quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Rússia envia navios de guerra para base na Síria

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Rússia está enviando uma frota de navios de guerra para sua base naval na Síria, em uma demonstração de força que sugere que o governo russo está disposto a defender seus interesses no país, à medida que cresce a pressão internacional sobre o presidente Bashar al-Assad.

O jornal Izvestia divulgou nesta segunda-feira, citando o almirante russo aposentado Viktor Kravchenko, que a Rússia planeja enviar seu porta-aviões "Almirante Kuznetsov" e um navio patrulha, uma embarcação antisubmarino e outros navios. "Ter qualquer força militar além da Otan é muito benéfico para a região, uma vez que impede a eclosão de conflitos armados", disse Kravchenko, que foi chefe da equipe da Marinha de 1998-2005, segundo o Izvestia.

Um porta-voz da Marinha, citado pelo jornal, confirmou que os navios de guerra russos seriam deslocados para a base de manutenção que a Rússia mantém na costa síria perto de Tartus, mas disse que a viagem não tem nada a ver com a revolta contra Assad. O jornal disse que o porta-aviões Almirante Kuznetsov seria armado com pelo menos oito caças Sukhoi-33, vários caças MiG-29K e dois helicópteros.

Sanções da Liga Árabe e pedidos da França para a criação de zonas humanitárias na Síria aumentaram a pressão internacional sobre Assad para acabar com a repressão, que segundo as Nações Unidas já causou a morte de 3.500 pessoas durante nove meses de protestos contra seu governo. A Rússia, que tem uma base de manutenção naval na Síria e cujo comércio de armas com o país rende milhões de dólares por ano, juntou-se à China no mês passado para vetar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, apoiada pelo Ocidente, condenando o governo de Assad.

Fonte: Reuters
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BRICS bloqueiam EUA no Oriente Médio

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Comunicado divulgado após reunião de vice-ministros de Relações Exteriores anuncia posição conjunta dos países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) sobre situação no Oriente Médio e norte da África. Foco deve ser diálogo nacional pacífico, contra qualquer tipo de intervenção estrangeira; papel central nas decisões compete ao Conselho de Segurança da ONU. Interferência externa na Síria é rejeitada, assim como ameaça de uso da força contra o Irã.

A reunião dos vice-ministros de Relações Exteriores dos países BRICS em Moscou, quinta-feira (24), sobre a situação no Oriente Médio e Norte da África é um evento de grande importância, como se vê pelo Comunicado Conjunto. Os principais elementos do Comunicado são:

a) Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS) assumiram posição comum sobre o que hoje se conhece como “Primavera Árabe”. Identificaram-se os princípios básicos dessa posição: o foco deve ser diálogo nacional pacífico; nada justifica qualquer tipo de intervenção estrangeira; o papel central nas decisões compete ao Conselho de Segurança da ONU.

b) Os BRICS adotaram posição comum sobre a Síria. A frase chave do Comunicado é “fica excluída qualquer tipo de interferência externa nos assuntos da Síria, que não esteja conforme o que determina a Carta das Nações Unidas.”

c) Os BRICS exigiram “revisão completa” para avaliar a adequação [orig. appropriateness] da intervenção da OTAN na Líbia; e sugeriram que se crie missão especial da ONU em Trípoli para conduzir o processo de transição em curso; dessa comissão deve participar, especificadamente, a União Africana.

d) Os BRICS rejeitaram a ameaça de força contra o Irã e exigiram negociações e diálogo continuados. Muito importante, os BRICS criticaram as ações de EUA e União Europeia de impor novas sanções ao Irã, chamando-as de medidas “contraproducentes” que só “exacerbarão” a situação.

e) Os BRICS saudaram a iniciativa do Conselho de Cooperação do Golfo, que encontrou saída negociada para o Iêmen, como exemplo a ser seguido.

É momento sumamente importante para os BRICS – e também para a diplomacia russa. Cresceu consideravelmente a credibilidade dos BRICS como voz influente no sistema internacional. Espera-se que, a partir da posição comum agora construída sobre as questões do Oriente Médio, os BRICS passem a construir posições comuns também em outras questões regionais e internacionais.

Parece evidente que a Rússia tomou a iniciativa para o encontro da quimnta-feira e o Comunicado Conjunto mais ou menos adota a posição que a Rússia já declarou sobre a Primavera Árabe. É vitória da diplomacia da Rússia, que ganha diplomaticamente, ter obtido o endosso dos países BRICS também no que diz respeito às graves preocupações russas quanto à situação síria, ante ao risco, cada dia maior, de o Irã sofrer ataque de intervenção ocidental semelhante ao que ao que a Líbia sofreu.

Recentemente, Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, manifestou vigorosamente as crescentes preocupações russas. Moscou mostrou-se frustrada com o ocidente e a Turquia, que têm interferido claramente no caso sírio, não só contrabandeando armas para o país e incitando confrontos que, cada vez mais, empurram o país para uma guerra civil, mas, também, sabotando ativamente todas as tentativas para iniciar um diálogo nacional entre o regime sírio e a oposição.

A posição dos BRICS também será bem recebida em Damasco e em Teerã. Mas, ao contrário, implica dificuldades para os EUA e seus aliados, que investem muito em fazer crescer a tensão contra a Síria e o Irã. A Índia ter participado da reunião em Moscou, e ter assinado o Comunicado conjunto também é notícia particularmente importante. Washington registrará. A Rússia, na prática, conseguiu que os BRICS assinassem um clara censura às políticas intervencionistas dos EUA no Oriente Médio.

Muito claramente, não há caminho aberto, agora, para que os EUA consigam arrancar autorização do Conselho de Segurança da ONU para qualquer tipo de intervenção na Síria. A Turquia, em relação à Síria, pode ter dado passo maior que as pernas. E Israel também recebeu uma reprimenda.

A formulação que se lê no Comunicado conjunto dos BRICS – “segurança igualitária e confiável” para os países do Golfo Pérsico, a partir de um “sistema de relações” – pode ser vista, sim, como repúdio ao advento da OTAN como provedor de segurança para a região. O Comunicado Conjunto dos países BRICS pode ser lido na página do Itamaraty.
Fonte: Carta Maior
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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Irã revisa sua doutrina de defesa

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O Irã está pronto a atacar as instalações da defesa antimíssil da OTAN, que ficam no território da Turquia, caso haja ameaça por parte da aliança, comunicou este sábado o  chefe da divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária Islâmica, Amir Ali Hajizadeh.

Se algum objeto nos ameaçar, estamos prontos a golpear as instalações da defesa antimíssil da OTAN no território da Turquia e depois em outras regiões, disse Hajizadeh. Ele acrescentou que a política dos EUA e de Israel forçou o Irã a revisar a sua doutrina de defesa. Agora Teerã vai  ameaçar em resposta à ameaça.


