A indústria aeronáutica brasileira é uma das mais competentes e respeitadas do mundo e o "Brasil voa alto" neste setor há vários anos. Foram essas algumas das afirmações dos senadores que reverenciaram, nesta quinta-feira (18), a Empresa Brasileira de Aeronáutica, a célebre Embraer, nos seus 42 anos de existência. Os senadores também enalteceram a trajetória do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e do primeiro presidente da Embraer, e um de seus idealizadores, Ozires Silva.
A homenagem foi requerida pelos senadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Ana Amélia Lemos (PP-RS), primeiros a discursar na sessão, que foi iniciada com a execução do Hino Nacional pela Banda Sinfônica da Base Aérea de Brasília.
O senador Luiz Henrique lembrou sua infância, quando os produtos produzidos no Brasil eram desdenhados como de qualidade inferior e produtos como enxadas, anzóis e tesoura eram todos importados. Fabricar no Brasil aviões a jato, aeronaves militares e aviões executivos sofisticados não era sequer um sonho, disse o senador.
Atualmente, afirmou Luiz Henrique, a Embraer é uma das maiores e mais respeitadas empresas aeronáuticas do mundo, tendo apenas Boeing e Airbus como superiores. O senador registrou que a empresa nasceu das atividades do DCTA e do ITA, instituições de pesquisa, ensino, ciência e tecnologia vinculadas à Força Aérea Brasileira (FAB).
Ozires Silva é homenageado
Luiz Henrique exaltou a figura de Ozires Silva, "um dos maiores responsáveis pelo sucesso da Embraer". Formado aviador militar pela FAB em 1951, Ozires serviu na Amazônia, trabalhou no Correio Aéreo Nacional, diplomou-se engenheiro aeronáutico no ITA, do qual também foi professor, ajudou a criar o lendário avião brasileiro Bandeirantes e presidiu a Embraer entre 1969 e 1986 e entre 1991 e 1995.
- Líder extraordinário, o engenheiro aeronáutico Ozires Silva, paulista de Bauru, dedicou boa parte de sua vida à Embraer e à aeronáutica brasileira - disse Luiz Henrique, lembrando também que Ozires já presidiu a Petrobras e a Varig, trabalhou no Departamento Nacional de Ciência e Tecnologia e criou uma empresa nacional de biotecnologia e medicamentos.
Ozires Silva também já foi reitor da Universidade de Santo Amaro (Unisa) e é o atual reitor da Unimonte, faculdade santista. É também há tempos escritor e colaborador de jornais.
Criado em 1950, informou Luiz Henrique, o ITA é uma das instituições universitárias de maior excelência do Brasil, com ensino, pesquisa e extensão na área aeroespacial. Tem provavelmente o processo seletivo mais difícil do país e as vagas das mais concorridas. Formou e ainda forma grande parte dos engenheiros da Embraer.
- O Brasil voa alto no conceito internacional e nos deixa orgulhosos quando vemos nossas aeronaves sendo usadas por países do primeiro mundo - disse Luiz Henrique.
O senador Cristovam Buarque disse ser contrário à aquisição, pelo Brasil, de caças (avião militar de combate aéreo) produzidos por outros países já que, em sua opinião, a homenagem desta quinta (18) no Senado demonstra que o Brasil tem condições de construir seus próprios caças se assim o desejar.
- Os aviões nacionais são a prova da inteligência brasileira - disse Cristovam, ressaltando que o ITA "é uma escola", o que comprova que, quando a educação é levada a sério, ela pode revolucionar a realidade.
Geovani Borges afirmou que a Embraer produz aeronaves versáteis e confortáveis e fabrica "alguns dos melhores jatos executivos do mundo". O senador informou que a empresa já vendeu mais de 5 mil aviões para 95 países dos cinco continentes.
- Uma das maiores e melhores empresas aeroespaciais do mundo, a Embraer é inventiva e competente ao reescrever o sonho mítico de voar de tantos como o brasileiro Santos Dumont - afirmou Geovani Borges.
A senadora Ana Amélia disse que a Embraer é uma das grandes empresas do país que orgulham todos os brasileiros.
- Há no Brasil um restrito número de empresas que fazem o orgulho dos brasileiros, que chegam mesmo a se sentir donos dessas empresas que são referências do país no exterior - disse a senadora.
