recentemente dizem que veteranos da Força Qods do Irã (uma unidade especial do Corpo dos Guardas Islâmicos Revolucionários) pode ser enviada à Síria, para auxiliar o governo.

Em termos simples, a mensagem do Irã à Turquia e seus aliados árabes (que estão armando e apoiando a oposição síria) será: "Irmãos, se continuarem a armar os seus, armaremos os nossos". Há muito assunto aí sobre o qual todos esses países devem refletir, sobretudo as monarquias do petróleo - que se reunirão no próximo domingo, para o primeiro encontro dos "Amigos da Síria".

Para a Turquia, os navios de guerra iranianos chegaram à Síria em má hora. O jornal israelense Ha'aretz noticiou que o exército sírio capturou 40 agentes da inteligência turca envolvidos em atividades subversivas; e que, ao longo da semana passada, Ankara trabalhou "em intensas negociações" com Damasco, tentando libertá-los. Mas Damasco insiste que, em troca, a Turquia ponha fim à transferência de armas e infiltrações, e, além disso, quer que o Irã seja o mediador. Ha'aretz registrou:

"Oficiais ocidentais temem que a presença militar iraniana, além da ajuda russa, converta a Síria em centro internacional de atrito ainda mais grave que a luta interna na Síria. Temem que uma "parceria" russo-iraniana venha a assumir o controle sobre ações na Síria, o que excluiria a União Europeia e a Turquia (...)"

Tempos de testes

Mas Teerã também está testando as águas. Sob a lei internacional, o Irã tem direito de passagem para seus navios, pelo Mar Vermelho e o Canal de Suez. Mas as equações do Egito para o Irã continuam ambivalentes.

O Egito jamais antes permitiu que navios iranianos cruzassem o Canal de Suez, até fevereiro do ano passado, depois da queda do regime de Hosni Mubarak, quando, indiferente à pressão diplomática dos EUA e aos gritos de ameaça de Israel, o Cairo permitiu a passagem de um destróier. Para Israel, foi "provocação".

Mas desde então o Egito está em torvelinho, e o entusiasmo inicial para a normalização de relações com Teerã diminuiu muito, com o Egito tornando-se dependente da ajuda financeira da Arábia Saudita e de outras monarquias árabes sunitas do Golfo Persa.

Assim sendo, a permissão para que uma flotilha iraniana inteira passasse por Suez no final de semana significa não só que o Egito começa a movimentar-se na direção de apoiar o Irã, mas também que novas complexidades e imprevisibilidades surgem no caminho das relações entre EUA e Egito.

São tempos de testes para as relações EUA-Egito. Questão potencialmente séria já surgiu com o ataque, pelas autoridades egípcias, a várias dúzias de trabalhadores de organizações não governamentais (ONGs), entre os quais 19 cidadãos norte-americanos. Número ainda não revelado de cidadãos norte-americanos procuraram abrigo na Embaixada dos EUA no Cairo.

O Cairo anunciou no sábado, que 43 dos presos acusados de atividades suspeitas, entre os quais há estrangeiros (norte-americanos, sérvios, alemães, noruegueses, jordanianos e palestinos) e egípcios serão julgados no próximo domingo, 26/2, acusados de "estabelecer filiais não autorizadas de organizações internacionais e de aceitar financiamento estrangeiro para fazer funcionar essas filiais, comportamento que agride a soberania do estado egípcio".

Washington alertou o Cairo de que o ataque às ONGs poderia ferir laços bilaterais e ameaçou cortar a ajuda militar anual que chega a US$1,3 trilhão. Washington sabe que qualquer julgamento público pode expor a escala da interferência dos EUA nos em assuntos internos do Egito. Dez importantes organizações civis norte-americanas que operam no Egito foram invadidas, dentre elas o National Democratic Institute, o International Republican Institute e a Freedom House, que recebem financiamento do governo dos EUA.

O Conselho Supremo das Forças Armadas no Cairo culpa "mãos estrangeiras" pela agitação que não arrefece no Egito. A colorida ministra de Cooperação Internacional do Egito, Fayza Abul-Naga, um dos poucos nomes do regime de Mubarak que não perdeu o lugar que tinha no Gabinete, está chefiando a campanha contra o financiamento estrangeiro para ONGs no Egito. E a Fraternidade Muçulmana ameaçou revisar o tratado de paz entre Egito e Israel, de 1979, caso os EUA cortem a ajuda ao Egito.

Desafio estratégico

Isso dito, Teerã avaliou corretamente o melhor momento para testar as ideias egípcias. A decisão egípcia de permitir a passagem da flotilha iraniana por Suez ajuda a sublinhar a ideia de que o Egito preserva sua autonomia estratégica e que, se assim desejar, poderá reatar relações como Irã. O ministro das Relações Exteriores do Irã Ali Akbar Salehi elogiou publicamente a decisão do Egito. Aí há mais que simples "sinal" dirigido a Washington.

Ambas as capitais, Cairo e Teerã, têm chamado a atenção para as extraordinárias mudanças pelas quais o Oriente Médio está passando; e têm dito que as coisas nunca mais voltarão a ser como antes. A evidência mais espantosa dessas mudanças é que Egito e Irã não têm posições sequer próximas entre si, sobre a crise na Síria; mas, mesmo assim, o Cairo abriu passagem para os navios iranianos, na viagem para Tartus.

Por sua vez, a mensagem mais importante que o Irã está encaminhando hoje é que nem o persistente impasse com os EUA, nem a avalanche de ameaças israelenses conseguiram fazer curvar a espinha dorsal dos iranianos; e não abalaram nem o desejo nem a capacidade do Irã para ajudar seu aliado sírio.

O perigo de confrontação real com os EUA, por causa da Síria, é muito, muito reduzido, de fato; e Teerã não crê que o governo Barack Obama esteja sendo arrastado para uma intervenção à moda líbia, na Síria. Teerã mantém-se bem informada sobre a situação em campo na Síria; e não acredita que o presidente Bashar al-Assad corra qualquer grave perigo.

