O governo da Síria confirmou nesta terça-feira que obteve um acordo com o grupo de contato da Liga Árabe sobre um "documento final" para controlar a crise político-social que atinge o país.
A Síria e a Liga Árabe concordaram em estabelecer um Mapa do Caminho para colocar fim à violência no país, cujos detalhes serão divulgados na quarta-feira na sede da organização árabe no Cairo.
As autoridades da Liga Árabe haviam informado mais cedo que esperavam uma resposta de Damasco nesta terça-feira sobre sua proposta.
No domingo, uma delegação da Liga, liderada pelo Qatar, reuniu-se em Doha com o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid Muallem, para apresentar um plano que prevê o fim "imediato" da violência, a retirada dos tanques das ruas da Síria e um diálogo com a oposição no Cairo.
Depois da reunião, o ministro das Relações Exteriores do Qatar, Hamad bin Jassim al Thani, disse aos jornalistas que se tinha conseguido um acordo que trata todos os assuntos, mas não ofereceu detalhes sobre o conteúdo.
Na segunda-feira, diplomatas árabes disseram que o plano pedia à Siria a libertação imediata de prisioneiros mantidos desde fevereiro, a retirada das forças de segurança das ruas, a permissão para o monitoramento por forças da Liga Árabe e o início de diálogos com a oposição.
O primeiro-ministro do Qatar, o xeque Hamad bin Jassim al Thani, cujo país lidera a comissão, também disse que Assad deveria iniciar reformas sérias se a Síria quiser evitar mais violência.
Nesta terça, o representante sírio na Liga Árabe, Yusef Ahmed, afirmou que a Síria considerava "positivamente a última proposta, elaborada no Qatar".
A ONU afirma que mais de 3.000 pessoas foram mortas durante a repressão na Síria. O regime diz que grupos armados mataram mais de 1.100 membros das forças de segurança.
Fonte: Folha
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