sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Relatório da AIEA deve apontar que Irã produz armas nucleares



O relatório que a AIEA (Agência Internacional de Energia Nuclear da ONU) deve divulgar sobre o programa nuclear do Irã na próxima semana deverá apontar provas de que o país desenvolve armas nucleares, segundo fontes citadas nesta quinta-feira pelo jornal "Telegraph".

De acordo com fontes diplomáticas citadas pelo jornal, a agência tem evidências substanciais --baseadas em relatórios de inteligência, entrevistas com cientistas iranianos e inspeções locais-- de que o Irã está desenvolvendo armas nucleares paralelamente aos programas de produção de energia.

Ainda segundo as fontes do "Telegraph", o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, não deve fazer uma conclusão definitiva de que o Irã está produzindo armas nucleares, mas "os fatos deixarão qualquer outra conclusão implausível".

Nesta quinta-feira, o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que ele e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, concordaram durante negociações a sobre a necessidade de manter a pressão sobre o Irã por conta de seu programa nuclear.

"Tivemos a oportunidade de conversar sobre uma série de questões de segurança", disse Obama a jornalistas após reunião com Sarkozy antes da cúpula do G20, que será realizada na cidade francesa de Cannes.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, afirmou nesta quinta-feira que seu país está preparado para o pior e advertiu os Estados Unidos sobre os riscos de um confronto com Teerã.

"Lamentavelmente, os EUA perderam toda a sabedoria e prudência em termos de como abordar as questões internacionais", disse. "Eles perderam toda a racionalidade, nós estamos preparados para o pior, mas esperamos que eles pensem duas vezes antes de seguir para um confronto com o Irã".

Os EUA e outras potências ocidentais suspeitam que o Irã deseja fabricar armas nucleares, mas Teerã nega e afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos.

AMEAÇA DE INTERVENÇÃO

O secretário-geral da Otan, a aliança militar do Ocidente, Anders Fogh Rasmussen, pediu nesta quinta-feira que o Irã pare com seu programa de enriquecimento de urânio e descartou qualquer possibilidade da aliança participar de um ataque contra o país.

Segundo meios de comunicação britânicos, tanto Washington como Londres estariam planejando uma possível ação militar pela preocupação crescente com as atividades nucleares de Teerã.

O secretário-geral disse nesta quinta-feira que a organização apoia "os esforços internacionais para buscar soluções políticas e diplomáticas ao problema do Irã" e pediu aos líderes iranianos que "cumpram as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e interrompam o programa de enriquecimento".

Nos últimos dias, também aumentaram as especulações em Israel sobre um possível ataque militar contra o programa nuclear iraniano, depois que vários jornais informaram que o assunto está sendo discutido pelo governo israelense.

Israel considera o desenvolvimento atômico iraniano como uma de suas maiores ameaças e um elemento desestabilizador de toda a região.

Segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 41% dos israelenses são a favor que seu país ataque o Irã, enquanto 39% estão contra e 20% não sabem responder.

Fonte: Folha
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2 comentários:

  1. qual a relação entre a crise na europa e o iran?
    Qual o impacto do Brasil investir ou comprar armas nucleares em alinhamento com PALESTRA: BRASIL - A IMPORTÂNCIA DE INVESTIR EM DEFESA?

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  2. Amigo Trainsppotting,

    A crise européia gera incertezas com relação aos mercados e a estabilidade econômica mundial, algo que para a Europa pode resultar em um período de recessão e queda de potências econômicas com o implodir de econômias como a Grega, espanhola, portuguesa e mesmo a italiana, assim afetando e pondo em risco até mesmo a continuidade do Euro como moeda única, ou até mesmo o fim da UE como a temos hoje, pode se tornar para o Brasil e os países emergentes uma oportunidade ímpar de alcançar maior relevância não só no campo econômico, como também no campo geopolítico mundial, com isso o Brasil e sua econômia robusta pelas manobras adotadas pelo governo Lula na primeira crise econômica mundial de 2008, tem tudo para se tornar uma nova potência econômica, já tendo sido cogitado o pedido de ajuda ao Brasil para socorrer a economia européia.

    Com relação a crise com o Iran, que envolve muito mais que meramente a possibilidade deste estado alcançar a capacidade e obtenção de um arsenal nuclear. O Iran hoje é tido como um entrave nas políticas da OTAN para o domínio dos recursos no Oriente Médio, sendo uma Teocracia que possui uma rígida posição contra as tentativas de influência ocidentais sobre sua economia e política, além de ser o único estado islâmico que oferece uma real capacidade de oposição á Israel. Possuindo o Iran importantes reservas de petróleo.

    Com relação ao proposto por você com relação ao Brasil e a questão nuclear, primeiro quero esclarecer que não é possível comprar armas nucleares, a aquisição de armas nucleares se dá através da pesquisa e desenvolvimento dentro do estado que tenha tal intento. O Brasil como signatário do acordo de não proliferação, estaria diante de uma delicada questão, que seria voltar atrás e contrariar os interesses mundiais que visam manter esta capacidade restrita ao seleto grupo de nações que hoje rege tabuleiro mundial através deste artifício.

    Caso o Brasil resolvesse investir no desenvolvimento deste tipo de armamento, teriamos uma série de efeitos colaterais, que não podemos prever com exatidão, mas com toda certeza iriam desde sanções internacionais bem como o rompimento de acordos, bloqueios econômicos e até intervenções.

    Em consonância com a minha palestra, vejo como uma necessidade grande o reaparelhamento de nossas forças armadas de modo a elevá-las ao patamar das grandes nações, como EUA,China,Rússia,Reino Unido e França. Desenvolver toda uma vasta gama de armamentos estratégicos, que devem partir do princípio de impor não uma postura imperialista que ameace o equilibrio global, mas deter uma capacidade de projeção de força capaz de defender a posição do Brasil onde quer que seja necessário, mantendo o foco na defesa e não no ataque. Tendo em vista que o uso da arma nuclear hoje não é cogitada contra nenhum estado que não possua tal arma.

    Como exemplo de necessidade vital á nossa defesa cito os programas do submarino nuclear brasileiro, onde o mesmo deve ser capaz não só de defender os mares, como também projetar poder sobre o continente através da capacidade de lançamento de mísseis de cruzeiro, programa FX-2 e o desenvolvimento nacional de aeronaves de combate tanto de asas fixas como rotativas, a ampliação e potencialização de nossa esquadra, incorporando novos meios como navios aeródromos, LHD's, fragatas, corvetas, navios patrulha costeiros e oceânicos, além de se estabelecer um projeto de proteção contígua de nossas reservas do Pré-Sal e bacias.

    Ou seja é algo complexo de se comentar de forma resumida, e lhe prometo em breve preparar uma matéria abordando o que me propôs em seu curto mas valioso comentário, algo que realmente é importante de se analisar e buscar discutir aqui com nossos amigos leitores.

    Um grande abraço amigo, peço apenas desculpas pela demora em responder seu comentário, mas o convido a continuar participando deste nosso espaço, pois é este o objeto da criação deste blog.

    Angelo D. Nicolaci
    editor

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