Contudo, a demonstração de "força" no Mediterrâneo oriental lançará sua sombra sobre a política regional. No sábado, o Hezbollah e o Movimento Amal, em declaração conjunta, reiteraram a aliança com o Irã. Declararam que os eventos na Síria são parte dos "desesperados esforços dos inimigos" para desestabilizar o país, destruir sua unidade nacional e minar o firme apoio que a Síria dá à resistência palestina.

Sayed Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah, disse esse mês que "O Hezbollah recebe do Irã apoio moral, político e financeiro, de todas as formas, desde 1982. Esse apoio honra a República Islâmica". Disse que "a mais importante vitória árabe" contra Israel, vitória do Hezbollah, não teria sido possível sem o apoio dos iranianos e que também "a Síria teve papel importante naquela vitória".

Seja como for, a demonstração de "força" no Mediterrâneo - historicamente "um lago ocidental" - terá ressonâncias também dentro do Irã. Esses gestos apelam ao senso de honra nacional dos iranianos e contribuem para consolidar a opinião pública, o que é especialmente importante para o regime, em momento em que o país aproxima-se de eleições parlamentares crucialmente importantes, em março, nas quais se estima que mude a equação do poder e que a alquimia do Majlis (parlamento) altere-se decisivamente.

Fonte: Pravda
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As Ilhas Falkland. Trinta anos depois do conflito de 1982

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A Argentina continua a não se mostrar conformada com o desfecho da tentativa de tomada de posse das ilhas Falkland [1] por invasão em 1982, que culminou com a rendição do seu contingente perante a força-tarefa enviada por Londres para repor a administração da coroa britânica. Buenos Aires considera que a questão da soberania das ilhas é um assunto em aberto que é preciso trazer periodicamente à atenção internacional.

O último pretexto foi a decisão do Governo britânico de enviar um destroyer (HMS Dauntless) para a área, o que a Presidente da Argentina, Maria Cristina Kirchner, considerou como pondo um risco de segurança internacional. A chegada do príncipe Henry para uma comissão de seis semanas como piloto de um helicóptero de busca e salvamento originou idênticos comentários do MNE argentino.

É natural que perante a proximidade do trigésimo aniversário da invasão, no próximo dia 2 de abril, a Argentina traga o assunto para a agenda da ONU. Por essa mesma razão também é que o Governo britânico não quer deixar qualquer dúvida que não se encontra disponível para discutir a soberania desse território. Daí o envio do navio de guerra. Se idêntica clareza de propósito tivesse sido assegurada em 1982, talvez o conflito não tivesse ocorrido. Este acabou por se desencadear, na análise de James Cable, precisamente por falta de sinais claros do lado de Londres de que qualquer solução imposta militarmente pela Argentina resultaria em confronto com as Forças Armadas britânicas. É uma lição a ter presente.

De facto, na altura, Londres tinha reduzido a presença militar nas ilhas a um contingente de fuzileiros meramente simbólico e um navio de patrulha sem valor combatente (HMS Endurance); tinha entrado em conversações diplomáticas com o governo argentino sobre a situação das ilhas, que dois meses antes da invasão ainda estavam em curso; e, finalmente, tinha decidido retirar de serviço, para venda, os seus dois porta-helicópteros, unidades que seriam essenciais para retomar a soberania das ilhas, caso a perdesse.

Este conjunto de medidas levou o Presidente argentino a concluir que poderia criar com relativa facilidade um “facto consumado”, a que o Governo britânico não reagiria em termos militares, por falta de motivações estratégicas (não estando em causa um interesse vital) e por insuficiência de recursos para intervir a tão grande distância (8000 milhas, 13000 quilómetros). Muito pressionado por uma grave crise interna, o então Presidente da Junta Militar que governava a Argentina, o general Gualtieri, viu uma possibilidade de satisfazer a antiga aspiração nacional de soberania das ilhas e dessa forma inverter a situação interna.

Gualtieri quis sobretudo aproveitar a oportunidade para criar um acontecimento a que as circunstâncias pareciam facilitar um desfecho favorável para a Argentina, não obstante a relação de forças militares não pender para o seu lado, nem ter as suas Forças Armadas seriamente treinadas para a ação empreendida. A Força Aérea argentina não tinha qualquer preparação operacional para operar em ambiente marítimo; não incluía aviões de patrulhamento marítimo nem de reconhecimento e apenas dois aviões de reabastecimento em voo, insuficientes para dar à aviação de ataque autonomia de permanência na área. Parte importante das forças terrestres tinha sido recrutada apressadamente e, regra geral, encontrava-se mal preparada.

Perante a convicção de que não haveria reação do Reino Unido, estas limitações não tiveram a atenção que deveriam ter tido. Mas Gualtieri, afinal, enganou-se redondamente ao subavaliar a firmeza do governo britânico, então chefiado pela Senhora Tachter. A reação de Londres, malgrado as dificuldades do empreendimento para repor a situação, não se fez esperar com a mobilização de todos os meios militares e civis para retomar a soberania sobre as ilhas.

Três dias depois da invasão, os primeiros navios da força naval então constituída, incluindo os dois porta-aviões (HMS Hermes e HMS Invencible) largavam de Portsmouth a caminho do Atlântico Sul. Onze dias depois, a 16 de abril, chegavam à Ilha de Ascensão para preparar a segunda etapa da viagem e concluir os preparativos para a intervenção, que se iniciou no dia 2 de maio. Quando, a 14 de junho, o comandante das forças argentinas, Alfredo Ortiz, perante a vitória clara das forças britânicas, assinou a rendição a bordo do HMS Plymouth, o “preço” pago pelas duas partes incluía: 904 mortos (649 argentinos e 255 ingleses), 1800 feridos, 57 aviões argentinos abatidos e quatro navios de guerra britânicos afundados [2].

Para o Brasil que tentou manter uma posição de “neutralidade não equidistante”, sobretudo para evitar um desfecho que impusesse sacrifícios excessivos à Argentina, este desfecho, na opinião de Hélio Jaguaribe,[3] permitiu tirar duas lições importantes que, julgo eu, ajudam a explicar a sua atual postura internacional.

