O governo brasileiro enviará um representante à reunião da próxima quinta-feira em Paris, convocada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, para discutir a crise política na Líbia, informa nesta segunda-feira a "Agência Brasil".
A decisão de participar como país convidado do chamado Grupo de Contato foi tomada após uma reunião nesta segunda-feira entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
China e Índia também foram convidados a participar do encontro, que reunirá representantes dos 40 países que apoiam o movimento e cujo objetivo principal será discutir a reconstrução da Líbia.
O Brasil não definiu ainda quem será seu representante, mas o nome mais cotado é o do embaixador brasileiro no Egito, Cesário Melantônio Neto, que já coordenou operações com os rebeldes líbios para a evacuação de cidadãos brasileiros.
Em outra frente sobre a crise no país norte-africano, o Conselho de Segurança da ONU prepara-se para analisar nesta terça-feira as ideias iniciais estudadas pelo secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, para que o organismo internacional tenha presença na Líbia a partido do momento em que o Conselho Nacional de Transição (CNT, órgão político dos rebeldes líbios) se consolidar no poder.
CASA BRANCA
O anúncio do governo brasileiro chega no mesmo dia em que os EUA afirmaram que não há indicações de que o ditador Muammar Gaddafi tenha deixado a Líbia.
"Se soubéssemos onde ele está, informaríamos às forças de oposição", disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney a repórteres quando questionado sobre o paradeiro do ditador líbio, que não é visto desde que os rebeldes tomaram a capital Trípoli, na semana passada.
Os rebeldes líbios, que recebem ajuda da Otan para encontrá-lo, ofereceram anistia e recompensa de US$ 1,3 milhão para quem o capturar, vivo ou morto.
O presidente do CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão político dos rebeldes líbios, afirmou nesta segunda-feira que Gaddafi continua representando um perigo à Líbia e ao mundo, apesar de não ser visto há mais de uma semana.
Com esta justificativa, o líder rebelde Mustafa Abdel Jalil pediu à Otan que mantenha sua ajuda contra as forças leais ao ditador até o fim dos conflitos.
Nesta segunda-feira, o avanço rebelde à cidade de Sirte, terra natal do ditador e um dos últimos redutos do regime, continua. Segundo os rebeldes, combatentes insurgentes estão a 30 km a oeste de Sirte e cerca de 100 km ao leste, enquanto continuam os esforços mediadores para a rendição pactuada da cidade.
FAMILIARES DE GADDAFI
O Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão político dos rebeldes líbios, afirmou nesta segunda-feira que a Argélia deveria extraditar os familiares de Muammar Gaddafi e que considera o aceite do governo argelino em acolher os parentes do ditador "um ato de agressão".
"Nós prometemos conceder um julgamento justo a todos aqueles criminosos e portanto consideramos isto um ato de agressão", disse o porta-voz dos rebeldes Mahmoud Shamman à agência de notícias Reuters.
"Consideramos que a Argélia fez isto como um ato de agressão contra os anseios do povo líbio. Nós tomaremos todas as medidas necessárias contra isto e pediremos pela extradição deles", acrescentou.
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores argelino afirmou que a mulher de Muammar Gaddafi e três filhos do ditador líbio entraram no país nesta segunda-feira.
"A esposa de Muammar Gaddafi, Safia, sua filha Aisha, seus filhos Hanibal e Mohamed, acompanhados dos filhos destes, entraram na Argélia às 8h45 (4h45 de Brasília) pela fronteira com a Líbia", indicou o ministério em um comunicado divulgado pela agência de notícias APS, sem apresentar maiores detalhes sobre o ditador.
O CNT recebeu mal a notícia e aproveitou a oportunidade para lançar um alerta a outros países. "Estamos advertindo a todos que não abriguem Gaddafi e seus filhos. Nós vamos caçá-los em qualquer lugar, achá-los e prendê-los", acrescentou o porta-voz Mahmoud Shamman.