Ela destacou o "valor agregado que transcende em muito o valor de um avião voando", uma vez que a produção de aeronaves pela Embraer agrega formação e conhecimento "do mais modesto mecânico ao engenheiro aeroespacial".
Ana Amélia lembrou ainda que, em 1918, o patrono da aviação brasileira Santos Dumont já defendia a criação de uma escola técnica de aviação no Brasil. A senadora reiterou que grandes empresas não são construídas sem a interferência de grandes homens. Ela disse que Ozires Silva trabalhou toda a sua vida para o desenvolvimento da indústria brasileira, conduzindo inclusive o processo de privatização da Embraer.
O senador Jorge Viana (PT-AC) disse que Ozires é sinônimo da aviação no Brasil, e que ele só tem paralelo com o próprio Santos Dumont. Para o senador, Ozires realizou algo único no mundo, em um segmento de alta competitividade que reúne competidores sediados nos Estados Unidos, França e Canadá.
- Ele consolidou uma empresa que ganhou respeito no Brasil e no mundo, e ainda fez a aproximação da Aeronáutica com a sociedade civil - afirmou Jorge Viana.
O senador lembrou que presidiu o conselho de administração da Helibras, e disse que a experiência da Embraer pode contribuir para o desenvolvimento de um polo de hélices rotativas.
Para o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o fato de a Embraer já ter entregado mais de 5 mil aviões para mais de 90 países em todos os continentes é prova do reconhecimento mundial da empresa.
- A Embraer, não preciso dizer, é um orgulho para todos os brasileiros. O resultado do seu esforço trouxe à Embraer respeito do mundo inteiro, aceitação pela excelência dos produtos oferecidos, pela flexibilidade de sua cadeia produtiva e pela alta qualidade dos serviços prestados.
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) considerou que a homenagem à Embraer uma oportunidade de lembrar aos senadores áreas que devem ser priorizadas com investimentos do governo.
- O sucesso do trabalho empreendido pela Embraer, pelo Dr. Ozires, pelo DCTA e pelo ITA serve de demonstração cabal do imenso retorno que é proporcionado pelos investimentos em educação, ciência, tecnologia e inovação - constatou Rollemberg.
Ozires Silva aponta importância da Educação
Convidado para discursar da tribuna do Senado Federal Ozires Silva disse que o fato de a Embraer fabricar aviões para dezenas de países é fruto da educação e destacou o papel do Instituto Tecnológico da Aeronáutica na construção da empresa.
O homenageado também elogiou a parceria que os governos da China e da Coreia do Sul fazem com a sociedade para investir na educação. Ele lembrou que os produtos coreanos e chineses estão no Brasil, mas lamentou que poucos produtos brasileiros estejam nesses países.
Ozires agradeceu a todos aqueles que colaboraram para a construção da Embraer e afirmou que a parceria entre diversos segmentos da sociedade é importante para o fortalecimento do país. Ele lembrou que a Constituição diz que a educação é direito de todos e deve ser promovida com a colaboração da sociedade. Assim, para Ozires, o Brasil terá os trabalhadores mais qualificados. Ele ainda afirmou que uma dedicação eficiente à educação fará o país ser transformado mais rapidamente.
- Tenho o sonho de que o Brasil seja respeitado no mundo todo. Para isso, precisamos de gente competente e qualificada - declarou.
Emocionado, Ozires Silva se disse impactado pela homenagem. Ele se disse orgulhoso, mas transferiu a honra para as equipes que dirigiu.
- Fiquei me perguntando se eu valia tanto. Recebi muito mais do que dei em troca - finalizou o homenageado, que foi aplaudido de pé pelos presentes.
Também participaram, compondo a mesa, o reitor do ITA, tenente-brigadeiro-do-ar Reginaldo dos Santos; o diretor do DCTA, tenente-brigadeiro-do-ar Ailton dos Santos Pohlmann; o prefeito da cidade de São José dos Campos, Eduardo Cury; o vice-presidente de Relações Institucionais da Embraer, Jackson Schneider; e o homenageado doutor em engenharia aeronáutica, Ozires Silva.