A primeira, ao deixar a descoberto a quase impotência militar a que o País tinha chegado por falta de meios modernos de defesa e excessiva ocupação das Forças Armadas em funções policiais contra insurreição, em prejuízo da preparação para as missões essencialmente combatentes. Tratava-se de uma situação resultante da decisão de confiar nos EUA as responsabilidades pela segurança externa, situação que Brasília tenta alterar. A segunda, ao revelar a debilidade das organizações internacionais então existentes na América do Sul, nomeadamente o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca de 1947, que embora incluindo disposições expressas à segurança dos estados membros foi então ignorado. Esta situação teve alguma evolução positiva, embora não substancial.

Há uma outra lição importante a retirar e que não é específica do Atlântico Sul. É a que se refere, conforme já fiz notar acima, à negligência do Reino Unido em não tomar todas as medidas necessárias para deixar claro que nunca se conformaria com a qualquer tentativa argentina de alterar pela força o estatuto das ilhas, criando um “facto consumado”. Quem cometeu uma agressão foi, de facto, a Argentina mas ao Reino Unido cabia a responsabilidade de fazer mais para a desencorajar; falhou ao não fazer.

A eventual repetição do conflito não é uma hipótese que de momento se imagine mas, enquanto a disputa se mantiver, essa possibilidade continua em aberto e, de certo modo agravada, pela descoberta de jazidas de petróleo nas águas do arquipélago, em especial na bacia norte, o que pode dar ao conflito a natureza de uma disputa pela posse de recursos vitais.


[1]Nas mesmas condições que as ilhas Falkland há mais 15 territórios em todo o mundo que as Nações Unidas colocam numa lista de “non-self-governing territories”. Do total de 16, 10, incluindo Gibraltar, estão sob a administração do Reino Unido. Os restantes seis estão sob administração americana (três), espanhola, francesa e da Nova Zelândia.
[2] As Forças Armadas argentinas, em particular a Força Aérea, ainda não se recompuseram do desaire sofrido e não é provável que nos tempos mais próximos consigam empreender um programa de rearmamento que altere substancialmente a situação.
[3] Académico brasileiro que leccionou nas universidades de Harvard, Stanford e no MIT.




Fonte: Jornal Defesa e Relações Internacionais
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Embaixador sírio diz que país aceita plano da Liga Árabe

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A Síria aceita o plano estipulado no sábado no Cairo pelos ministros de Relações Exteriores da Liga Árabe e da Rússia para solucionar o conflito no país, anunciou nesta segunda-feira o embaixador sírio em Moscou, Riad Haddad.

"Aceitamos os cinco pontos. Estamos de acordo com cessar a violência e estamos abertos ao diálogo para resolver os problemas", disse o diplomata, citado pela agência oficial russa "RIA Novosti".

O embaixador assegurou neste sentido que a reivindicação da oposição síria pela renúncia do presidente Bashar al Assad para iniciar o diálogo "é uma exigência prévia e uma intromissão nos assuntos internos de um país soberano".

A iniciativa da Liga Árabe e da Rússia, que será levada ao Conselho de Segurança da ONU, estipula a cessação da violência "seja qual for sua origem", a criação de um mecanismo neutro que supervisione o cessar-fogo e a não-intervenção estrangeira, detalhou no sábado o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

Além disso, contempla a chegada de ajuda humanitária "sem obstáculos" e o respaldo à missão do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, para estabelecer um diálogo entre o regime de Damasco e a oposição baseado nas resoluções de ambos organismos.

Precisamente, o Ministério de Emergências da Rússia anunciou hoje o envio de 80 toneladas de ajuda humanitária ao país árabe.

Fonte: EFE
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Tropas entram em alerta para represálias no Afeganistão após massacre

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As tropas de Exército americano baseadas no Afeganistão foram colocadas em alerta após o assassinato de 16 civis por um militar americano.

Autoridades temem represálias depois que o militar atacou famílias afegãs em vilarejos próximos a uma base em Kandahar. Os corpos das vítimas, entre elas nove crianças e três mulheres, foram encontrados na madrugada de domingo.

O talebã prometeu vingar as mortes e disse que os assassinatos foram cometidos por "selvagens americanos".


Em seu website, a Embaixada dos Estados Unidos em Cabul alertou cidadãos americanos no Afeganistão
que "como resultado do trágico tiroteio na província de Kandahar, envolvendo um militar americano, há um risco de sentimentos anti-americanos e protestos nos próximos dias, especialmente nas províncias no leste e sul do país".

O incidente acontece pouco tempo depois que militares dos Estados Unidos queimaram cópias do livro sagrado muçulmano, o Corão, em uma base no Afeganistão provocando reações violentas no país.

'SEM PACIÊNCIA'

O Parlamento do Afeganistão aprovou uma resolução sobre a morte dos civis, que pede que o soldado americano seja julgado publicamente em um tribunal afegão e diz que o povo perdeu a paciência com as ações das tropas estrangeiras.

O presidente americano, Barack Obama, telefonou para dar os pêsames ao presidente afegão, Hamid Karzai, que classificou o incidente de "imperdoável".

Em uma declaração divulgada pela Casa Branca, Obama disse: "Este incidente é trágico e chocante, e não representa o caráter excepcional de nosso Exército e o respeito que os Estados Unidos têm pelo povo do Afeganistão."

Analistas dizem que os assassinatos danificaram ainda mais a frágil relação entre Washington e Cabul.
Segundo o correspondente da BBC Bilal Sarwary, o talebã está usando o ataque para se promover, o que coloca o presidente Karzai em uma posição difícil.

Líderes tribais exigem, agora, o fim das operações militares noturnas e dizem que os pedidos de desculpas dos americanos "não querem dizer nada".

INVESTIGAÇÃO

O secretário de Defesa americano, Leon Panetta, anunciou que o incidente em Kandahar está sendo investigado.

