O secretário americano de Defesa, Leon Panetta, advertiu nesta quinta-feira sobre os riscos de um ataque militar contra o Irã, afirmando que isto pode ter um "sério impacto" na região, sem impedir o programa nuclear iraniano.
"Aqui é preciso ter cuidado com as consequências inesperadas, e tais consequências poderão não apenas fracassar em impedir o Irã de fazer o que quer, mas também poderão ter um sério impacto na região e sobre as forças americanas na região", disse Panetta em entrevista coletiva.
Uma ação militar apenas retardaria o programa nuclear iraniano em três anos, e não pode ser mais contemplada como o "último recurso", disse Panetta, estimando que a comunidade internacional deve aplicar "as sanções mais duras possíveis" contra Teerã.
Em um relatório divulgado na terça-feira, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) manifestou "sérias preocupações" sobre o programa nuclear iraniano, citando informações "críveis" de que o Irã trabalha para obter uma arma atômica.
Em discurso pronunciado ao Exército nesta quinta-feira, o guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o Irã responderá "com toda a sua força" a qualquer agressão militar por parte dos Estados Unidos ou de Israel.
"Os inimigos, em particular os Estados Unidos, seus vassalos e o regime sionista devem saber que a nação iraniana não quer agredir nenhum país, mas responderá com toda a sua força a qualquer agressão ou inclusive a qualquer ameaça, de modo que os agressores serão destruídos desde o seu interior".
"Quem pensar em uma agressão contra a República Islâmica do Irã deve se preparar para receber poderosos golpes e os punhos de aço do Exército, dos Guardas da Revolução ou dos Basij (milícia islâmica)", advertiu Khamenei.
Fonte: France Presse
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