Uma parte do arsenal de mísseis anti-aéreos líbios terá chegado aos Guardas da Revolução iranianos

Segundo fontes dos serviços secretos ocidentais, uma parte do arsenal de mísseis anti-aéreos líbios – saqueados do paióis do exército de Kadafi - terá chegado aos Guardas da Revolução iranianos. Já se sabia que o Hezbollah libanês tinha recebido mísseis SAM-7, sabe-se agora que também misseis SA-24 terão sido removidos da Líbia e transportados ate ao Irão, via Sudão.

É também conhecido que varias centenas de misseis – de vários tipos - estão agora à venda no mercado negro egípcio, alguns por apenas 4 mil dólares e que alguns terão já chegado à Al Qaeda do norte de África (especialmente ativa na Mauritânia e no Níger) e sido transferidos para Gaza através do túneis subterrâneos com o Egito. Outros terão sido já adquiridos por grupos terroristas com ramos na Europa, o que está a preocupar os serviços secretos ocidentais que temem que possam ser usados em ataques a aviões comerciais nos momentos da descolagem ou aterragem.

Fonte: Agências de Notícias
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Rússia inaugura radar em resposta ao escudo antimísseis dos EUA

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O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, presidiu nesta terça-feira a inauguração de uma estação de radares de alerta contra mísseis no enclave báltico de Kaliningrado, em resposta ao escudo antimísseis dos Estados Unidos.

"Espero que esta medida seja percebida por nossos parceiros ocidentais como um primeiro sinal da disposição de nosso país a responder às ameaças do sistema de defesa antimísseis [americano] para nossas forças nucleares", declarou Medvedev, citado pela agência Interfax.

O sistema Voronezh-DM tem uma cobertura de 6.000 quilômetros. O líder russo advertiu que caso o sinal não seja ouvido, a Rússia tomará outras medidas de resposta, entre elas "o desdobramento de agrupamentos ofensivos".

Na última semana, o presidente russo anunciou o radar antimísseis e ordenou o reforço na segurança das instalações das forças estratégicas do país, em resposta à recusa dos EUA a dar garantias por escrito de que seu sistema de defesa antimísseis na Europa não ameaça o poderio nuclear russo.

Anteriormente, Medvedev havia proposto a criação de um sistema conjunto Rússia-Otan, no qual cada uma das partes se encarregaria da segurança de um setor do continente, proposta rejeitada pela Aliança Atlântica e EUA.

O líder russo advertiu nos últimos meses que se não houver um acordo até 2020, o mundo se verá em uma nova corrida armamentista, similar àquela protagonizada por Moscou e Washington durante a Guerra Fria.

Fonte: EFE
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Rússia se opõe a embargo de armas contra regime da Síria

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A Rússia se opõe à imposição de um embargo de armas contra a Síria e acredita que alguns países deveriam parar de ameaçar o regime sírio com ultimatos, disse o ministro de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, nesta terça-feira.

As propostas para "impor uma proibição contra todas as entregas de armas são bem desonestas", disse Lavrov, sugerindo que, na prática, o embargo contra as armas cortaria o fornecimento para o regime do ditador sírio, Bashar Assad, mas não para seus opositores.

"Sabemos como isso funcionou na Líbia, quando um embargo de armas se aplicava apenas ao Exército líbio. A oposição recebeu armas, enquanto países como a França e o Qatar se pronunciaram publicamente sobre isso sem constrangimento", disse em coletiva de imprensa conjunta com o ministro de Relações Exteriores da Islândia.

Rebeldes líbios derrubaram Muammar Gaddafi em agosto.

Lavrov, referindo-se às potências do Ocidente e à Liga Árabe, disse ser hora de "parar de usar ultimatos" para pressionar Damasco e reiterou os pedidos da Rússia por um diálogo entre o regime sírio e seus inimigos. Para a Rússia, os opositores também compartilham a culpa pelo derramamento de sangue no país.

"Quanto mais continuar o que está acontecendo na Síria, mais nos trará dificuldades. Na maior parte, grupos armados estão provocando as autoridades. Esperar que as autoridades fechem os olhos para isso não está certo", disse Lavrov.

Uma comissão de inquérito da ONU disse na segunda-feira que durante a repressão contra manifestantes forças militares e de segurança sírias haviam cometido crimes contra a humanidade, inclusive assassinato, tortura e estupro, e pediu um embargo de armas contra a Síria.

A Rússia, que também tem criticado maiores sanções contra a Síria pelos países do Ocidente e da Liga Árabe, tem relações políticas e estratégicas próximas com o regime de Assad, e tem sido o maior fornecedor de armas do país.

A Rússia se uniu à China no mês passado para vetar uma resolução do Conselho de Segurança, que tinha o apoio do Ocidente, condenando o governo de Assad pela violência.

Segundo investigadores da ONU, mais de 3.500 pessoas já morreram no país por conta da violência.

Fonte: Reuters
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Vila Cruzeiro e Alemão comemoram um ano de pacificação

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Ontem (28) os complexos da Penha e Alemão comemoraram um ano desde que as forças de segurança pública em conjunto com as forças armadas tomaram o controle destas duas comunidades do domínio do tráfico.O nosso editor esteve presente há um ano acompanhando toda a operação e foi até as comunidades verificar o que mudou e o que ainda precisa ser feito para cumprir tudo o que foi prometido pelo Estado.

As obras necessárias para trazer mais conforto e cidadania aos moradores dos complexos já tiveram inicio, porém há muito ainda o que ser feito, pois o desafio é grande de recuperar uma área tão extensa que ficou muito tempo abandonada á margem do Estado.

Conversando com alguns moradores pudemos comprovar que houve um ganho significativo em segurança e na confiança dos mais de 200mil habitantes nas forças de segurança. Áreas onde antes era praticamente impossível que alguém adentra-se em segurança hoje podem ser transitadas sem qualquer risco. Onde havia barreiras e ruas esburacadas para bloquear o acesso das viaturas, hoje possui um calçamento que permite o acesso livre, locais conhecidos por abrigar verdadeiras feiras do tráfico, hoje exibem um comércio forte, com feiras de artigos de vestuário, alimentos e utensílios, uma imagem bem diferente do que se via há pouco mais de um ano atrás.

O GeoPolítica Brasil caminhou o dia inteiro através de becos e vielas para comprovar as mudanças dentro destas comunidades que eram tidas como "fortalezas" do tráfico. O que se verificou é algo que me deixou um tanto preocupado, em algumas localidades que adentramos, pudemos observar áreas sem a cobertura de rondas ou a presença de militares e policiais, além de movimentação suspeita, o que leva a acreditar que ainda haja focos de tráfico dentro destas áreas.

Em setembro nós acompanhamos um GC do E.B quando houve uma intensa troca de tiros entre as forças do estado e traficantes em uma das localidades ainda não pacificadas que fazem "divisa" com as zonas pacificadas, algo que é preocupante, principalmente após a notícia na última semana e confronto entre traficantes e soldados, que resultou em um soldado ferido no braço.

Apesar de toda a tranquilidade que se observa e uma mudança expressiva na rotina destas comunidades, notei uma certa tensão nas áreas limítrofes da comunidades, além de notar que os GC's estão agora voltando a usar os pesados coletes e capacetes de combate, algo que já tinha dado lugar aos bonés azuis da força de pacificação.

