Jordânia e Turquia exigiram nesta quarta-feira ao regime do ditador sírio, Bashar al Assad, que ponha fim a repressão aos civis no país e adote todas as reformas políticas requisitadas. Estimativas das Nações Unidas apontam que o governo já matou mais de 3.300 pessoas em seus esforços para conter os protestos.
Realizada em Amã, a chamada foi divulgada pelos ministros de Relações Exteriores turco e jordaniano, Ahmet Davutoglu e Nasser Judeh, respectivamente, que se reuniram com o rei Abdullah 2º da Jordânia.
Em entrevista coletiva conjunta, Davutoglu expressou o apoio da Turquia às reivindicações dos manifestantes sírios, que desde março pedem a queda do regime de Assad.
O ministro de Relações Exteriores turco pediu "o fim das operações militares em todas as cidades da Síria, a retirada das tropas e a execução das mudanças políticas necessárias".
Por sua parte, Judeh afirmou que a Síria sofre "circunstâncias difíceis e lamentáveis", indicando que a reunião desta quarta buscava "acabar com o derramamento de sangue e garantir a segurança e a estabilidade".
Judeh destacou que suas conversas com o colega turco também abordaram a visita de uma delegação da Liga Árabe até Damasco, definida como "uma tentativa de encontrar uma solução para a crise da Síria".
Os dois ministros também expressaram o respaldo de seus países à solução do conflito palestino-israelense sobre a base de dois Estados, que prevê a criação de um Estado palestino independente que consiga viver em paz com Israel.
Neste sentido, o ministro de Relações Exteriores da Turquia advertiu que a situação no Oriente Médio poderia "se deteriorar ainda mais", uma vez que a comunidade internacional não exerce "uma forte pressão" sobre Israel para que o país aceite a criação de dois Estados dentro do período de um ano.
Fonte: EFE
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