O militar, que seria um sargento, teria deixado sua base por volta de 3 horas da manhã de domingo e se dirigido aos vilarejos de Alkozai e Najeeban, a 500 metros da base, onde teria invadido três casas.

Em uma delas, foram encontrados 11 corpos, alguns deles incendiados. Pelo menos três das nove crianças mortas foram atingidas por um único tiro na cabeça.

Segundo o Exército americano, relatórios indicam que o militar voltou à base após os ataques e se entregou.
As razões para suas ações não ficaram claras, mas há especulações de que ele estaria bêbado ou de que teria sofrido um colapso nervoso.

O acusado pelos assassinatos que não foi identificado formalmente está detido em Kandahar e o Exército está tratando pelo menos cinco pessoas feridas nos ataques.

A agência de notícias Associated Press diz que se trata de um homem de 38 anos, do Estado de Washington, e que ele é casado e tem dois filhos. Ele já teria servido no Iraque e estaria em sua primeira temporada no Afeganistão.


Fonte: BBC Brasil
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Merkel revela incerteza sobre saída de tropas do Afeganistão

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A chanceler alemã Angela Merkel afirmou nesta segunda-feira não ter certeza se as tropas do país poderão deixar o Afeganistão em 2014, durante uma visita surpresa ao país.

"Ainda não chegamos ao ponto no qual a Alemanha possa dizer 'podemos retirá-las hoje'", disse Merkel à imprensa alemã.

"Portanto não posso afirmar se o faremos em 2013-2014. A vontade existe, queremos fazer isto e estamos trabalhando", completou.

A chanceler alemã desembarcou nesta segunda-feira no Afeganistão para uma visita surpresa às tropas do país em Masar-i-Sharif.

A viagem, que não havia sido divulgada por motivos de segurança. estava programada antes do massacre de 16 civis afegãos por um soldado americano no domingo na província de Kandahar, bastião talibã do sul do país. Merkel ligou para o presidente afegão, Hamid Karzai, para apresentar os pêsames.

Ela também pediu ao governo afegão avanços no processo político de reconciliação com os grupos armados como os talebans.

Merkel prestou homenagem aos soldados da 'Bundeswehr' mortos no Afeganistão.

A última visita de Angela Merkel ao Afeganistão acontecera em dezembro de 2010. A Alemanha tem 4.900 soldados nas tropas da Isaf, a força da Otan em território afegão, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Fonte: France Presse
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Afeganistão exige julgamento público de soldado americano

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O Parlamento afegão pediu nesta segunda-feira que os culpados americanos do massacre de 16 civis no domingo no sul do país tenham um julgamento público no Afeganistão.

"Pedimos firmemente que o governo americano castigue os culpados e os julgue em um processo público ante o povo afegão", afirma um comunicado do Parlamento de Cabul.

No domingo, um soldado americano da força internacional da Otan saiu de sua base na província de Kandahar, fortemente armado, e matou os moradores de duas casas próximas, incluindo nove crianças e três mulheres. Depois ele queimou os corpos.

Os talebans prometeram nesta segunda-feira vingar o massacre.

"Os talebans vingarão cada um dos mártires assassinados de forma selvagem pelos invasores", afirma um texto publicado em um site dos insurgentes islamitas.

O presidente americano Barack Obama chamou o massacre de "trágico e lamentável", além de ter prometido uma "investigação exaustiva".

"A maioria das vítimas são crianças inocentes, mulheres e idosos, massacrados pelos bárbaros americanos, que roubaram sem misericórdia suas preciosas vidas e mancharam suas mãos com sangue", afirma o texto dos talebans.

Nos Estados Unidos, uma pesquisa divulgada no domingo mostra que 60% dos americanos acreditam que a guerra no Afeganistão não valeu a pena e 54% desejam uma retirada imediata.

De acordo com a pesquisa da rede ABC News e do jornal Washington Post, 35% dos entrevistados consideram que o conflito de mais de uma década valeu a pena.

Fonte: France Presse
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Ahmadinejad pede que EUA e Israel respeitem Irã

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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu neste domingo aos Estados Unidos e Israel que respeitem seu país e os demais povos do mundo e disse relevar as ameaças das duas potências ocidentais sobre eventuais ataques contra a República Islâmica.

"Dizem que cogitam todas as opções (diplomáticas e militares de resolver o conflito com o Irã). Podem deixar suas opções sobre a mesa até que elas e vocês apodreçam juntos", disse o presidente iraniano em discurso televisionado na cidade de Karaj, a 35 quilômetros de Teerã.

Ahmadinejad afirmou que "o povo iraniano não dá nenhuma importância às ameaças com bombas, navios e aviões" e, por isso, pediu a americanos e israelenses que "respeitem os demais povos e colaborem com eles, se quiserem continuar" na comunidade internacional.

Os governos dos EUA e Israel "têm um pensamento congelado na Idade da Pedra que é desumano, por isso devem partir e deixar seu lugar a pessoas honradas e que ofereçam um serviço", ressaltou Ahmadinejad.

"O mundo está cansado e seus próprios povos também estão cansados deles. O mundo precisa de uma mudança de raiz", exclamou o presidente do Irã.

AMEAÇAS

Israel e EUA fizeram recentes ameaças de ataque contra a República Islâmica para frear o programa nuclear iraniano. Washington indicou que mantém "todas as opções sobre a mesa" - negociações, sanções e ataques militares - para consegui-lo.

Diversos países acusam o programa nuclear iraniano de ter fins militares, com o objetivo de fabricar bombas atômicas, mas Teerã nega e garante que enriquece urânio exclusivamente com fins pacíficos.

Fonte: EFE
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BAE Systems busca mais contratos com as Forças Armadas do Brasil

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O grupo inglês BAE Systems, segunda maior empresa de defesa do mundo, continua firme no propósito de ampliar seus negócios na área de defesa e segurança no Brasil, onde encerrou 2011 com um saldo positivo e contratos avaliados em R$ 500 milhões.

No mundo, a BAE fornece desde serviços cibernéticos altamente sofisticados até sistemas eletrônicos críticos de missões e equipamento de proteção. Seu faturamento em 2011 foi de US$ 30,3 bilhões.