Ontem foi anunciado durante um almoço das autoridades que em março deve ser iniciada a implantação das UPP's, porém a presença do E.B deve ser mantida até junho, não sendo descartado uma prorrogação deste prazo.

O GeoPolítica Brasil aproveita para parabenizar os homens e mulheres que se engajaram nestas operações há um ano e devolveram á nossa sociedade a confiança em nossa capacidade de se garantir a segurança pública, onde a ocupação destas duas comunidades foi um marco importante na mudança dos rumos de nossa segurança pública e o inicio de uma mudança dentro de nossas forças policiais, que até então estavam com seu conceito em baixa junto a nossa sociedade. Minhas congratulações aos comandantes das forças armadas que se engajaram nesta luta e aos nossos policiais que se empenharam, trabalhando sem folga para conseguir devolver a ordem á nossa cidade.

Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil
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sábado, 26 de novembro de 2011

Sukhoi Su-34 Fullback o poderoso e multifuncional defensor russo

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Após um longo trabalho de pesquisa, o nosso amigo Wellington Mendes publica a mais completa materia sobre o caça bombardeiro tático Sukhoi Su-34 Fullback o poderoso e multifuncional defensor russo.

O Su-34 é um caça bombardeiro tático multifuncional de 4.5 G desenvolvido para substituir os caças de terceira geração Mikoyan-Gurevich MIG-23, Sukhoi Su-17 e Sukhoi Su-24 em suas variadas versões; aeronaves estas que eram pouco manobráveis e/ou com capacidade de combate bastante limitada para contrapor os novos inimigos americanos e europeus em um contato direto. Para tanto, o Su-34 foi desenvolvido para poder confrontar aeronaves supermanobráveis em um combate aproximado à baixa altitude, e qualquer vetor de sua geração no cenário BVR.
 
O Su-34 combina as capacidades de caça de superioridade aérea, de supressão de defesa aérea e antiaérea, bombardeiro tático, vigilância aérea marítima e aeronave ASW (Anti-Submarine Warfare - Guerra Anti-Submarino), podendo combater inimigos aéreos, terrestres e navais de superfície ou submersíveis. Ele também é capaz de realizar ataques de precisão contra alvos na superfície altamente defendidos, sobre quaisquer condições meteorológicas de dia ou de noite. O Fullback pode voar e combater em todas as fases de vôo, incluindo a baixa atitude NOE - Flying (Nap Of the Earth - Flying); pode controlar grupos de aeronaves de combate (Mini-AWACS); e realizar jammer defensivo e de escolta. Seu custo unitário é de aproximadamente 36 milhões de dólares.
 
Para ler na integra este incrível trabalho de pesquisa acesse já o site de nosso parceiro DEFESA AÉREA clicando aqui e prepare-se para conhecer esta fantástica aeronave como ninguém, o editor usou fontes diretas da Rússia para conseguir informações precisas sobre esta obra-prima russa.
 
 
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PT vai pedir a cassação de Bolsonaro por discurso ofensivo a Dilma

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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Embraer é alvo de campanha nos EUA

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Inconformada por ter sido retirada de concorrência para a venda de 20 aeronaves para a Força Aérea dos Estados Unidos, a americana Hawker Beechcraft quer rever a decisão. O pedido será acompanhado por lobby político do Kansas e de 19 Estados envolvidos na fabricação da aeronave AT-6, sob o pretexto da transferência de 1,4 mil empregos para o Brasil. Com a exclusão da empresa americana, os Super Tucanos, da Embraer, tornaram-se os favoritos na disputa pelo contrato de US$ 250 milhões.

A campanha pela reinserção da Hawker Beechcraft tende a ser acompanhada por ataques ao Brasil. O site de notícias na internet Redstate, um dos mais visitados pela extrema direita republicana nos EUA, acusou o Brasil, em artigo veiculado nesta semana, de ter mantido uma "longa e sórdida" história com o Irã no campo aeronáutico. Sublinhou ainda a aproximação entre governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Teerã no campo nuclear e a utilização do avião Tucano, da Embraer, pelas forças de segurança iranianas.

Citando o Conselho sobre Assuntos Hemisféricos, o Redstate informou ter o Brasil "vendido Tucanos, da Embraer, a preços relativamente baixos" para o Irã em 1989. Com base em dados do Washington Institute, o site registrou que a Força Aérea da Guarda Revolucionária Islâmica operaria com cerca de 40 Tucanos (T-27). "De fato, os iranianos usam o Tucano como sua aeronave de apoio próximo", disse o texto do Redstate.

Potencial

O contrato para a venda de 20 aeronaves seria apenas o início de um negócio capaz de atingir a cifra de US$ 950 bilhões. Esses primeiros aviões supririam duas bases aéreas americanas no Afeganistão. Mas outras 15 aeronaves devem ser incluídas no contrato, para atender ao programa militar americano de capacitação das forças de segurança países parceiros, e mais 15 podem completar as necessidades da Força Aérea, segundo o jornal The Wichita Eagle. A entrega dos aviões deve começar em 2013.

A concorrência deverá ser decidida no início de 2012. A decisão técnica do Escritório de Contas do Governo (GAO, na sigla em inglês), porém, deverá sofrer influência política por várias razões vinculadas à questão do emprego. Esse é o tema mais delicado da economia americana, hoje com desemprego de 90%, e mais influente nas eleições presidenciais de 2012.

Sede da Hawker Beechcraft, a cidade de Wichita, no Estado de Kansas, deixaria de criar 800 empregos se os aviões AT-6 não vencerem a licitação da Força Aérea. A situação tende a ser agravada pela possibilidade de a companhia americana Boeing fechar sua planta na cidade, que responde por 2,1 mil postos de trabalho, no próximo ano. "Nós continuamos a acreditar que oferecemos a aeronave leve de ataque mais capaz, acessível e sustentável", informou a Hawker Beechcraft, em comunicado.

A bancada de Kansas no Congresso pediu nesta semana ao secretário de Força Aérea dos EUA, Michael Donley, para explicar aos representantes da Hawker Beechcraft a retirada do AT-6 da concorrência. "A questão não é apenas de a Hawker ter perdido o contrato, mas de ter sido considerada inelegível na última etapa da concorrência. Isso não faz sentido, e há certamente necessidades a serem explicadas", afirmou o senador republicano Jerry Moran, de Kansas, segundo o Wichita Eagle. "A Hawker tem grande experiência na construção dessa aeronave."

 
Fonte: Estadão
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Rússia defende Irã contra possíveis ataques militares

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O governo da Rússia voltou a defender o Irã diante das novas ameaças de ataque militar ao país, provocadas pelo fato de o governo iraniano se recusar a expor à Agência Internacional de Energia Atômica os detalhes do seu programa nuclear. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Alexander Lukashevich, interpretou a avaliação da questão iraniana por parte do governo russo:

"O uso de força militar só pode ser autorizado pelas decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas ou da Carta da ONU e sua Cláusula 51, que preveem o direito à autodefesa”, afirmou Lukashevich. “Nenhuma dessas opções foi discutida no Conselho de Segurança da ONU. É por isso que, mesmo teoricamente, não podemos pensar em tal cenário sendo colocado em prática.”

