A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu nesta segunda-feira que a China apoie uma forte ação do Conselho de Segurança contra a Síria, durante uma reunião com o ministro das Relações Exteriores chinês Yang Jiechi, informou uma autoridade americana.
Sua conversa "está relacionada com a necessidade de uma forte resolução do Conselho de Segurança da ONU que pede o fim da violência", disse à imprensa um funcionário do Departamento de Estado que pediu para não ser identificado.
"Creio que seja justo dizer que o ministro de Relações Exteriores chinês, Yang, compreendeu e apoiou a ideia de que o Conselho de Segurança seja mais ativo, e eles aceitaram que nossos embaixadores trabalhem nisso nos próximos dias", disse o funcionário.
Ao se dirigir à Assembleia Geral da ONU na quarta-feira, o presidente americano Barack Obama pediu sanções do Conselho de Segurança contra a Síria, dizendo que não há desculpa para a inação enquanto o governo sírio tortura e mata pessoas.
Mas altos funcionários dos Estados Unidos disseram que a conversa de Hillary e Yang foi mais ampla do que o tema das sanções.
Os aliados ocidentais dos Estados Unidos se uniram a Washington para impor sanções à Síria, mas Rússia e
China ameaçaram vetar uma resolução do Conselho de Segurança nesse sentido.
China, Rússia, Estados Unidos, Reino Unido e França são os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, com direito a veto.
SANÇÕES
Na sexta-feira (23), a União Europeia decidiu endurecer suas sanções contra o regime sírio e, entre outras medidas, proibiu novos investimentos no setor petrolífero.
"As medidas restritivas têm o objetivo de ter o máximo impacto contra o regime sírio e, ao mesmo tempo, evitar os efeitos negativos à população síria", afirmou a chefe de diplomacia da UE, Catherine Ashton.
As novas medidas foram aprovadas pelos 27 membros do bloco e entraram em vigor no sábado.
Na quarta-feira, havia relatos de que novas sanções contra a Síria, que incluiriam a proibição de investir no setor petroleiro e de fornecer moedas e notas ao seu banco central, seriam impostas, após ser alcançado em Bruxelas um acordo sobre novas medidas contra o regime de Bashar Assad para que ponha fim à brutal repressão da revolta da oposição iniciada em meados de março.
A ONU estima que, desde o início dos protestos pela saída de Assad do poder, morreram ao menos 2.700 pessoas, dado negado pelo regime.
Fonte: Folha
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