No final do ano passado, a BAE assinou contrato com o Exército brasileiro para modernizar o primeiro lote de 150 veículos blindados sobre lagartas M-113, utilizados em transporte de tropa. O projeto está avaliado em US$ 43 milhões, mas pode avançar caso o Exército decida fazer a modernização de toda a frota, composta por 350 veículos.

Segundo o vice-presidente de desenvolvimento de negócios da BAE Systems na América Latina, Erik Hjelm, o trabalho de modernização já começou e está sendo executado nas instalações do Exército brasileiro em Curitiba, no Paraná. A previsão é que seja concluído em 2014.

O executivo explicou que o contrato com o Exército foi fechado com a divisão da BAE que fabrica o M113 nos Estados Unidos. A viabilização do negócio também incluiu a assinatura de um contrato entre o governo brasileiro e o governo dos EUA, através do processo FMS (Foreign Military Sales), utilizado pelos americanos em caso de vendas de equipamentos para outros países.

No setor marítimo, a BAE acaba de fechar seu primeiro contrato com a Marinha, também no final de 2011. A empresa vai fornecer três Navios de Patrulha Oceânica (OPVs) de 1800 toneladas e também os serviços de suporte.

A previsão do executivo da BAE é que o primeiro navio seja entregue até junho deste ano. "A partir deste mês, uma equipe brasileira irá acompanhar todos os serviços de acabamento, verificação de funcionamento e testes finais do navio, além do treinamento da tripulação", comentou.

O contrato com a Marinha, segundo Hjelm, prevê ainda uma licença de fabricação para construir outras embarcações da mesma classe no Brasil, caso seja de interesse do governo brasileiro.

A compra dos navios, considerada de oportunidade, foi feita a um custo de R$ 387,2 milhões, e por isso não está incluída no Programa de Obtenção de Meios de Superfície (Prosuper) da Marinha. Os navios foram originalmente construídos para a Guarda Costeira de Trinidad-Tobago, que cancelou a encomenda quando os navios já em provas de mar.

Avaliado em cerca de € 3 bilhões, o Prosuper prevê a aquisição de cinco fragatas ou navios de escolta de 6 mil toneladas, cinco navios de patrulha oceânica de 1,8 mil toneladas e um navio de apoio de 12 mil toneladas.

"A BAE espera que o contrato dos OPVs seja o início de uma parceria duradoura com o Brasil no setor marítimo. Estamos dispostos a compartilhar o know-how adquirido com este projeto, apoiando o desenvolvimento da capacidade naval brasileira", destacou o executivo que acaba de assumir a missão de conduzir os negócios da empresa na América Latina a partir do Brasil.

O vice-presidente da BAE ressalta que o grupo pretende intensificar as parcerias industriais no Brasil nas áreas de defesa e segurança, tanto nos projetos que já estão em desenvolvimento, quanto nos futuros, trazendo sua expertise em áreas de interesse das Forças Armadas Brasileiras.

O executivo diz que a BAE considera a América Latina um importante mercado em expansão, mas que o Brasil representa a principal fatia deste mercado, não só em virtude dos contratos assinados em 2011, mas também por causa do envolvimento histórico com as Forças Armadas desde a década de 70, com a incorporação das fragatas na classe Niterói, pela Marinha do Brasil.

Foi também no ano passado que a fabricante de aviões Embraer selecionou a BAE para fornecer os sistemas eletrônicos de controle de voo do avião militar KC-390, que está sendo desenvolvido para a Força aérea Brasileira (FAB). Segundo o executivo da BAE, existem cerca de 1,2 milhão de peças produzidas pela companhia voando em mais de 12 mil aeronaves comerciais, além de 15 mil sistemas aviônicos de controle de turbina fornecidos para empresas civis, que acumulam mais de 10 milhões de horas de operação por ano.

A empresa também está negociando com a indústria brasileira parcerias estratégicas de longo prazo para participar dos programas Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) e Sisgaaz (Sistema de Monitoramento da Amazônia Azul), avaliados em mais de US$ 15 bilhões.
Fonte: Valor Econômico
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A saia justa da Boeing no Brasil

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Seis dias após o cancelamento pela Força Aérea americana de uma licitação vencida pela Embraer para fornecimento de aviões Super Tucano e quatro dias depois da forte reação do Itamaraty, desembarcaram em Brasília, na segunda-feira 5, para encontros com o governo, o presidente da Boeing Military Aircraft, Chris Chadwick, e o vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios e Estratégias, Chris Raymond. O cancelamento da licitação americana se deu por pressão política, embora a justificativa oficial seja de problemas na documentação. Para a Embraer, o contrato de US$ 355 milhões era importante, já que podia abrir portas para novas encomendas.

A pouco mais de um mês da visita da presidenta Dilma Rousseff a Washington, o Itamaraty bateu duro e disse que o ato "não contribui para o aprofundamento das relações entre os dois países em matéria de defesa". A concorrente que perdeu a licitação e entrou na Justiça contestando o resultado, a Hawker Bechcraft, mirou na Embraer, mas acertou na Boeing. Entre os acionistas da Hawker está outro peso-pesado da indústria de defesa americana, a Lockheed Martin, concorrente da Boeing. A gigante americana de aviação e defesa deve ser a maior prejudicada na briga, ao ver reduzidas suas chances de conquistar o contrato de até US$ 10 bilhões para fornecimento de 36 caças à Força Aérea Brasileira.

Na visita a Brasília, Chadwick se encontrou com o senador Fernando Collor de Mello, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa, e com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. A Boeing se esforça para convencer o governo brasileiro de que, se vencer o contrato, irá repassar a empresas nacionais tecnologias sensíveis, só compartilhadas com os parceiros da Otan, a aliança militar entre Estados Unidos, Canadá e países europeus. Em 2006, no entanto, o governo americano proibiu a venda de aviões Super Tucano – o grande orgulho da indústria de defesa brasileira e que tem componentes americanos – à Venezuela, deixando um trauma no governo brasileiro, que teme a repetição do episódio, caso um novo cliente desagrade aos americanos.