Alexander Lukashevich foi além nas suas observações: “Resolver o problema nuclear iraniano por meio do uso da força estaria repleto de implicações regionais e globais. O uso da força militar passa por cima das normas do Direito Internacional.”

Para Lukashevich, a ONU já adotou medidas punitivas contra o Irã. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros declara: "A Rússia acredita que as sanções ao Irã por conta do sigilo em torno do seu programa nuclear já surtiram efeito quando as Nações Unidas adotaram em 2010 a Resolução 1.929, que é muito rígida e impõe ao Irã a obrigação de abrir para o mundo a real finalidade do seu programa nuclear.”

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, o recente relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia Atômica sobre o Irã não contém fatos novos. “Temos muitas perguntas com relação às alegações do relatório sobre a natureza militar do programa nuclear iraniano”, comentou Lukashevich.

“Gostaríamos também que a própria AIEA esclarecesse as suas conclusões referentes ao programa nuclear iraniano. Nós gostaríamos de conhecer mais dos instrumentos que a AIEA utilizou para verificar a informação relevante. Nós também gostaríamos de ouvir respostas concretas, baseadas em fatos concretos e não em meras alegações."

Apesar de toda a polêmica internacional, o governo do Irã insiste em dizer que não precisa detalhar para o mundo o seu programa nuclear, garantindo que ele tem fins pacíficos e é voltado exclusivamente para a medicina, a agricultura e a produção inteligente de energia elétrica

Fonte: Diário da Rússia
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Bolsonaro levanta debate sobre sexualidade de Dilma e questiona "Kit Gay" em escolas

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O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) criou nova polêmica na Câmara dos Deputados hoje ao questionar a sexualidade da presidente Dilma Rousseff em discurso no plenário. O parlamentar destacou que, em audiência na Câmara ontem, representantes do Ministério da Educação teriam discutido a inclusão do combate à homofobia nos currículos escolares. Bolsonaro lembrou que a presidente Dilma tinha ordenado a não distribuição nas escolas de material relativo ao combate à homofobia, chamado de kit gay pelo deputado do PP e outros parlamentares evangélicos.

"O kit gay não foi sepultado ainda. Dilma Rousseff, pare de mentir. Se gosta de homossexual, assume. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma. Mas não deixe que essa covardia entre nas escolas de 1º grau", afirmou Bolsonaro. O pronunciamento de Bolsonaro foi retirado das notas taquigráficas pelo deputado Domingos Dutra (PT-MA), que ocupava a presidência da sessão, a pedido do deputado Marcon (PT-RS). Caberá agora ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), decidir se o pronunciamento ficará registrado nos documentos da Casa.

Em conversa por telefone com a reportagem, Bolsonaro afirmou que não era sua intenção questionar a sexualidade da presidente da República. "Não me interessa a opção sexual dela, eu só não quero que esse material vá para a escola". Ele afirmou que estava falando do amor de Dilma com a "causa homossexual". Chegou a comemorar e disse que a polêmica criada em cima da declaração era positiva. "Uma frase equivocada está ajudando a levantar o mérito da discussão".

O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) criticou o colega ainda pela manhã durante a sessão. Afirmou que as declarações de Bolsonaro podem significar quebra de decoro parlamentar. A vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), pediu que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), tome "providências enérgicas" em relação a Bolsonaro. Marta afirmou que Bolsonaro está "sem freio de arrumação" e foi além dos limites do decoro parlamentar em seu pronunciamento, faltando com o respeito à presidente da República.

O discurso do deputado do PP teve ainda questionamentos ao ministro da Educação, Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. "Povo paulistano, será que o Haddad como prefeito vai colocar uma cadeira de homossexualismo no primeiro grau?", perguntou Bolsonaro. Mais tarde, o parlamentar voltou à tribuna da Câmara. Dessa vez, foi menos incisivo contra a presidente e sugeriu que ela possa estar sendo enganada por Haddad e pela ministra Maria do Rosário (Direito Humanos) na discussão sobre o combate à homofobia nas escolas.

O GeoPolítica Brasil defende que deve-se respeitar a opção sexual de cada indivíduo, porém isso não significa que devemos aceitar que nossos filhos venham a ser influênciados por tal material que eu classificaria como "subversivo", pois temos de respeitar a liberdade de cada individuo e grupo social, caso contrário será aberto o precedente para que haja entre nossa sociedade não uma relação de respeito mútuo, mas uma condição de conflito. É como se fossemos levar ás escolas a educação religiosa de uma determinada doutrina ignorando as demais, isso não é um exemplo democrático, mas uma forma de propagar uma determinada ideologia ou comportamento social que não cabe ás escolas influênciar, mas sim é um dever de cada familia inserir em seu meio os valores morais aos quais se espera que nossos filhos venham a seguir, respeitando a liberdade dos mesmos.

O debate é muito complexo, porém defendo que nossas crianças sejam preservadas, que se permitam ser crianças, meninos e meninas de acordo com sua fisiologia até que tenham idade e maturidade para decidir o que desejam para suas vidas, pois a individualidade não se aprende nas escolas, assim como o carater e a moral dependem de cada familia e indivíduo, não cabe ao governo se intrometer no seio desta questão, cabendo ao mesmo estabelecer leis para que se respeite as individualidades e a liberdade do ser social definir sua opção sexual, assim como pode optar por definir sua profissão e outras tantas escolhas comuns aos indivíduos sociais. Cabe ás escolas ensinar valores que há muito foram abandonados, como o civismo, o sentimento nacional, os direitos e deveres de cada cidadão e principalmente incentivar o sentimento de valorização de nossa sociedade e da importancia que cada um tem no destino de nosso país.

Fonte: GeoPolítica Brasil com Agência Brasil
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Irã se diz em condições de exportar produtos e serviços nucleares

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O Irã está em vias de exportar produtos e serviços nucleares, anunciou o diretor da OEAI (Organização da Energia Atômica do Irã), Fereydoon Abbasi, segundo informações da agência de notícias oficial "Irna".

Em um seminário realizado na cidade de Qom, a cerca de 200 km de Teerã, Abbasi destacou o progresso do programa nuclear iraniano. "Nosso país conseguiu ser autossuficiente em diversas áreas nucleares e estamos prontos para oferecer formação e fornecer centrífugas [para o enriquecimento de urânio]", disse.

O responsável do organismo nuclear iraniano ressaltou que o desenvolvimento da energia atômica no país foi conduzido por engenheiros e especialistas nacionais. Ele desafiou as críticas internacionais ao programa nuclear ao dizer que a República Islâmica não tem medo nem das ameaças nem das sanções externas.

