As autoridades da Itália faziam pagamentos aos membros de milícias talebans e aos "senhores da guerra" no Afeganistão para "evitar ataques" aos seus soldados e para "obter proteção", acusou a diplomacia americana em telegramas revelados pelo WikiLeaks.
Os subornos, atestam os documentos, estariam incomodando o então presidente dos Estados Unidos Geore W. Bush (2001-2009) e demais autoridades americanas.
O jornal italiano "L'Espresso" divulgou hoje alguns dossiês do departamento de relações internacionais dos EUA, cedidos pelo WikiLeaks, que solicitavam intervenções "no máximo nível no governo [do premiê Silvio] Berlusconi para acabar com os subornos".
De acordo com o documento, Bush chegou a pedir pessoalmente ao primeiro-ministro italiano que interrompesse os pagamentos às "milícias fundamentalistas".
O documento mais antigo sobre o caso é de abril de 2008, às vésperas das eleições nos EUA. No telegrama, o embaixador americano em Roma, Ronald Spogli, promete que fará "pressões para que as tropas assumam uma atitude mais ativa contra os insurgentes", o que daria um "forte recado" contra os subornos.
Em 6 de junho do mesmo ano, Spogli escreveu para Washington afirmando que Berlusconi "assegurou não saber de nada" sobre os pagamentos, mas se colocou contra a atitude caso fossem "encontradas as provas" das propinas.
Meses depois, o embaixador lamentou em um telegrama a manutenção da prática e disse que a importância da contribuição militar de Roma era prejudicada por causa da "crescente reputação negativa dos italianos, que evitam os combates, pagando resgates e dinheiro para obter proteção".
Porém, ele admitiu que parte dessa suposta "má reputação" estaria baseada em boatos e outra parte em "informações da inteligência que não fomos capazes de verificar completamente".
"Verdade ou não, os italianos perderam 12 soldados, menos, portanto, do que grande parte dos aliados com responsabilidades semelhantes", observou em tom de crítica o diplomata norte-americano. Atualmente, o número de militares da Itália mortos no Afeganistão desde o início da guerra no país, em 2004, é 41.
Fontes da inteligência confirmaram ao jornal "L'Espresso" a existência de pagamentos a líderes locais, frequentemente aliados dos talebans, com os fundos geridos por um funcionário do general italiano Nicolò Pollari, ex-diretor do Sérvio para Informações e a Segurança Militar.
Fonte: ANSA
Os subornos, atestam os documentos, estariam incomodando o então presidente dos Estados Unidos Geore W. Bush (2001-2009) e demais autoridades americanas.
O jornal italiano "L'Espresso" divulgou hoje alguns dossiês do departamento de relações internacionais dos EUA, cedidos pelo WikiLeaks, que solicitavam intervenções "no máximo nível no governo [do premiê Silvio] Berlusconi para acabar com os subornos".
De acordo com o documento, Bush chegou a pedir pessoalmente ao primeiro-ministro italiano que interrompesse os pagamentos às "milícias fundamentalistas".
O documento mais antigo sobre o caso é de abril de 2008, às vésperas das eleições nos EUA. No telegrama, o embaixador americano em Roma, Ronald Spogli, promete que fará "pressões para que as tropas assumam uma atitude mais ativa contra os insurgentes", o que daria um "forte recado" contra os subornos.
Em 6 de junho do mesmo ano, Spogli escreveu para Washington afirmando que Berlusconi "assegurou não saber de nada" sobre os pagamentos, mas se colocou contra a atitude caso fossem "encontradas as provas" das propinas.
Meses depois, o embaixador lamentou em um telegrama a manutenção da prática e disse que a importância da contribuição militar de Roma era prejudicada por causa da "crescente reputação negativa dos italianos, que evitam os combates, pagando resgates e dinheiro para obter proteção".
Porém, ele admitiu que parte dessa suposta "má reputação" estaria baseada em boatos e outra parte em "informações da inteligência que não fomos capazes de verificar completamente".
"Verdade ou não, os italianos perderam 12 soldados, menos, portanto, do que grande parte dos aliados com responsabilidades semelhantes", observou em tom de crítica o diplomata norte-americano. Atualmente, o número de militares da Itália mortos no Afeganistão desde o início da guerra no país, em 2004, é 41.
Fontes da inteligência confirmaram ao jornal "L'Espresso" a existência de pagamentos a líderes locais, frequentemente aliados dos talebans, com os fundos geridos por um funcionário do general italiano Nicolò Pollari, ex-diretor do Sérvio para Informações e a Segurança Militar.
Fonte: ANSA
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