Outras autoridades e convidados praticamente lotaram o Plenário do Senado: o ministro do Superior Tribunal Militar, tenente-brigadeiro-do-ar Cleonilson Nicácio; o general-de-brigada do Exército Luis Felipe Linhares Gomes; oficiais da Aeronáutica; professores, pesquisadores e ex-membros do ITA e do DCTA; entre outros.
Fonte: Senado Federal via Notimp
A homenagem foi requerida pelos senadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Ana Amélia Lemos (PP-RS), primeiros a discursar na sessão, que foi iniciada com a execução do Hino Nacional pela Banda Sinfônica da Base Aérea de Brasília.
O senador Luiz Henrique lembrou sua infância, quando os produtos produzidos no Brasil eram desdenhados como de qualidade inferior e produtos como enxadas, anzóis e tesoura eram todos importados. Fabricar no Brasil aviões a jato, aeronaves militares e aviões executivos sofisticados não era sequer um sonho, disse o senador.
Atualmente, afirmou Luiz Henrique, a Embraer é uma das maiores e mais respeitadas empresas aeronáuticas do mundo, tendo apenas Boeing e Airbus como superiores. O senador registrou que a empresa nasceu das atividades do DCTA e do ITA, instituições de pesquisa, ensino, ciência e tecnologia vinculadas à Força Aérea Brasileira (FAB).
Ozires Silva é homenageado
Luiz Henrique exaltou a figura de Ozires Silva, "um dos maiores responsáveis pelo sucesso da Embraer". Formado aviador militar pela FAB em 1951, Ozires serviu na Amazônia, trabalhou no Correio Aéreo Nacional, diplomou-se engenheiro aeronáutico no ITA, do qual também foi professor, ajudou a criar o lendário avião brasileiro Bandeirantes e presidiu a Embraer entre 1969 e 1986 e entre 1991 e 1995.
- Líder extraordinário, o engenheiro aeronáutico Ozires Silva, paulista de Bauru, dedicou boa parte de sua vida à Embraer e à aeronáutica brasileira - disse Luiz Henrique, lembrando também que Ozires já presidiu a Petrobras e a Varig, trabalhou no Departamento Nacional de Ciência e Tecnologia e criou uma empresa nacional de biotecnologia e medicamentos.
Ozires Silva também já foi reitor da Universidade de Santo Amaro (Unisa) e é o atual reitor da Unimonte, faculdade santista. É também há tempos escritor e colaborador de jornais.
Criado em 1950, informou Luiz Henrique, o ITA é uma das instituições universitárias de maior excelência do Brasil, com ensino, pesquisa e extensão na área aeroespacial. Tem provavelmente o processo seletivo mais difícil do país e as vagas das mais concorridas. Formou e ainda forma grande parte dos engenheiros da Embraer.
- O Brasil voa alto no conceito internacional e nos deixa orgulhosos quando vemos nossas aeronaves sendo usadas por países do primeiro mundo - disse Luiz Henrique.
O senador Cristovam Buarque disse ser contrário à aquisição, pelo Brasil, de caças (avião militar de combate aéreo) produzidos por outros países já que, em sua opinião, a homenagem desta quinta (18) no Senado demonstra que o Brasil tem condições de construir seus próprios caças se assim o desejar.
- Os aviões nacionais são a prova da inteligência brasileira - disse Cristovam, ressaltando que o ITA "é uma escola", o que comprova que, quando a educação é levada a sério, ela pode revolucionar a realidade.
Geovani Borges afirmou que a Embraer produz aeronaves versáteis e confortáveis e fabrica "alguns dos melhores jatos executivos do mundo". O senador informou que a empresa já vendeu mais de 5 mil aviões para 95 países dos cinco continentes.
- Uma das maiores e melhores empresas aeroespaciais do mundo, a Embraer é inventiva e competente ao reescrever o sonho mítico de voar de tantos como o brasileiro Santos Dumont - afirmou Geovani Borges.
A senadora Ana Amélia disse que a Embraer é uma das grandes empresas do país que orgulham todos os brasileiros.
- Há no Brasil um restrito número de empresas que fazem o orgulho dos brasileiros, que chegam mesmo a se sentir donos dessas empresas que são referências do país no exterior - disse a senadora.
Ela destacou o "valor agregado que transcende em muito o valor de um avião voando", uma vez que a produção de aeronaves pela Embraer agrega formação e conhecimento "do mais modesto mecânico ao engenheiro aeroespacial".