"As medidas do inimigo não afetarão o avanço do Irã e os especialistas iranianos seguirão seu trabalho sem descanso e com perseverança", afirmou. "Se quisermos que o nome do Irã figure na lista dos países poderosos do mundo, não nos resta outra alternativa senão promover o desenvolvimento da tecnologia nuclear".

As críticas da comunidade internacional contra o programa atômico do Irã aumentaram depois que a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) divulgou, no último dia 8, um relatório que apontava indícios de que a República Islâmica tinha realizado recentemente trabalhos que poderiam desenvolver armas nucleares.

Na segunda-feira passada, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos anunciaram novas sanções financeiras contra o Irã, enquanto a UE (União Europeia) prepara mais sanções, além das que já aplica. A Rússia repudiou as medidas, defendendo que elas complicam qualquer esforço de diálogo com Teerã em matéria nuclear.

O Irã, signatário do TPN (Tratado de Não-Proliferação Nuclear) e membro da AIEA, afirma que seu programa atômico não tem fins militares, apenas civis, e argumenta possuir o direito de desenvolver e adquirir tecnologia atômica com objetivos pacíficos.

Fonte: EFE
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Brasil mostra que mundo do século passado não existe mais, diz ministro alemão

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O ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, afirmou em entrevista à DW Brasil que os europeus "devem repensar certos conceitos e construir o quanto antes novas alianças estratégicas e parcerias, e a América Latina desempenha um papel-chave nisso".

Westerwelle também comentou a crescente presença do Brasil no cenário político internacional. "O Brasil é uma potência, é um país que, internacionalmente, se desenvolve de forma muito dinâmica, não só economicamente, mas também está ganhando cada vez mais influência política."

Segundo ele, a atuação internacional do Brasil mostra "que o mundo do século passado foi superado de forma irreversível." Ele elogiou o discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura da mais recente Assembleia Geral das Nações Unidas, afirmando que a fala evidenciou pontos em comum entre Brasil e Alemanha.

A entrevista foi concedida nesta quarta-feira (23/11) em Berlim, durante a conferência "América Latina em Transformação", promovida pelo Ministério do Exterior da Alemanha.

DW Brasil: Qual foi o intuito do Ministério do Exterior da Alemanha ao organizar, em Berlim, a Conferência "América Latina em Transformação"?

Guido Westerwelle: A América Latina é um continente de grande dinamismo e importância estratégica para a Alemanha e a Europa. A América Latina é, ao mesmo tempo, um continente subestimado e um continente com grandes potenciais. Isso vale não só para a cooperação econômica, mas se aplica explicitamente no que diz respeito à cooperação política. Neste nosso mundo em transformação, novos centros de poder estão surgindo, e a América Latina e o Caribe, sem dúvida, fazem parte deles.

Assim como o Brasil, a Alemanha está lutando por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Mas o Brasil se absteve por exemplo, na votação de uma resolução contra a Síria na Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, e prefere o diálogo com o Irã ao invés do uso de uma maior pressão sobre a república islâmica. Uma potência emergente como o Brasil não deveria se posicionar mais claramente em defesa dos direitos humanos?

 
O Brasil e a Alemanha não estão unidos apenas pelo desejo comum de assumir mais responsabilidades no Conselho de Segurança, como também na avaliação comum de que um Irã com armas nucleares é algo inaceitável. Cooperamos de forma muito estreita e afinada em muitas questões, também no Conselho de Segurança da ONU, e o próprio fato de o Brasil atuar de forma tão determinada também na política mundial mostra que o mundo do século passado foi superado de forma irreversível.

O Brasil é uma potência, é um país que, internacionalmente, se desenvolve de forma muito dinâmica, não só economicamente, mas também está ganhando cada vez mais influência política. O discurso de abertura da nova presidente do Brasil na Assembleia Geral das Nações Unidas foi muito impressionante e definiu prioridades que estimamos muito. E dá para perceber que as nossas posições culturais comuns, principalmente no que diz respeito à proteção da privacidade, à individualidade, aos direitos humanos e civis, também nos unem.

Os países do Brics, incluindo o Brasil, ofereceram ao FMI ajuda financeira para lidar com a crise da dívida europeia. Como os países do Brics podem ajudar?

Temos uma crise na Europa e vamos superá-la. E ficamos satisfeitos com a interconexão econômica mundial, que se amplia constantemente. Só entre os anos 2005 e 2010, o intercâmbio comercial entre Brasil e Alemanha aumentou 60%, ou seja, quase três vezes mais que em outras regiões comparáveis ​nesse mesmo período. E a maior comunidade econômica alemã fora da Alemanha fica em São Paulo. Isso, por si só, já mostra que o estreito intercâmbio econômico e a estreita cooperação política são de interesse mútuo.

Com a minha política externa, quero manter, claro, as velhas amizades e parcerias: as alianças europeias, a aliança transatlântica. Mas também quero que os novos centros de poder no mundo ganhem mais nossa atenção. O mundo como ele era na minha juventude não existe mais.

A América Latina da minha juventude era muitas vezes associada a temas como ajuda ao desenvolvimento, e hoje vemos que três países latino-americanos estão conosco no G20, sentados à mesma mesa, em pé de igualdade. Isso mostra que na Europa devemos repensar certos conceitos e que devemos construir o quanto antes novas alianças estratégicas e parcerias, e a América Latina desempenha um papel-chave nisso.

Nos campos da ciência e da cultura, o Brasil e a Alemanha têm uma estreita cooperação, como prova o Encontro Econômico Brasil-Alemanha, um fórum importante, que é realizado anualmente. O senhor acha que as intensas relações bilaterais entre os dois países são percebidas pela opinião pública?

A opinião pública e as discussões públicas ainda se encontram bastante defasadas em relação à situação real. Há muito tempo olhamos de forma muito interessada para a Ásia e para a dinâmica do continente, e damos muito pouca atenção à América Latina e às jovens sociedades que ali emergem e ascendem.

Quando na Alemanha falamos sobre desenvolvimento demográfico, geralmente nos lembramos da nossa estrutura etária envelhecida e das necessidades relacionadas com os sistemas de segurança social.

Quando falo de desenvolvimento demográfico, refiro-me ao desenvolvimento demográfico do mundo e uma grande porcentagem de pessoas na América Latina, especialmente no Brasil, é jovem, eles são ambiciosos, dinâmicos, arrojados e, portanto, também é importante que nos unamos e mantenhamos nossas estreitas amizades e fundemos parcerias estratégicas, fundamentadas em nossas raízes culturais e históricas.

Fonte: Deutsche Welle
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Empresas brasileiras visitam a Suécia para discutir cooperação na produção de armas navais

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A BAE Systems reafirmou seu compromisso de cooperação com a indústra de defesa do Brasil com a recente visita que organizou para receber as empresas paulistas Atmos Sistemas e Friuli Aeroespacial.

Representantes das duas empresas brasileiras de defesa visitaram as instalações de armas navais da companhia em Karlskoga, Suécia, para discutir uma potencial cooperação industrial e transferência de tecnologia. Eles conheceram a linha de montagem de armas navais e a mais recente versão Mk4 do avançado Bofors 40mm. 

