O ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu nesta quinta-feira, 23, um modelo comum para a Defesa Sul-Americana. Ele destacou o lugar estratégico que ocupa a América do Sul como fonte de recursos naturais para justificar a importância de uma política de defesa continental.
Jobim foi ministro da Defesa entre 2007 e 2011 e deixou o governo após divergências com a presidente Dilma Rousseff.
Nelson Jobim lembrou que apesar dos cortes no Orçamento, os grandes projetos das Forças Armadas continuam em curso.
Na sua avaliação, apenas a decisão sobre a compra de caças para a FAB gera alguma preocupação.
A fabricação de submarinos e de blindados, por exemplo, estão mantidas.
O ex-ministro também acredita que o reforço de militares na Amazônia deverá ser concluído até 2013 e destacou a importância do Plano Estratégico de Fronteiras que é implementado por vários ministérios.
Atualmente, 12 mil homens protegem a extensa fronteira brasileira com dez países.
Conselho de Defesa
Na avaliação do ex-ministro da Defesa, o Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS), vinculado a UNASUL, deve funcionar como um fórum de discussões sobre a gestão da defesa do subcontinente.
Para Jobim, isso é absolutamente necessário considerando-se os recursos naturais existentes: energia, poços de petróleo e minas, capacidade produtiva e reservas de água potável.
Ele acredita que o CDS deva avançar no desenho de uma política de defesa para todo o continente, respeitando-se as peculiaridades de cada país. Além disso, a região seria mais forte se atuasse em conjunto nos foros internacionais.
Nelson Jobim destacou a Estratégia Nacional de Defesa (END) como a medida mais importante de sua gestão. A END tem por objetivo reorganizar as Forças Armadas e reestruturar a indústria bélica.
Fonte: Agência Estado
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