Ana Amélia lembrou ainda que, em 1918, o patrono da aviação brasileira Santos Dumont já defendia a criação de uma escola técnica de aviação no Brasil. A senadora reiterou que grandes empresas não são construídas sem a interferência de grandes homens. Ela disse que Ozires Silva trabalhou toda a sua vida para o desenvolvimento da indústria brasileira, conduzindo inclusive o processo de privatização da Embraer.
O senador Jorge Viana (PT-AC) disse que Ozires é sinônimo da aviação no Brasil, e que ele só tem paralelo com o próprio Santos Dumont. Para o senador, Ozires realizou algo único no mundo, em um segmento de alta competitividade que reúne competidores sediados nos Estados Unidos, França e Canadá.
- Ele consolidou uma empresa que ganhou respeito no Brasil e no mundo, e ainda fez a aproximação da Aeronáutica com a sociedade civil - afirmou Jorge Viana.
O senador lembrou que presidiu o conselho de administração da Helibras, e disse que a experiência da Embraer pode contribuir para o desenvolvimento de um polo de hélices rotativas.
Para o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o fato de a Embraer já ter entregado mais de 5 mil aviões para mais de 90 países em todos os continentes é prova do reconhecimento mundial da empresa.
- A Embraer, não preciso dizer, é um orgulho para todos os brasileiros. O resultado do seu esforço trouxe à Embraer respeito do mundo inteiro, aceitação pela excelência dos produtos oferecidos, pela flexibilidade de sua cadeia produtiva e pela alta qualidade dos serviços prestados.
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) considerou que a homenagem à Embraer uma oportunidade de lembrar aos senadores áreas que devem ser priorizadas com investimentos do governo.
- O sucesso do trabalho empreendido pela Embraer, pelo Dr. Ozires, pelo DCTA e pelo ITA serve de demonstração cabal do imenso retorno que é proporcionado pelos investimentos em educação, ciência, tecnologia e inovação - constatou Rollemberg.
Ozires Silva aponta importância da Educação
Convidado para discursar da tribuna do Senado Federal Ozires Silva disse que o fato de a Embraer fabricar aviões para dezenas de países é fruto da educação e destacou o papel do Instituto Tecnológico da Aeronáutica na construção da empresa.
O homenageado também elogiou a parceria que os governos da China e da Coreia do Sul fazem com a sociedade para investir na educação. Ele lembrou que os produtos coreanos e chineses estão no Brasil, mas lamentou que poucos produtos brasileiros estejam nesses países.
Ozires agradeceu a todos aqueles que colaboraram para a construção da Embraer e afirmou que a parceria entre diversos segmentos da sociedade é importante para o fortalecimento do país. Ele lembrou que a Constituição diz que a educação é direito de todos e deve ser promovida com a colaboração da sociedade. Assim, para Ozires, o Brasil terá os trabalhadores mais qualificados. Ele ainda afirmou que uma dedicação eficiente à educação fará o país ser transformado mais rapidamente.
- Tenho o sonho de que o Brasil seja respeitado no mundo todo. Para isso, precisamos de gente competente e qualificada - declarou.
Emocionado, Ozires Silva se disse impactado pela homenagem. Ele se disse orgulhoso, mas transferiu a honra para as equipes que dirigiu.
- Fiquei me perguntando se eu valia tanto. Recebi muito mais do que dei em troca - finalizou o homenageado, que foi aplaudido de pé pelos presentes.
Também participaram, compondo a mesa, o reitor do ITA, tenente-brigadeiro-do-ar Reginaldo dos Santos; o diretor do DCTA, tenente-brigadeiro-do-ar Ailton dos Santos Pohlmann; o prefeito da cidade de São José dos Campos, Eduardo Cury; o vice-presidente de Relações Institucionais da Embraer, Jackson Schneider; e o homenageado doutor em engenharia aeronáutica, Ozires Silva.
Outras autoridades e convidados praticamente lotaram o Plenário do Senado: o ministro do Superior Tribunal Militar, tenente-brigadeiro-do-ar Cleonilson Nicácio; o general-de-brigada do Exército Luis Felipe Linhares Gomes; oficiais da Aeronáutica; professores, pesquisadores e ex-membros do ITA e do DCTA; entre outros.
Fonte: Senado Federal via Notimp
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