As três empresas planejam maior cooperação para a nova arma naval 40 Mk4 40. Com isto, determinadas peças mecânicas poderiam ser fabricadas pela Friuli Aeroespacial, além de a montagem e teste da arma feita pela Atmos Sistemas no caso de qualquer aquisição feita pelo Brasil.

"Estou muito impressionado com as capacidades de fabricação da BAE Systems e pela vontade de cooperar com empresas como a nossa", disse Claudio Carvas, diretor executivo da Atmos Sistemas.

"A última versão Mk4 da nossa altamente apreciada arma naval de 40 milímetros é mais leve e tem menor custo que as versões anteriores", diz o Diretor de Sistemas Integrados de Armas GCS da BAE Systems. "Ela dispara nossas versáteis munições 3P que possuem seis modos diferentes de operação para permitir que uma arma atinja uma ampla gama de alvos diferentes em missões que vão desde a manutenção da paz até o combate".

A BAE Systems Bofors está envolvida com a indústria de defesa brasileira há alguns anos na produção licenciada de suas armas de 40mm.

"A BAE Systems Bofors está entusiasmada para trabalhar ainda mais estreitamente com a indústria brasileira para transferir tecnologia e habilidades. Esta visita à Suécia ilustra o nosso compromisso", acrescenta.

O escritório da BAE Systems no Brasil anteriormente já ofereceu suporte às Forças Armadas brasileiras com o fornecimento canhões navais, radares e veículos blindados.

Fonte: Bae Systems
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Brasil negocia acesso a software de submarino nuclear

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O Brasil pode obter a transferência de tecnologia dos softwares do submarino nuclear que vai construir em parceria com a França. A afirmação é do presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Mazoni. A transferência da tecnologia não está prevista no acordo, mas, segundo Mazoni, os diálogos "estão indo bem nesse sentido" e o Brasil deve obter o acesso aos códigos fonte que controlam o equipamento. "É certo que [o Brasil] consegue".

Mazoni afirma que o Serpro só entrou na discussão acerca da transferência da tecnologia dos softwares utilizados no submarino no ano passado, quando houve as primeiras reuniões de cooperação técnica com a França na área de supercomputação. A partir daí, os técnicos brasileiros passaram a dar atenção à questão dos softwares do submarino. "Eles dizem que o produto é aberto, nós queremos ver o produto, transferir conhecimento", diz Mazoni.

Ter acesso ao códigos dos softwares, afirma o presidente do Serpro, é fundamental para saber como o submarino funciona. Os militares brasileiros, diz Mazoni, estão preocupados com a transferência de conhecimento de softwares dos equipamentos que adquire. "Nós temos uma boa parceria com o Ministério da Defesa e, hoje, a própria Marinha e o Exército brasileiros estão bastante avançados, inclusive no [uso] de software de código aberto", diz.

Esse tipo de preocupação na área de segurança não é exclusividade do Brasil, afirma Mazoni. Um exemplo, diz ele, é o exército alemão, que só compra equipamentos eletrônicos com softwares de código aberto. "[Na Alemanha] as Forças Armadas não usam produtos vindos dos Estados Unidos".

Para Julio Neves, assessor da presidência do Serpro, "software livre também é soberania". Ele exemplifica a importância de se ter livre acesso aos códigos de equipamentos militares com um caso da Guerra do Golfo, ocorrida na década de 90. Durante o bombardeio do Iraque por forças americanas, um vírus instalado nos sistemas de radares de defesa iraquianos apagou as telas dos equipamentos. Sem conseguir ver os aviões inimigos nos radares, os militares iraquianos ficaram sem defesa contra o bombardeio. Segundo Neves, acredita-se que "os equipamentos já foram comprados com o programa".

Outro caso famoso ocorreu durante a Guerra das Malvinas, entre a Argentina e o Reino Unido. No conflito que durou de abril a junho de 1982 os militares argentinos atacaram as embarcações inglesas com o míssil anti-navio francês Exocet. Após o primeiro afundamento, a França entregou aos ingleses o código que permitia que os mísseis fossem guiados por ondas de rádio, diminuindo a eficiência dos ataques argentinos.

O acordo entre Brasil e França para a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha, orçado em € 6,7 bilhões. Além do equipamento nuclear, o programa prevê a construção de quatro submarinos com tecnologia francesa. Os equipamentos serão fabricados no Brasil com supervisão francesa. O acordo prevê transferência de tecnologia.

Com a construção do equipamento, o Brasil entrará no restrito grupo de países capazes de projetar, construir e operar submarinos de propulsão nuclear. Atualmente, apenas Estados Unidos, Rússia, Inglaterra, França e China têm tal capacidade.

Sobre os planos do governo brasileiro em adquirir 36 novos caças para a Força Aérea, Mazoni assegura a cooperação do Serpro: "Vamos estar juntos". O presidente do Serpro participou do Cyber Security International Forum, realizado ontem no Rio.

Fonte: Valor Econômico
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Embraer perto de contrato nos EUA

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O Super Tucano, avião de ataque leve e apoio próximo à tropa terrestre, da Embraer, está bem perto de levar o contrato da Força Aérea americana, a USAF, para o fornecimento inicial de 15 a 20 aeronaves. A encomenda vale cerca de US$ 250 milhões. O benefício maior, entretanto, é a certificação dos Estados Unidos para um produto brasileiro de considerável valor agregado e de emprego militar.

O mercado internacional para essa classe de equipamento é avaliado em US$ 3,5 bilhões, envolvendo 300 aeronaves a serem adquiridas até 2020.

A posição da Embraer Defesa e Segurança na disputa pelo programa Light Attack Air Suport (LAS) melhorou muito com a exclusão do outro finalista, o AT-6, da Hawker Beechcraft, afastado da competição na semana passada. A empresa, de Wichita, no Estado do Kansas, reagiu à decisão com perplexidade.

Em nota, disse que recebeu a informação por carta, "embora tenha trabalhado por dois anos com a USAF (no programa)". No mesmo comunicado, a Hawker Beechcraft se diz "preocupada e confusa" com o fato de a correspondência da USAF "não oferecer qualquer justificativa para a resolução". A Embraer não comentou o episódio.

O fabricante americano acumula dificuldades. Exigência do LAS, o avião apresentado não pode estar em fase de desenvolvimento. Na nota, a Hawker destaca que fez investimentos de US$ 100 milhões, "preparando o atendimento aos requisitos da Força". Porém, o avião nunca entrou em combate e só recentemente pôde realizar os testes iniciais com bombas inteligentes, guiadas a laser, no Arizona, de 28 de setembro e 5 de outubro. O grupo divulgou que está pedindo explicações à USAF e que vencer a escolha permitiria gerar 1,4 mil empregos em 20 Estados americanos.

Já o Super Tucano está em produção desde 1999, ano do primeiro voo. Entrou em operação em 2004 - sete nações adotaram o turboélice. Os pedidos em carteira somam 180 unidades. As entregas batem em 152 aviões.