O Brasil quer usar sua crescente influência no mundo, especialmente entre os países em desenvolvimento, para criar uma indústria de defesa que também se torne, no futuro, um produto de exportação. Para isso, a transferência de tecnologia é – e deveria mesmo ser – o ponto-chave na escolha do novo fornecedor dos caças brasileiros. Além da Boeing, os outros dois concorrentes, a francesa Dassault e a sueca Saab, oferecem parcerias com empresas brasileiras para a produção local. A sueca fez a oferta mais generosa, sem impedimentos por parte do governo. O problema é que o seu avião ainda tem que ser desenvolvido. Se for bom como o projeto prevê, o Brasil será parceiro numa aeronave que pode correr o mundo.

Se não for, arcará com o ônus de ter comprado apenas um projeto, em vez de um avião. A Dassault, a grande favorita no governo Lula, também promete parcerias com as empresas brasileiras. De olho nas oportunidades, as empresas do setor já começam a conversar com os três concorrentes. O resultado da licitação, depois de tantos adiamentos, deve finalmente sair até maio. Um contrato benfeito pode ser a oportunidade esperada pela indústria nacional, castigada por um dólar que dificulta sua competitividade, num mercado em que a concorrência se dá não pelo preço mais baixo, mas pelo melhor produto.
Fonte: VEJA
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Militares são atacados na Vila Cruzeiro pouco antes de Harry visitar Alemão

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Cerca de quinze minutos antes da chegada do príncipe Harry ao Conjunto de Favelas do Alemão, militares da Força de Pacificação da Vila Cruzeiro, comunidade vizinha ao Alemão, foram atacados por mais de 40 tiros e hostilizados com pedaços de pau e garrafadas. Três pessoas foram detidas em flagrante acusadas de hostilizar os militares.

A Força de Pacificação informou que os ataques ocorreram em cinco pontos diferentes da favela, entre 13h30 e 13h45. O príncipe Harry chegou ao Alemão por volta das 14h. Segundo os moradores, a confusão teria começado após um acidente entre duas motos.

“Eu acho que a gente precisa apurar. O que a minha tropa me reportou foi que houve um acidente de moto aqui, uma revista normal de motociclistas, como já houve em outros episódios parecidos, e aí a tropa tentou ajudar os motociclistas e houve uma grande confusão depois disso”, explicou o comandante das Forças de Pacificação, Tomás Ribeiro Miguel Paiva.

Ação orquestrada
Para o coronel Fernando Fantasin, relações-públicas da Força de Pacificação da Vila Cruzeiro, a ação foi orquestrada por criminosos. “É muita coincidência, cinco patrulhas em diferentes pontos serem agredidas ao mesmo tempo”, argumentou Fantasin.

“Começou a haver uma série de ataques em diferentes áreas, coincidentemente no mesmo horário que está havendo o evento do príncipe no Complexo do Alemão. Nunca tivemos um episódio parecido como esse, ainda mais nesse horário, no histórico da Força de Pacificação", observou o comandante Tomás Paiva.

Segundo Fantasin, o patrulhamento na Vila Cruzeiro era feito por militares a pé em becos e vielas. Após serem atacados, os militares revidaram com tiros de borracha. A Força de Pacificação afirmou que não há informações de feridos. No entanto, moradores dizem que uma pessoa ficou ferida na confusão e foi encaminhada ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

O coronel Fernando Fantasin disse que os detidos foram levados para a delegacia militar, situada na Vila Cruzeiro. Os detidos – dois homens e uma mulher – serão indiciados por lesão corporal, tentativa de agressão e desacato a autoridade.

Após a confusão, a segurança na Vila Cruzeiro foi reforçada por motos e caminhões do Exército. No final de fevereiro, foi anunciada a instalação de duas bases da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no fim deste mês no Conjunto de Favelas do Alemão.

Morador acusa militares de truculência

Um morador, que preferiu não se identificar, reclamou da truculência dos militares da Força de Pacificação. Ele conta que foi agredido na manhã deste sábado durante uma revista feita pelos militares. O Exército negou as acusações do homem.

“Me algemaram, me botaram na viatura, pisaram no meu rosto, me levaram para de trás do mato, me algemaram e começaram a me agredir. Quebraram o meu braço, mas consegui fugir”, desabafou o morador.

Fonte: Portal G1

Nota do Blog: Estamos alertando há muito tempo para o retorno do tráfico aquela região, inclusive no dia em que comemoravam um ano da ocupação, nossa equipe esteve realizando uma ronda pela região e comprovou a existência de muitos redutos onde há presença de traficantes armados, inclusive recentemente na mesma Vila Cruzeiro nossa equipe foi interceptada por dois homens em uma moto que portavam um fuzil AK-47.

O que nós esperamos é uma real repressão ao crime na região, não adianta só patrulhar, tem que partir para ações de busca e apreensão, partir para caça aos meliantes remanescentes. Pois se continuar nesse ritmo, brevemente vamos ter mais notícias ruins da região "pacificada". Precisam usar de inteligência, não apenas de rondas de rotina.
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EUA poderiam estrear superbomba em conflito com o Irã

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Uma bomba "arrasa-bunker" de 13,6 toneladas, capaz de perfurar uma camada de até 65 metros de concreto antes de explodir, é uma "grande arma" a ser usada em um eventual conflito dos Estados Unidos com o Irã, disse um general norte-americano da Força Aérea na quinta-feira. 

O chefe-adjunto do Estado Maior da Força Aérea para operações, Herbert Carlisle, afirmou que a superbomba, que os militares começaram a receber no ano passado, é parte do arsenal disponível caso os EUA queiram bombardear países como o Irã, que possui instalações militares subterrâneas.

Washington suspeita que Teerã esteja desenvolvendo armas nucleares e não descarta uma opção militar contra isso, embora diga priorizar a pressão diplomática. O Irã diz que seu programa nuclear se destina apenas à geração de energia para fins civis.

