Soldado patrulha rua de Turkhan no Afeganistão |
O Afeganistão ficou mais inseguro em 2011, com um drástico aumento nos incidentes de segurança e um número maior de mortes de civis, desalojados e ataques suicidas, disse um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta quarta-feira.
O número de incidentes registrados durante os primeiros oito meses do ano foi quase 40 por cento maior do que no mesmo período de 2010.
Embora dois terços dos casos estejam concentrados no sul e no sudeste, os ataques suicidas tornaram-se mais comuns fora dessa área. A região central é responsável por um em cada cinco casos.
O número de ataques suicidas complexos subiu 50% neste ano até agora em comparação com o ano anterior e representa uma proporção maior de todos os ataques suicidas.
As mortes de civis, que já registravam níveis recordes no primeiro semestre, subiram 5% no período de junho a agosto em comparação com o ano passado, com os insurgentes relacionados a três quartos das mortes e ferimentos.
A Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), liderada pela Otan, informou que contesta os achados do relatório e forneceria dados próprios na quinta-feira, mas não deu mais detalhes.
"Seguindo-se à avaliação inicial, a Isaf considerou (o relatório) inconsistente com os dados que coletamos", disse o porta-voz da Isaf, Jimmie Cummings, em comunicado.
O relatório apresentado ao Conselho de Segurança da ONU pelo secretário-geral Ban Ki-moon salienta os desafios enfrentados pelo governo do Afeganistão e pela coalizão liderada pela Otan, que iniciou a transferência gradual da responsabilidade pela segurança à polícia e ao Exército afegão em julho.
Ele disse que áreas de transição, que incluem as províncias de Bamiyan e de Panjshir e a cidade de Lashkar Gah, no sul do país, "continuam a enfrentar uma insurgência resistente que tenta contestar a capacidade das forças afegãs."
Foi registrado um total de 1.841 mortes e ferimentos de civis entre junho e agosto. Desses, 282 casos, 12% são atribuídos às forças afegãs ou estrangeiras.
Os ataques aéreos foram a principal causa de mortes pelas forças de coalizão, matando 38 civis em julho, o maior número registrado em um mês desde fevereiro de 2010, disse o relatório
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