O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, pediram neste domingo "uma aplicação rápida e completa das medidas anunciadas" pela Itália e Espanha para sair da crise da dívida.
Eles também afirmaram que "acolheram favoravelmente as decisões tomadas" e que sua aplicação é "essencial para restaurar a confiança nos mercados".
Essa advertência teve como principal alvo o governo do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi. "A meta das autoridades italianas de alcançar o equilíbrio orçamentário com um ano de antecedência é fundamental", afirmam Merket e Sarkozy na declaração conjunta.
No último dia 15 de julho, o Parlamento italiano adotou um plano de austeridade reforçado por cerca de 48 bilhões de euros para salvar o país da crise da dívida.
Após uma semana de turbulências, Berlusconi anunciou na sexta-feira uma aceleração das medidas previstas do projeto orçamentário para os três próximos anos, "a fim de alcançar o equilíbrio orçamentário em 2013, em vez de 2014".
Já na Espanha, o governo de José Luis Rodriguez Zapatero lançou reformas do mercado de trabalho, da previdência social e do setor bancário.
Em meio à crise da Zona do Euro e, depois, do rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos pela agência Standard and Poor's na sexta-feira, Merkel e Sarkozy mostraram-se "preocupados em relação à abertura das bolsas na segunda-feira", de acordo com uma fonte próxima às autoridades dos dois países.
Merkel e Sarkozy também renovaram seu "compromisso em aplicar plenamente" as medidas do acordo da Zona do Euro, assinado em Bruxelas no dia 21 de julho, numa declaração conjunta divulgada pela Presidência francesa.
Entre essas medidas, uma ampliação da possibilidade de ajuda aos países mais frágeis por parte do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, apresentado como um esboço de um futuro Fundo Monetário Europeu.
Eles também pediram para que os parlamentares dos seus dois países autorizem essas medidas "até o fim do mês de setembro". Nesse âmbito, a França já anunciou uma sessão extraordinária do seu Parlamento dos dias 6 a 8 de setembro.
Paris e Berlim também mostraram-se "confiantes" em relação à "análise do BCE", que será "a base adequada para as intervenções" de compra de dívidas que poderão socorrer os países mais vulneráveis.
Fonte: AFP
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