"O explosivo penetrador em massa é uma grande arma. Continuamos a melhorá-la. Ela tem uma grande capacidade agora e vamos continuar a aprimorá-la. Ela é parte do nosso arsenal e será um potencial se precisarmos dela nesse tipo de cenário", disse Carlisle numa conferência sobre programas de defesa dos EUA.

O secretário de Defesa norte-americano, Leon Panetta, disse em entrevista publicada na quinta-feira pelo National Journal que o planejamento para uma eventual ação militar contra o Irã começou há "muito tempo".

Israel também cogita atacar as instalações militares do Irã, mas seu primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que isso não deve ocorrer "nos próximos dias ou semanas".
Fonte: Estadão
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sexta-feira, 9 de março de 2012

Exército começa a deixar Alemão e Penha este mês

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Os militares do Exército que ocupam os complexos do Alemão e da Penha desde a pacificação da região em 2010 começam este mês a serem substituídos por PMs. Eles vão sair à medida em que os policiais forem chegando. As mudanças acontecerão até junho, quando a área passará a ser ocupada por 2,2 mil PMs. O Alemão será o primeiro a fazer a troca.

A região terá oito Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Elas serão comandadas por capitães, e um oficial de patente superior vai responder por toda a área. As primeiras bases deverão ser instaladas nas comunidades Nova Brasília e Fazendinha entre os dias 28 e 29, quando chegam os primeiros 500 PMs. Em abril e maio, virão mais mil policiais — 500 por mês —, finalizando a ocupação, em junho, com mais 700.

Segundo o Exército, a disponibilidade de terrenos na Nova Brasília e Fazendinha para a construção das UPPs foi decisiva na escolha das duas comunidades que receberão as primeiras bases da área. A substituição dos soldados do Exército por PMs acontece cinco meses depois do previsto no acordo entre governos federal e estadual. O Exército ficaria na região até outubro de 2011. Mas o estado conseguiu a prorrogação do prazo para junho.

Como parte do processo de pacificação, de acordo com com o Exército, os morros da Baiana e do Adeus, no Alemão, que não estão ocupados, farão parte das UPPs. Em setembro, o Adeus teve o policiamento reforçado após confronto entre traficantes e Exército. Foi o primeiro conflito após a pacificação.

Fonte: Jornal O Dia

Nota do Blog: Realmente já esta na hora do exército passar o bastão, porém algo me preocupa, mesmo com o Complexo ocupado, ainda é intensa a atividade do tráfico na região, claro que em escala inferior ao que se notava antes da ocupação. Porém nossa equipe recentemente foi surpreendida ao cruzar a Vila Cruzeiro por volta da 19hrs com a ausência da presença do Estado e principalmente por um incidente onde fomos abordados por dois meliantes em uma moto portando um fuzil de origem russa AK-47. Questionaram sobre o nosso destino e se evadiram pelas vielas da comunidade.

O mais importante é agora impor uma atividade constante e rígida de combate ao trafico remanescente na região para que haja realmente paz e eficiência no conceitos das UPP´s.
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Boeing propõe parceria à Embraer

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A Boeing está disposta a se associar com a Embraer para fabricar no Brasil componentes aeronáuticos destinados a suas operações em todo o mundo, e a criar um centro de aviônica avançada no país, além de aumentar a cooperação em áreas tão distintas quanto treinamento de engenheiros aeronáuticos e aeroespaciais e o funcionamento dos sistemas de monitoramento das fronteiras e do mar territorial brasileiros.

O anúncio foi feito pelo principal executivo da companhia para a área militar, Christopher Chadwick. Em visita a Brasília, ele teve encontros com representantes da Embraer e o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, para defender a proposta da Boeing de venda do jato F-18 Super Hornet à Força Aérea Brasileira. A viagem estava marcada antes do anúncio, pela Força Aérea dos Estados Unidos, do cancelamento da compra de Super Tucanos da Embraer, atendendo a queixas da concorrente americana, Hawcker Beechcraft. O executivo foi acompanhado da nova presidente da Boeing para o Brasil, Donna Hrinak, do vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios e Estratégias da Boeing, Christopher Raymond, e do embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon.

"A decisão (do cancelamento da compra dos Super Tucanos" nada tem a ver com a Embraer; tem a ver com a revisão de procedimentos do processo de licitação", disse Shannon. Ele garantiu que permanece o interesse do governo americano no avião brasileiro. A compra dos aviões da Embraer transformou-se em assunto na campanha eleitoral americana, apresentado como perda de empregos no país.

"A oferta de tecnologia da Boeing acompanhando o avião F-18 é inédita na relação entre Brasil e EUA e equivale à transferência de tecnologia que oferecemos aos melhores aliados dos EUA na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)", disse Shannon. Autoridades brasileiras se queixam, porém, de que não conseguiram compromisso da empresa em abertura dos códigos-fonte de sistemas essenciais, que permitiriam ao Brasil desenvolvimento próprio e adaptações dessas tecnologias.

"Estamos aqui para o longo prazo para construir muitas parcerias com a indústria, universidade, centros de pesquisa brasileiros, sobretudo enfocadas na tecnologia", disse Donna Hrinak, ao repetir a afirmação de Chadwick, que uma eventual derrota na licitação dos FX não modificará muitos dos planos da Boeing para o Brasil.

Fonte: Valor Econômico
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Dilma reforça poderes de Celso Amorim na Defesa

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Diante das recentes críticas de militares da reserva ao ministro da Defesa, Celso Amorim, a presidente Dilma Rousseff prepara uma ação para fortalecer o subordinado no cargo. A operação terá duas frentes: a liberação de recursos para a Pasta e sinais políticos que não deixem dúvidas aos militares da ativa de que é Amorim o interlocutor da categoria que terá acesso ao Palácio do Planalto para negociar o reaparelhamento das Forças Armadas e reajustes dos soldos.

