Até Junho de 2012 estará pronto um programa detalhado do aumento do poder de combate naval na Rússia. Segundo o vice-primeiro-ministro Dmitri Rogozin, que supervisiona o complexo militar-industrial, o governo está preparando um plano de desenvolvimento da Marinha do país para os próximos 30 anos.
Passos específicos para modernizar a frota militar russa já estão sendo tomados. No dia 1 de fevereiro de 2012 a companhia Estaleiro do Norte de São Petersburgo começou a construção da primeira corveta do projeto. Nos seguintes 10 anos a frota da Rússia tenciona receber 100 navios, incluindo 35 corvetas e 14 fragatas. Especialistas dizem que o número de navios de superfície de que a Rússia dispõe hoje não é suficiente. A Frota do Norte dispõe de um só cruzador – Pedro o Grande, enquanto os restantes estão parados em portos e precisam ser reparados.
O editor executivo da Revista militar independente Victor Litovkin comentou a situação:
– Grupos interespecíficos, que os ingleses, americanos e franceses costumam formar, incluem, em regra, 10-15 navios. Isso os torna uma força a ser temida. No caso da Rússia esses grupos têm dois navios de combate, e o resto são embarcações de serviço com mais um navio de outras frotas diferentes “adicionado” ao grupo. A situação tem que mudar se quisermos garantir a proteção de nossos interesses nos oceanos. Devemos construir esses navios. Tanto mais que os navios de superfície servem não só para demonstrar a bandeira e apoiar operações em terra, mas também para disfarçar o posicionamento de submarinos nucleares estratégicos. E quando apenas um ou dois navios estão disponíveis, a área de posicionamento desses submarinos nucleares diminui.
A Marinha russa necessita de navios diferentes – cruzadores submarinos nucleares estratégicos, submarinos nucleares multifuncionais, submarinos não-nucleares a diesel. E também de cruzadores nucleares de superfície capazes de longos percursos nos oceanos, de porta-aviões, fragatas, corvetas, diz Viktor Litovkin:
– Isto é necessário para proteger os nossos interesses econômicos na costa, para lutar com os piratas. E para demonstrar a nossa bandeira nos oceanos. A Rússia, como um grande poder marítimo, não pode ser confinada à costa.
Só em corvetas a Marinha necessita de 20 unidades. Mas isso não é um problema para as empresas russas, diz o vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, Konstantin Sivkov:
– Qualquer estaleiro é capaz de construir navios de combate. O problema está na concepção e na engenharia, assim como na colocação das encomendas militares do estado junto dos estaleiros.
Moscou tenciona investir cerca de 4,7 trilhões de rublos (mais de 150 bilhões de dólares) em novos equipamentos para a Marinha russa.
Fonte: Voz da Rússia
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