As tropas francesas começarão a transferir a segurança para o Exército afegão em março, e vão se concentrar em treinamento até saírem completamente do Afeganistão no final de 2013, disse o presidente Nicolas Sarkozy nesta sexta-feira.
Sarkozy suspendeu as operações de treinamento e apoio em terra na semana passada, e enviou seu ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas para Cabul depois que quatro soldados franceses foram mortos por um soldado afegão rebelado.
Embora a decisão francesa não seja uma retirada completa, a medida põe fim às operações militares de Paris na linha de frente, uma decisão que pode significar um impulso para Sarkozy antes da eleição presidencial.
Paris tem 3.600 soldados no Afeganistão, como parte de uma força de 130.000 membros liderada pela Otan. Os soldados franceses patrulham principalmente Kapisa, uma província montanhosa perto de Cabul.
Falando depois de conversar com o presidente afegão, Hamid Karzai, em Paris, Sarkozy disse que a França teria apenas um papel de treinamento e apoio assim que entregassem Kapisa para as forças afegãs.
"O presidente Karzai nos garantiu que a província de Kapisa, onde está baseado o contingente francês, passará para a responsabilidade afegã a partir de março", disse Sarkozy.
Mil soldados franceses devem sair do Afeganistão até o final deste ano, e o restante até 2014.
Desde a semana passada, quando quatro militares franceses foram mortos num ataque no Afeganistão, Sarkozy enfrenta uma nova onda de contestação popular sobre a participação da França no conflito. Seu principal rival e líder nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais, François Hollande, promete retirar as forças franceses ainda em 2012.
No anúncio desta sexta-feira, Sarkozy explicou que, dos 3.600 militares franceses atualmente no Afeganistão, mil voltarão para casa já este ano - 400 a mais do que o anunciado em 2011.
Sarkozy disse ter recebido garantias de Karzai de que as tropas francesas terão a segurança necessária para, "a partir de amanhã", retomarem os trabalhos de treinamento das forças afegãs.
Fonte: GeoPolítica Brasil com Agências de Notícias
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