sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Seae recomenda aprovação da fusão entre TAM e Lan



A maior companhia aérea da América Latina e uma das dez maiores do mundo recebeu ontem o primeiro sinal do governo brasileiro de que poderá operar sem problemas. O Ministério da Fazenda não identificou obstáculos na união entre a chilena Lan e a brasileira TAM, que anunciaram o negócio há um ano, se transformando na Latam Airlines. Por isso, recomendará ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que aprove a operação sem restrições.

Na realidade, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério até encontrou problemas de concentração de mercado, que ultrapassaria a marca de alerta de 20% do setor após a união. A avaliação dos técnicos, porém, é que, apesar dessa sobreposição de linhas, há espaço para que outras empresas comecem a operar nessa área e até mesmo que a simples ameaça de uma nova rival já seja suficiente para manter a concorrência dos preços.

No caso do transporte de passageiros, foi identificado que as duas companhias têm rotas ligando São Paulo a Santiago (Chile), Buenos Aires (Argentina) e Lima (Peru). No caso do segmento de cargas, são dez as linhas que apresentam problemas, na avaliação da Secretaria: Brasil com Europa, Estados Unidos, Venezuela, Chile, Peru, Argentina e Uruguai e, internamente, São Paulo com Manaus, com Recife e com Fortaleza.

Ao avaliar a probabilidade de a Latam usufruir de abuso de posição dominante, a Seae previu que se, por um lado, algumas rotas poderiam apresentar dificuldade para novas empresas, especialmente pela capacidade ociosa das companhias já existentes, por outro, os demais fatores mostraram-se favoráveis à rivalidade. Entre eles estão o acesso à infraestrutura e disponibilidades de slots (termo em inglês que indica grade horária e local disponíveis nos aeroportos).

Competição. "Assim, mesmo com poucos ofertantes efetivos, as ameaças dos entrantes potenciais são críveis e sugerem a tendência de práticas de preços em moldes competitivos", explicaram os técnicos da Seae. Para o caso do transporte de cargas, a questão é menos restritiva ainda, na opinião da secretaria. "Se é viável para uma empresa operar no mercado de passageiros em uma determinada rota, é muito provável que também será viável transportar cargas naquela rota."

Antes de ir ao Cade, o documento da Seae será encaminhado à Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça. Tradicionalmente, por um acordo entre as duas secretarias, a SDE deve acompanhar a recomendação da Seae.

Fonte: Estadão

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