quinta-feira, 29 de setembro de 2011

União Europeia propõe nova resolução contra a Síria na ONU



Manifestantes tomam as ruas de Homs


Países da União Europeia propuseram uma nova resolução contra a Síria na ONU. O texto descarta sanções imediatas contra Damasco, mas considera usá-las apenas se as forças de segurança sírias não interromperem a repressão contra os manifestantes que tentam derrubar o regime do ditador Bashar Assad.

Considerado mais brando, o texto busca conquistar o apoio da China e da Rússia, tradicionais aliados da Síria que rejeitam sanções contra o país.

A nova resolução foi apresentada por Reino Unido, França, Alemanha e Portugal, e conta com o apoio dos Estados Unidos. A expectativa dos diplomatas é que ela seja votada até o final desta semana.

A resolução "exige o fim imediato de toda a violência", segundo consta em cópias do documento obtidas por agências de notícias.

Diz ainda que o Conselho de Segurança "expressa sua determinação, no caso de a Síria não cumprir esta resolução, de adotar medidas específicas, incluindo sanções".

"Queremos mandar uma mensagem forte e unificada para assegurar que o regime de Assad não continue surdo às demandas da comunidade internacional", disse um diplomata europeu à Reuters.

Em agosto, Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Portugal apresentaram um projeto de resolução com pedido de sanções contra o ditador Assad, membros de sua família e colaboradores do regime.

Entretanto, a Rússia e a China, membros permanentes do Conselho de Segurança e, portanto, com poder de veto, ameaçaram rejeitar qualquer sanção contra a Síria.

Outras nações emergentes, como Brasil, África do Sul e Índia, também se opõem às sanções.

Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse na Assembleia Geral das Nações Unidas que os países dos Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul--, acusados pelos Estados Unidos e União Europeia de impedir as sanções, não querem violência, mas buscam soluções multilaterais aos problemas na Síria.

REPRESSÃO

Enquanto diplomatas tentam encontrar uma solução para a crise, a repressão no país continua. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, baseado em Londres, informou pelo menos seis civis foram mortos e outros 20 ficaram feridos na terça-feira (27) pelas forças do regime de Assad.

Segundo estimativas das Nações Unidas, ao menos 2.700 pessoas morreram na Síria desde o início dos protestos.

OPOSIÇÃO

O grupo oposicionista Conselho Nacional Sírio anunciou que planeja organizar um encontro em Istambul no próximo fim de semana para tentar unificar a coalizão fragmentada, segundo informou aos jornalistas o porta-voz Bassma Kodmani.

Criado em agosto, o conselho é formado por 140 pessoas. Metade deles vivem na Síria e os seus nomes não foram divulgados por razões de segurança.

Fonte: Folha
Share this article :

0 comentários:

Postar um comentário

 

GBN Defense - A informação começa aqui Copyright © 2012 Template Designed by BTDesigner · Powered by Blogger