A Eurozona não ficará sem munições se a Eslováquia rejeitar definitivamente o fundo de resgate europeu, mas será privada de uma de suas principais armas para combater e evitar um contágio da crise da dívida.
Estes seriam os possíveis cenários caso a Eslováquia torne-se o único dos 17 países da Eurozona a dizer não ao reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) decidido em uma cúpula do bloco no dia 21 de julho.
- A capacidade efetiva dos empréstimos do FEEF não aumentaria para 440 bilhões de euros, e permaneceria em torno dos 250 bilhões atuais, muito insuficientes caso a Eurozona tenha que resgatar países como Itália e Espanha, terceira e quarta economias europeias.
- Aumentariam os riscos de contágio da crise, já que o Fundo não poderia comprar dívida dos países em problemas nos mercados secundários, onde circulam os títulos já emitidos. Também não poderia oferecer créditos aos países que precisassem de ajuda para recapitalizar seus bancos e prepará-los para uma suspensão de pagamentos da Grécia.
- Dessa maneira, o Banco Central Europeu (BCE) receberia todo o peso dos problemas da crise da dívida.
- Uma rejeição da Eslováquia, por fim, colocaria em dúvida todas as decisões tomadas na cúpula de julho para encontrar uma saída rápida para a crise da dívida, entre elas um segundo pacote de ajuda no valor de 160 bilhões de euros para a Grécia, que inclui uma forte participação do setor privado.
Fonte: AFP
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