A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) discutiu, na manhã desta quinta-feira (10), a participação dos soldados brasileiros na Segunda Guerra Mundial. Foi sendo ouvido na audiência pública o administrador do Monumento Votivo Militar Brasileiro em Pistoia, Mário Pereira.
Pistoia é a cidade italiana onde foram enterrados os pracinhas que morreram na Europa. Em 1960, seus corpos foram trasladados para o Brasil. Hoje há um monumento no cemitério para celebrar a memória deles.
De acordo com Mário Pereira, cujo pai também foi administrador do mesmo monumento, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi "a primeira força de libertação do mundo", pioneira no trabalho que hoje fazem as chamadas forças de paz.
- Além de valiosos no campo de batalha, os brasileiros deram uma nova esperança ao povo italiano. O soldado brasileiro comportou-se sempre como ser humano, mesmo no drama que é a guerra, e por isso ainda hoje há um grande reconhecimento, um elo muito estreito entre os italianos e os pracinhas - disse.
A FEB foi criada em 1943, como reação aos ataques da Alemanha a navios na costa brasileira. Em 1944, os primeiros contingentes - que totalizaram mais de 25 mil soldados - começaram a chegar à Itália, onde se juntaram aos Aliados contra as forças da Alemanha nazista, que ocupavam o país, e contra as forças ainda leais ao ditador italiano Benito Mussolini. Morreram na guerra 465 soldados brasileiros.
Veteranos da FEB poderão visitar, em 2012, lugares onde lutaram na Itália
Os veteranos brasileiros da Segunda Guerra Mundial poderão participar, em maio de 2012, de uma visita às cidades italianas onde atuou a Força Expedicionária Brasileira (FEB). O anúncio foi feito nesta quinta-feira (10) pelo administrador do Monumento Votivo Militar Brasileiro em Pistoia, na Itália, Mário Pereira, durante audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
A audiência foi realizada por iniciativa do presidente da comissão, senador Fernando Collor (PTB-AL), com o objetivo de celebrar a memória da participação dos soldados brasileiros no esforço de libertação da Itália ao final da Segunda Guerra Mundial. Os soldados brasileiros chegaram à Itália em julho de 1944. E, segundo Pereira, 465 deles perderam suas vidas em solo italiano.
O administrador do monumento em homenagem aos soldados brasileiros relatou aos integrantes da comissão que até hoje existe, na Itália, um sentimento de gratidão aos integrantes da FEB, especialmente pela solidariedade que eles ofereceram ao povo italiano, que já se encontrava em guerra havia cinco anos.
- Os soldados brasileiros nunca deixaram de ser humanos. Eles deram uma nova esperança ao povo italiano - disse Pereira, que foi acompanhado, na audiência, pelo historiador Giovanni Sulla e pelo artista Fabrizio Giberna.
Fonte: Senado Federal
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