sábado, 8 de outubro de 2011

Países emergentes ou BRICS forte?




Com a crise internacional, os países tido como emergentes foram os que conseguiram sustentações mais efetivas. A economia nunca será uma ciência exata. As últimas crises internacionais mostraram de formas racional e irracional o quanto os mercados têm direções distintas, e, o mais interessante, com problemas individuais mas que ao mesmo tempo geram problemas globais.

O conceito de emergente para países do chamado Segundo Mundo, por exemplo, e o BRICS é um conceito piegas demais para mostrar o caminho real de crescimento, mas com suas ressalvas sobre os conceitos de sustentabilidade econômica e produtiva, e também a perenidade deste crescimento, em prol do mundo, e não somente de uma parte do mundo, considerando as realidades econômicas de outros blocos, e até mesmo da Europa.

Os países do BRICS não são emergentes, são países fortes, mas com problemas internos também fortes. Emergente parece algo que ainda está em um processo de se manter, e com a crise internacional os países tido como emergentes foram os que conseguiram sustentações mais efetivas.

Por exemplo, o maior problema para a China não pode ser avaliado sob a ótica da crise na Europa, ou até mesmo nos Estados Unidos, mas sim o contexto de sua inflação. O Brasil pode sofrer com o recuo de exportações de commodities para os países mais desenvolvidos, mas a sua economia interna precisa ser mais bem regulada, considerando o grande ponto de crescimento da mesma. A Rússia amplia sua participação integrada de força e oferta de energia em um contexto multipolar, considerando sua presença em dois continentes. A Índia amplia sua participação no processo de inovação e tecnologia, sem contar uma alta demanda de consumo de commodities. E a África do Sul aparece como o novo ser de integração fora do eixo Europa-EUA, e um novo ponto de reflexão e visão sobre o continente africano.

E o mais interessante, mesmo com a crise, o BRICS demonstra que emergente está bem longe de sua realidade, pois o comércio será a principal agenda, considerando o aumento de demanda sobre commodities, tecnologia e conhecimento. E no bloco isso tudo é matéria-prima essencial. E, o principal, além de fornecedor o bloco é consumidor, assim a relação de equilíbrio é contínua, mas, claro, dependerá de como a intensidade de relações entre os países que formam o bloco sejam trabalhadas, ou até mesmo positivadas.

Em tempos de crise é fácil provocar e aceitar que os países que mais crescem neste mundo sofrerão as consequências dos problemas dos EUA e da Europa.

Hoje nós temos um BRICS forte, eles serão as soluções do século XXI, considerando inclusive todo potencial de comércio e relações internacionais. Mas devemos ter ciência que o bloco e o mundo devem atender: aumentar as demandas de conhecimento e formação; aumentar as relações diplomáticas entre os países do bloco, e principalmente entre China, Rússia e Brasil; aproximar as culturas do BRICS; ampliar o dialogo entre as potências.

Com certeza teremos uma nova visão sobre países fortes e outros países que não estão no BRICS.

Fonte: Diário da Rússia
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