Informações fornecidas por agentes de inteligência da ONU mostram que o governo do Irã dominou as etapas críticas necessárias para construir uma arma nuclear e recebe assistência de cientistas estrangeiros para superar questões técnicas, de acordo com informações de diplomatas ocidentais e especialistas nucleares.
Documentos e outros registros fornecem novos detalhes sobre o papel desempenhado por um cientista da antiga União Soviética que supostamente tem sido tutelado pelos iranianos durante vários anos para a construção de detonadores de alta precisão do tipo utilizado para desencadear uma reação nuclear em cadeia, segundo especialistas. A tecnologia crucial ao desenvolvimento tem sido ligada a especialistas do Paquistão e Coréia do Norte que tem ajudado a impulsionar a capacitação nuclear do Irã, acrescentaram.
Os funcionários, citando serviços secretos conjuntos à Agência Internacional de Energia Atômica, disse que os registros reforçam a preocupação de que o Irã continuou a conduzir pesquisas relacionadas com armas depois de 2003 quando agências de inteligência dos EUA acreditavam que os líderes iranianos cessaram tais pesquisas em resposta as pressões domésticas e internacionais.
A agência nuclear da ONU deve lançar um relatório esta semana divulgando suas conclusões sobre os esforços do Irã em obter tecnologia nuclear sensível. Teme-se que o Irã possa rapidamente construir uma bomba atômica se persistir a retórica anti-Irã e as novas ameaças de ataques militares por parte de Israel. Alguns grupos do controle de armas nos EUA têm advertido contra o que eles temem ser uma reação exagerada com o relatório, dizendo que ainda há tempo para persuadir o Irã a mudar seu comportamento.
Autoridades iranianas expressaram indiferença sobre o relatório.
"Deixe-os publicar e ver o que acontece", disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi neste sábado.
Salehi disse que a controvérsia sobre o programa nuclear do Irã é "100% política" e que a AIEA esta "sob a pressão de potências estrangeiras."
"Nunca realmente parou”
Embora a AIEA critique o Irã por anos para esclarecimento sobre uma série de armas, aparentemente relacionadas com projetos científicos, as novas divulgações preenchem os contornos de um programa de pesquisa aparente secreto para algo mais ambicioso, mais organizado e mais bem sucedidos do que comumente se suspeita. Desde o começo da última década e aparentemente retomando, embora em ritmo mais comedido, após uma pausa em 2003, os cientistas iranianos trabalharam simultaneamente em várias disciplinas para obter competências-chave necessárias para fazer e testar uma arma nuclear que poderia caber dentro dos mísseis de médio e longo alcance do país, disse David Albright, um ex-inspetor de armas da ONU, que analisou os arquivos de inteligência.
"O programa nunca parou", disse Albright, presidente do Instituto de Washington para a Ciência e a Segurança Internacional. O instituto realiza amplamente análises independentes de programas nucleares em países ao redor do mundo, muitas vezes a partir de dados da AIEA.
"Depois de 2003, o dinheiro foi disponibilizado para pesquisas em áreas que se assimilam com o trabalho em armas nucleares, mas estavam escondidas dentro das instituições civis", disse Albright.
Fonte: The Washington Post
Tradução e adaptação: GeoPolítica Brasil
Guerra com o Irã é iminente...Mas acho que ele vai ser mais forte do que os outros adversarios que eles enfrentaram como paquistao,libia,afeganistao etc.
ResponderExcluirVamo ver...E se dessa vez invadirem dizendo que eles tem armas de destruiçao em massa e novamente nao encontrarem nenhuma vao confirmar que so fazem guerras por interesses economicos e nao proteçao de civis.