O chefe da Agência Espacial Nacional da Ucrânia (GKAU), Yuri Alexeev, fez um alerta ao mundo. Segundo ele, a criação do sistema de defesa antimísseis europeu tem “raízes” americanas, e sua a implementação é direcionada à Rússia.
“Eu considero que não existe o sistema de antimísseis europeu, o que existe é um sistema americano de escudos antimísseis. E hoje esse sistema é construído em direção à Rússia”, disse Alexeev em entrevista dedicada ao 20º aniversário da GKAU.
Segundo o especialista, a localização da estação e, principalmente, dos navios militares no Mar Mediterrâneo indicam que “está sendo criada uma zona nas fronteiras ocidentais da Rússia.” Além disso, disse o presidente da GKAU, com o desenvolvimento dessas estações, “os Estados Unidos começam a acompanhar os novos avanços russos.”
A decisão sobre a criação do sistema de defesa antimísseis da Organização do Tratado do Atlântico Norte na Europa foi aceita, em novembro de 2010, na cúpula da OTAN em Lisboa. Para a organização, o sistema espera juntar os já existentes componentes nacionais do sistema de antimísseis aos países-membros da Aliança, assim como implementar elementos do sistema de antimísseis dos Estados Unidos na Europa.
Em outubro de 2010, o secretário geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, informou que o sistema de defesa antimísseis da aliança atingirá o nível de prontidão operacional plena em 2018. Segundo ele, o grau inicial de preparação da defesa da OTAN será anunciado na cúpula da organização em Maio de 2012, em Chicago.
A Rússia e a OTAN acordaram em cooperar sobre o projeto europeu de defesa antimíssil na cúpula de Lisboa, em 2010. No entanto, as negociações chegaram a um impasse por causa da recusa dos Estados Unidos em fornecer uma garantia legal de não direcionar o sistema contra as forças de defesa da Rússia. A Rússia, em resposta à implantação de defesa antimísseis na Europa, desenvolve um conjunto de medidas de natureza técnico-militar e diplomática.
Fonte: Diário da Rússia
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