Em outubro, o modelo foi certificado pela FAA, a agência americana que regula o setor aeronáutico nos Estados Unidos. O Emb-314, nome oficial do Super Tucano, foi provado em ação. Acumula 18 mil horas de combate sem perdas. A Embraer tem, a seu favor, outro fator estratégico: mantém uma parceria com a corporação Sierra Nevada para fabricar o Super Tucano em Jacksonville, na Flórida, em complexo industrial próprio.

A decisão do Departamento de Defesa, o Pentágono, deve sair no começo de 2012. O interesse dos americanos é por um avião capaz de oferecer apoio à tropa em terra. Os caças pesados são caros. O gasto com a operação, alto. A hora de voo do supersônico F-16E não sai por menos de US$ 6,5 mil, contra apenas US$ 500 do Super Tucano. Mais que isso, o avião brasileiro leva carga eletrônica embarcada equivalente, e cumpre a missão de contrainsurgência, ataque leve, interceptação de alvos de baixo desempenho e a instrução avançada, com alto rendimento.

O batismo de fogo foi em 18 de janeiro de 2007. Dois esquadrões de Super Tucanos da Força Aérea da Colômbia despejaram 4,5 toneladas de explosivos sobre as instalações de um comando das Forças Armadas Revolucionárias, as Farc. Em março de 2008, um número não revelado de aviões bombardeou um acampamento das Farc localizado pela inteligência colombiana em território do vizinho Equador. No começo do mês, oito Super Tucanos da Operação Odisseia lançaram um novo tipo de bomba de precisão na base do comandante da guerrilha, Alfonso Cano.

Investigação. Apesar de estar perto de vencer a disputa, a Embraer pode enfrentar problemas nos EUA. A empresa está sendo investigada pela SEC (a CVM americana) por possível descumprimento das leis contra prática de corrupção no Exterior.

Fonte: Estadão
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Verdades do Brasil

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Vou declamar as verdades que ninguém quer ver
Crianças sem escolas, pessoas pelas ruas pedem esmolas
Políticos no senado roubam milhões
Pessoas acreditam que um dia haverá solução
Mas eu vejo que todos acreditam nas mentiras que o presidente diz
Quando não se guiam pelo que a imprensa corrompida tem a proclamar
As verdades cada dia estão mais ocultas de nosso povo tão sofrido
As verdades que um dia poderá nos libertar

Vou proclamar em meus versos toda minha indignação
Milhões jogados fora em tanta corrupção
A saúde abandonada, as crianças não têm mais amanhã
Nas escolas o futuro é sepultado com professores desmotivados
O ensino cada vez mais debilitado faz crescer o número de analfabetos diplomados
Apenas criando currais eleitorais com as demagogas políticas sociais
Esmolas disfarçadas, um meio de iludir toda uma nação
Que paga caro por todo erro de nossa omissão

Estou cansado de ser tão brasileiro, de ser tão passivo diante de tantos erros
Estou cansado de me manter tão calado, passivo de mãos atadas e boca amordaçada
Estou cansado de ver como caminhamos a cada dia pra tamanha degradação
Nossa policia esta tão corrompida como um reflexo de nossa política e nossa nação
Não sabemos mais em quem acreditar, ou se um dia tudo pode mudar
Leis cada dia mais voltadas contra nós
O nosso defensor onde estará? Pois me vejo rodeado por lobos

E vou mais uma vez declamar as verdades que quero mudar
Crianças se perdem com armas e drogas, numa sociedade tão hipócrita
Onde criminalizam a pobre população, onde não dão chances reais
Apenas nos iludem com programas sociais, mas eu quero mais
Quero poder aprender, quero poder ensinar, quero poder lutar
Não basta uma escola que dá diploma sem formação
Não quero cotas em faculdades, quero o direito para qualquer um estudar
Não espero as sobras da hipocrisia que me negam espaço na mídia
Que me calam a voz, que me criminalizam em cada esquina
Não quero a revolta destrutiva que a muitos traga para uma vida tão efêmera
Não quero ser o que a sociedade elitista quer me tornar
Um escravo obediente ou um criminoso procurado

Em meus versos quero apenas declamar a toda minha nação
 A dor que trago em meu coração por toda verdade que não consigo expressar
Por toda realidade que a sociedade insiste em negar
Por toda oportunidade que me negam dar
Sou apenas um brasileiro, sou um Brasileiro
Sou o Brasileiro, como o povo que todos insistem em explorar
Sou o Brasileiro que não vai se calar, mesmo que armas possam me matar,
Sou o Brasileiro que não vai se calar, mesmo que tentem me desacreditar
Sou o Brasileiro que não vai se calar enquanto não se fizer escutar


Por Angelo D. Nicolaci - Editor e fundador do GeoPolítica Brasil, cursa Relações Internacionais pela UCAM, conduz análises sobre segurança pública, segurança nacional, geopolítica mundial e regional. Nacionalista e amante da Pátria Mãe Brasil
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EUA rejeitam mudar escudo antimísseis apesar de alerta da Rússia

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O governo dos Estados Unidos descartou nesta quarta-feira modificar seus planos sobre o escudo antimísseis na Europa, apesar das advertências expressas pelo presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, em comunicado televisionado.
"Não vamos de nenhuma maneira limitar ou mudar nossos planos de desdobramento na Europa", ressaltou um comunicado o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Tommy Vietor. Por sua parte, um porta-voz do Pentágono, o capitão John Kirby, negou que o escudo antimísseis seja "uma ameaça" para a segurança da Rússia, de acordo com o canal de televisão Fox.

Medvedev anunciou que mísseis poderiam ser posicionados nas fronteiras da União Europeia se os EUA mantiverem seu plano de um escudo antimísseis. Em uma declaração televisionada, ele afirmou que os "sistemas de armas modernas" poderiam ser instalados em Kaliningrado se a Rússia, os EUA e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) fracassarem em chegar a um acordo.

Além disso, ele afirmou que Moscou poderia sair do novo Start (Tratado de Redução de Armas Estratégicas) que alcançou com Washington no ano passado. Os dois assinaram o tratado, que tem o objetivo de reduzir os arsenais nucleares - em abril de 2010, e o acordo foi ratificado em dezembro pelo Senado americano. A Rússia, por sua vez, o aprovou no Parlamento em janeiro.

Vietor ressaltou que "por múltiplos canais explicamos às autoridades russas que os sistemas de defesa antimísseis que planejamos desenvolver na Europa não são uma ameaça". "Os EUA foram abertos e transparentes com a Rússia sobre nossos planos de defesa antimísseis na Europa, que são reflexo de uma crescente ameaça para nossos aliados procedente do Irã que nos comprometemos a dissuadir", frisou o porta-voz governamental.

Além disso, Vietor indicou que os EUA seguem acreditando que a cooperação com a Rússia sobre a defesa antimísseis poderá melhorar a segurança de ambos países e de seus aliados na Europa.

No último dia 12 de novembro, Medbedev e Obama se reuniram no Havaí à margem da cúpula dos 21 sócios membros do Fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) e voltaram a manifestar suas profundas divergências em relação ao escudo antimísseis. Medvedev disse que ambos os países continuam sua busca de possíveis soluções, mas que as posturas seguem afastadas.