A Argélia é o único país vizinho da Líbia que ainda não reconheceu o CNT como o governo provisório líbio.
Fonte: Folha
A decisão de participar como país convidado do chamado Grupo de Contato foi tomada após uma reunião nesta segunda-feira entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
China e Índia também foram convidados a participar do encontro, que reunirá representantes dos 40 países que apoiam o movimento e cujo objetivo principal será discutir a reconstrução da Líbia.
O Brasil não definiu ainda quem será seu representante, mas o nome mais cotado é o do embaixador brasileiro no Egito, Cesário Melantônio Neto, que já coordenou operações com os rebeldes líbios para a evacuação de cidadãos brasileiros.
Em outra frente sobre a crise no país norte-africano, o Conselho de Segurança da ONU prepara-se para analisar nesta terça-feira as ideias iniciais estudadas pelo secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, para que o organismo internacional tenha presença na Líbia a partido do momento em que o Conselho Nacional de Transição (CNT, órgão político dos rebeldes líbios) se consolidar no poder.
CASA BRANCA
O anúncio do governo brasileiro chega no mesmo dia em que os EUA afirmaram que não há indicações de que o ditador Muammar Gaddafi tenha deixado a Líbia.
"Se soubéssemos onde ele está, informaríamos às forças de oposição", disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney a repórteres quando questionado sobre o paradeiro do ditador líbio, que não é visto desde que os rebeldes tomaram a capital Trípoli, na semana passada.
Os rebeldes líbios, que recebem ajuda da Otan para encontrá-lo, ofereceram anistia e recompensa de US$ 1,3 milhão para quem o capturar, vivo ou morto.
O presidente do CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão político dos rebeldes líbios, afirmou nesta segunda-feira que Gaddafi continua representando um perigo à Líbia e ao mundo, apesar de não ser visto há mais de uma semana.
Com esta justificativa, o líder rebelde Mustafa Abdel Jalil pediu à Otan que mantenha sua ajuda contra as forças leais ao ditador até o fim dos conflitos.
Nesta segunda-feira, o avanço rebelde à cidade de Sirte, terra natal do ditador e um dos últimos redutos do regime, continua. Segundo os rebeldes, combatentes insurgentes estão a 30 km a oeste de Sirte e cerca de 100 km ao leste, enquanto continuam os esforços mediadores para a rendição pactuada da cidade.
FAMILIARES DE GADDAFI
O Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão político dos rebeldes líbios, afirmou nesta segunda-feira que a Argélia deveria extraditar os familiares de Muammar Gaddafi e que considera o aceite do governo argelino em acolher os parentes do ditador "um ato de agressão".
"Nós prometemos conceder um julgamento justo a todos aqueles criminosos e portanto consideramos isto um ato de agressão", disse o porta-voz dos rebeldes Mahmoud Shamman à agência de notícias Reuters.
"Consideramos que a Argélia fez isto como um ato de agressão contra os anseios do povo líbio. Nós tomaremos todas as medidas necessárias contra isto e pediremos pela extradição deles", acrescentou.
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores argelino afirmou que a mulher de Muammar Gaddafi e três filhos do ditador líbio entraram no país nesta segunda-feira.
"A esposa de Muammar Gaddafi, Safia, sua filha Aisha, seus filhos Hanibal e Mohamed, acompanhados dos filhos destes, entraram na Argélia às 8h45 (4h45 de Brasília) pela fronteira com a Líbia", indicou o ministério em um comunicado divulgado pela agência de notícias APS, sem apresentar maiores detalhes sobre o ditador.
O CNT recebeu mal a notícia e aproveitou a oportunidade para lançar um alerta a outros países. "Estamos advertindo a todos que não abriguem Gaddafi e seus filhos. Nós vamos caçá-los em qualquer lugar, achá-los e prendê-los", acrescentou o porta-voz Mahmoud Shamman.
A Argélia é o único país vizinho da Líbia que ainda não reconheceu o CNT como o governo provisório líbio.
Fonte: Folha
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