A Rússia se opôs nesta sexta-feira aos pedidos dos Estados Unidos e da União Europeia de renúncia do ditador sírio, Bashar Assad, e disse que ele precisa de mais tempo para pôr em prática as reformas que propôs.
"Nós não apoiamos esses chamados e acreditamos que é necessário agora dar ao regime do presidente Assad tempo para implementar todos os processos de reforma que foram anunciados", disse um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, segundo a agência de notícias russa Interfax.
A posição da Rússia a deixa firmemente contra o Ocidente, que vem aumentando a pressão sobre Assad pela violenta repressão do governo sírio contra manifestantes que há cinco meses pedem o fim de seu regime.
Na quinta-feira o presidente dos EUA, Barack Obama, e a União Europeia fizeram sua primeira exigência explícita de renúncia de Assad. Nações ocidentais disseram que vão preparar uma resolução contra a Síria para ser apresentada ao Conselho de Segurança (CS) da ONU.
A Rússia, que tem poder de voto no CS, por ser membro permanente, tem dito que não apoiará uma resolução contra a Síria, mas aprovou um comunicado em 3 de agosto que criticava a violência e pedia o fim da repressão.
Também nesta sexta-feira, a Espanha manifestou apoio às declarações de Reino Unido, França, Alemanha e Portugal sobre as tentativas de obter uma resolução da ONU para impor sanções ao regime de Assad.
As sanções poderiam incluir um embargo de armas, o congelamento dos bens sírios e uma proibição das viagens de algumas autoridades, segundo Philip Parham, embaixador adjunto do Reino Unido na ONU.
Fonte: Folha
0 comentários:
Postar um comentário