Para a administração americana, o escudo tem objetivo de fornecer proteção contra a possível ameaça de mísseis de países como o Irã. Inicialmente, sob os planos da era Bush (2001-2009), a intenção inicial dos EUA era posicionar grandes seções de sua defesa na Polônia e na República Checa. Mas, em meio à vigorosa objeção russa, o presidente Barack Obama mudou o planejamento. Apesar disso, Moscou não está satisfeito de que os planos revistos não representem uma ameaça a seus interesses.

Também na terça-feira os EUA anunciarem que não compartilharão mais informações com a Rússia sobre as forças militares não nucleares na Europa. A informação vinha sendo fornecida ao governo russo sob o CFE, sigla em inglês para tratado sobre forças convencionais na Europa.

A Rússia suspendeu seu respeito ao tratado em 2007, mas Washington permaneceu fornecendo dados enquanto continuaram as negociações sobre uma defesa de mísseis. Analistas dizem que a medida dos EUA é amplamente simbólica, embora o Departamento de Estado americano tenha afirmado que seu objetivo era trazer a Rússia de volta à mesa de negociações.

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China anuncia manobras navais no Pacífico após aumento de tensão com EUA

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O Ministério da Defesa da China anunciou nesta quinta-feira a realização de exercícios militares navais em águas do Oceano Pacífico nos próximos dias, após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, divulgar no último dia 16 o aumento da presença militar americana na Austrália, o que irritou as autoridades de Pequim.

Em um breve comunicado, o ministério chinês esclareceu que os exercícios anunciados serão manobras de rotina, "não dirigidas contra nenhum país ou alvo em particular", mas os analistas destacam a coincidência temporal dessas ações com as crescentes tensões da China com os Estados Unidos.

O Ministério da Defesa chinês não especificou o local exato das manobras, nem quantos navios participarão. A emissora de televisão japonesa "NHK" informou que seis navios da Marinha chinesa, entre eles um destróier antimísseis, foram detectados perto das ilhas de Okinawa, em direção ao Pacífico.

"Pequim está muito descontente por ver os EUA envolvidos nas disputas territoriais no Mar da China Meridional, desafiando nossa soberania territorial em aliança com o Vietnã e Filipinas", comentou ao jornal "South China Morning Post" o analista chinês em assuntos militares Ni Lexiong, após o anúncio das manobras.

Na semana passada, Obama realizou uma longa viagem pelo Pacífico, que incluiu sua participação em duas cúpulas, a da Apec, no Havaí, e a da Ásia Oriental, em Bali, onde aproveitou para dizer que as missões norte-americanas seriam uma prioridade na política de defesa do Pentágono (Departamento de Defesa americano).

Na Austrália, uma das escalas da viagem, Obama anunciou que 2,5 mil marines (fuzileiros navais) americanos seriam destacados ao norte do país para ampliar a presença estratégica dos EUA no Pacífico ocidental.

O anúncio motivou críticas da China, que classificou a medida como inoportuna, num momento em que, segundo Pequim, todos os países devem trabalhar juntos para sair da crise econômica.

O Mar da China Meridional, principal foco de tensões na região, abriga as ilhas Spratly e Paracel, reivindicadas pela China e outros países da área, junto ao que se acredita ser uma das maiores reservas mundiais de petróleo, ainda não exploradas.

Filipinas e Vietnã, outros dois países que reivindicam parte desses arquipélagos, acusaram a China neste ano de aumentar as hostilidades na região.

A China acusa os EUA de manterem uma "mentalidade da Guerra Fria" e pede às partes em conflito no Mar da China Meridional que negociem diretamente com Pequim, sem internacionalizar a questão, o que não impediu que o assunto fosse levado por Obama à mesa multilateral de Bali na semana passada, na Cúpula da Ásia Oriental.

O ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, se reuniu nesta quarta-feira com a subsecretária de Estado americana, Wendy Sherman, a quem pediu que os dois países "devolvam as relações bilaterais ao caminho correto". "China e EUA devem respeitar mutuamente seus respectivos interesses e lidar adequadamente com assuntos sensíveis", destacou.

Fonte: EFE
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AT-6B Texan II pede pra sair, Super Tucano é o único finalista da disputa nos EUA

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EMB-314 Super Tucano único Finalista do LAS
 A USAF tem avaliado a aquisição de uma aeronave de ataque leve, onde entre os concorrentes estavam o Hawker Beechcraft-AT-6B Texan II e o Embraer EMB-314 Super Tucano. Mas as últimas notícias sobre o programa Light Air Support (LAS) anunciam a desclassificação do AT-6B Texan II, o que deixa o EMB-314 Super Tucano como único finalista.

 O AT-6B estava competindo com Super Tucano da Embraer para um contrato de Força Aérea dos EUA para fornecer até 20 aeronaves de apoio aéreo leve, e operações de contra-insurgência,  à força aérea afegã e podendo chegar ao número de 100 aeronaves para própria USAF. Há dois meses atrás, relatou que a decisão deveria sair este mês sobre qual avião forneceria aos afegãos.

A Hawker diz que ainda não tem idéia por que seu avião foi desclassificado da competição há algumas semanas e está solicitando uma revisão formal do assunto a partir do Government Accountability Office (GAO).

Aqui está um release da Hawker lançado sobre o assunto:

Após a notificação na semana passada que a Hawker Beechcraft Corporation (HBC) foi excluída do processo de licitação do programa Apoio Aéreo Leve (LAS) , a empresa solicitou que o Government Accountability Office (GAO) reavalia-se a decisão da Força Aérea. A empresa emitiu a seguinte declaração sobre essa ação:

"Ontem, recebemos a notificação de que a Força Aérea dos Estados Unidos negou o nosso pedido formal para uma segundo avaliação. Como resultado, nós ainda não temos informações sobre o motivo do Beechcraft AT-6 Texan II ter sido excluído da competição Light Air Support. Continuamos a acreditar que oferecemos a aeronave de ataque mais capaz, acessível e sustentável, segundo a solicitação da Força Aérea para a proposta. A exclusão da HBC da competição para este importante contrato parece neste momento ter sido feita sem base no processo ou fatos. Estamos muito interessados ​​em saber mais sobre a decisão e esperamos os resultados da análise do GAO. "

A Força Aérea está sendo bastante pressionada sobre o assunto além de confirmar que o anuncio do contrato acontecerá no final de novembro ou começo de dezembro.

"A Força Aérea continua em estreito contato com todos os participantes da competição LAS. Devido à continuidade do processo de seleção, não podemos comentar sobre o status de qualquer uma das propostas. Prevemos anunciar o contrato no final novembro ou início de dezembro. Teremos mais informações uma vez que todas as ofertas tenham sido avaliados para a próxima fase do contrato", disse
a porta-voz da Força Aérea Jennifer Cassidy .



Fonte: Defensetech
Tradução: Angelo D. Nicolaci
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