O expediente também foi usado com sucesso durante a administração Luiz Inácio Lula da Silva, quando o ex-ministro Nelson Jobim fez o mesmo para aumentar sua autoridade junto aos militares. Agora, porém, a decisão está relacionada à conflagração da ala dos militares reformados que criticou recentes declarações de ministros do governo em relação à ditadura e à futura instalação da Comissão da Verdade.

O próprio Amorim começou a tirar do papel a estratégia. Ontem, após participar de uma audiência pública no Senado, cobrou respeito de civis e militares à lei que criou a Comissão da Verdade e reiterou seu compromisso com a modernização das Forças Armadas. O Orçamento de 2012 prevê R$ 64,8 bilhões para o Ministério da Defesa, uma alta em relação aos R$ 61,4 bilhões estimados para a Pasta no ano passado. Em 2010, a execução financeira do ministério totalizou R$ 59,8 bilhões.

"O que é importante é o respeito à autoridade civil. Isso é parte da democracia, da mesma maneira que respeitamos o profissionalismo dos militares. O governo tem dado demonstrações efetivas disso, inclusive recriando condições de trabalho [dos militares] que estavam muito precárias", afirmou o ministro a jornalistas. "Vamos continuar dando com o Plano de Articulação e Equipamento de Defesa. Estamos também atentos às questões que dizem respeito às condições de vida material das Forças Armadas."

Uma das principais tarefas de Amorim será ajudar Dilma a concluir o processo de compra de 36 novos caças para a Aeronáutica, o que deve ocorrer até junho. Até lá, a presidente pretende observar os desdobramentos das eleições presidenciais da França e ter pelo menos duas importantes conversas que a ajudarão a definir o vencedor. Uma delas será com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a quem fará uma visita nas próximas semanas. A outra será uma reunião bilateral com os líderes da Índia, à margem da cúpula do Brics. Além do Rafale, da Dassault, que no governo Lula era considerado o favorito a vencer a concorrência, também estão na disputa a norte-americana Boeing, com o F-18 Super Hornet, e a sueca Saab, com o Gripen.

A mensagem enviada pela presidente ao Congresso também prevê a manutenção de uma série de investimentos na área durante o ano. A Aeronáutica, por exemplo, deve continuar o processo de modernização do sistema de controle aéreo. A Força Aérea Brasileira também modernizará algumas aeronaves já em uso.

Para a Marinha, o Executivo estimou a compra de oito embarcações para operações anfíbias, a reforma de um navio-hospital, cinco navios patrulha e outros cinco para escolta, um para apoio logístico, a elaboração de um projeto para a construção de um novo porta-aviões e a entrega de seis helicópteros até o fim do ano. Já o Exército pretende implementar, projeto-piloto para a proteção das fronteiras contra o tráfico de drogas e armas, assim como fazer o planejamento de defesa da infraestrutura estratégica ao país, nos setores de energia, transportes, telecomunicações, petróleo e gás natural. A Força também planeja investimentos na indústria nacional que permitam a renovação da frota de blindados.

Mesmo assim, a crise protagonizada pelos militares da reserva ainda preocupa as autoridades do Palácio do Planalto. Além da proximidade da instalação da Comissão da Verdade, que terá dois anos para investigar os crimes e as violações aos direitos humanos praticados durante os governos militares, as Forças Armadas têm executado diversas funções consideradas estratégicas para o governo. Os militares são responsáveis, por exemplo, pela construção de diversas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e foram acionados para garantir a segurança em Estados que enfrentaram greves de suas polícias militares.

Na semana passada, os comandantes dos clubes Naval, Militar e da Aeronáutica divulgaram nota reclamando da omissão de Dilma em relação a declarações das ministras das secretarias de Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e também da cúpula do PT sobre a luta pela redemocratização do país e mudanças na Lei de Anistia. Dilma então cobrou do ministro da Defesa que o comunicado fosse desmentido, o que ocorreu num primeiro momento. Em seguida, no entanto, a adesão às críticas feitas pelos militares reformados aumentou e a categoria divulgou novo documento dizendo desconhecer a autoridade de Amorim. O Palácio do Planalto cobrou então a punição dos envolvidos. Segundo o ministro da Defesa, esse assunto se encontra agora "na mão dos comandantes das Forças".

Fonte: Valor Econômico
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quinta-feira, 1 de março de 2012

China festeja moratória nuclear da Coreia do Norte

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O governo chinês comemorou nesta quinta-feira a decisão da Coreia do Norte de suspender seus testes nucleares e seu programa de enriquecimento de urânio em troca da ajuda alimentar dos Estados Unidos.

"Saudamos o progresso das relações entre Coreia do Norte e Estados Unidos, e sua contribuição na manutenção da paz e da estabilidade na península coreana", disse o porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei.

China, única aliada do regime comunista norte-coreano, manifestou seu desejo de "trabalhar com as partes relevantes para seguir promovendo as negociações a seis partes" sobre o desmantelamento do programa nuclear de Pyongyang.

Segundo o departamento americano de Estado, a Coreia do Norte aceitou suspender seus lançamentos de mísseis de longo alcance, testes nucleares e as atividades de enriquecimento de urânio no complexo de Yongbyon.

O acordo foi concluído após diálogos bilaterais, que aconteceram na semana passada em Pequim, nas primeiras negociações desde que Kim Jon-un, filho do facelido líder, assumiu a liderança do país.

Washington prometeu fornecer 240 mil toneladas de "ajuda alimentar" e estudar uma ajuda adicional posterior, e os norte-coreanos indicaram que permitirão que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), organismo de controle da ONU, monitorar a moratória sobre o enriquecimento de urânio.

Pyongyang indicou que os Estados Unidos se ofereceram para discutir a suspensão das sanções e o abastecimento de reatores de água leve para gerar eletricidade como uma prioridade, uma vez que as negociações sobre o desarmamento nuclear entre as seis partes (Estados Unidos, China, Rússia, Japão, Coreia do Sul e Coreia do Norte) forem retomadas.

A Coreia do Norte realizou testes nucleares em 2006 e 2009 e acredita-se que tenha plutônio em quantidade suficiente para produzir de seis a oito armas nucleares.
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