O exército americano tem três desafios tecnológicos: como dar a todo soldado um smartphone cheio de apps para fins militares; fornecer suporte para comunicações globais não apenas com redes comerciais como AT&T, Sprint ou Verizon e configurar rapidamente sua própria rede wireless em quase qualquer lugar do mundo.
“Queremos que todo soldado tenha um telefone”, afirma o diretor de operações da brigada de comando de modernização do Fort Bliss, no Texas, Michael McCarthy. Lá, os testes com tablets e smartphones comerciais têm acontecido há meses, algumas vezes com os soldados levando-os para deveres administrativos e treinamentos, ou até mesmo carregando-os para exercícios de campo nos arredores do áspero deserto. Além de McCarthy, Ed Mazzanti e a coronel Marissa Tanner estão liderando o projeto que o exército chama de “Connecting Soldiers to Digital Apps” (“Conectando Soldados a Aplicativos Digitais”).
Mas muitas questões precisam ser respondidas antes que o exército possa dar sinal positivo para os soldados receberem um smartphone. McCarthy afirma que analistas estão tentando descobrir se os smartphones, assim como os tablets, podem ser adaptados para atender considerações específicas de segurança e operação.
O exército quer saber se frequências de rádio designadas como militares podem ser usadas de modo seguro com a nova geração de aparelhos portáteis, de forma a suportar uma rede mais customizada que possa ser configurada em qualquer lugar.
Essa possibilidade está sendo explorada pelo exército, ao revisar três novas tecnologias wireless – uma chamada Monax (da Lockheed Martin), outra da Oceus Networks (em parceria com a Northrop Grumman), e a terceira, o equipamento de “rádio cognitivo” da xG Technology.
Técnicos do exército que estão supervisionando os testes foram encorajados pelo que viram com o equipamento de “rádio cognitivo” da xG, que permite “pulos de frequência” ao buscar continuamente por espectros não usados de frequência, uma técnica que, segundo McCarthy, reduz interferências. O equipamento da xG fornece dados e voz, suportando aproximadamente 4MB para cada usuário de smartphone, apesar de ser dependente do número de usuários e da distância de uma estação base.
“Nosso alvo a frente pode atingir 35 quilômetros da estação base”, explica McCarthy sobre as ideias do exército sobre como pode configurar uma rede de estações base portáteis on the go (em trânsito, em qualquer local). O exército gostaria de poder transportar equipamentos de estações base de rádio wireless de algum tipo para onde for necessário, rapidamente montando e desmontando uma rede para smartphones nas freqüências militares designadas.
O exército parece ser o primeiro dos serviços militares dos EUA a ter tanto interesse em usar smartphones, apesar de a força aérea e a marinha também estarem motivadas, afirma McCarthy, que completa dizendo que países aliados dos EUA, como parceiros da OTAN, também possuem “interesse significativo”.
Segurança dos aparelhos
Mas os smartphones comerciais conseguem realmente atender aos requisitos operacionais e de segurança do exército?
O exército está trabalhando para descobrir isso, testando cerca de 1.200 telefones e outros aparelhos (incluindo algo em torno de 15 modelos básicos de iPhones e iPads, aparelhos Android e Windows Mobile). “O pessoal da HP está lançando o Web OS (sistema) e vão nos mandar alguns dispositivos para teste”, diz McCarthy.
Mas o exército diz não querer escolher apenas um vencedor. Uma maneira prevista para alcançar a diversidade de smartphones envolve usar um framework de software baseado em HTML criado pelos desenvolvedores militares que permite que, uma vez escritos, os apps para smartphones rodem em vários sistemas móveis. Espera-se que esse processo elimine a necessidade do desenvolvimento de aplicativos por várias vezes, explica o diretor.
“Estamos tentando nos manter agnósticos quanto a aparelhos e sistemas móveis”, diz. “Nossa aspiração é comprar os telefones certos para as pessoas certas pelas razões certas.”
O exército espera se virar tanto para o setor comercial quanto para os seus próprios desenvolvedores por aplicativos que os soldados possam precisar. Há algum tempo os desenvolvedores do Fort Lee criaram algumas centenas de apps de logística para o iPhone e smartphones Android, enquanto especialistas miliatares do local escreveram duas dezenas de apps táticos, incluindo variantes de um pedido médico de evacuação.
Os testes mostrarem que a velocidade de preenchimento de formulários médicos de evacuação podem ser reduzidos de 15 minutos para 1,5 minuto usando os recursos de smartphones, alega McCarthy.
Se os smartphones forem usados em operações militares por soldados, esses aparelhos poderiam acabar sendo “tão importantes para eles como suas armas de fogo”, sugere o diretor militar. Ao mesmo tempo, também há a noção de que se os smartphones forem perdidos ou danificados, haveria uma maneira de tratá-los como descarte e ir para um novo. E como usam telas touchscreen, o exército pode precisar encontrar luvas diferentes para os soldados.
Os aplicativos de smartphones já estão mostrando seu valor em projetos-pilotos envolvendo o treinamento de soldados. Isso está melhorando as médias de notas deles em provas do exército, aparentemente porque os aparelhos ajudam a criar um pouco de competição entre os soldados, quase como um videogame, afirma McCarthy. “Antes, nós tínhamos entregas em power-point”, completa, o qual nem sempre foi tido como um formato tradicional atraente.
Mas os smartphones e tablets são “durões” o bastante em termos de segurança e resistência para “entrarem” para o exército?
Essa continua sendo a grande questão. A Agência Nacional de Segurança (NSA), maior agência de espionagem dos EUA, que também atua no departamento de defesa daquele país, está trabalhando para criar opções viáveis de segurança, como chipsets para criptografia que poderiam ser certificados para uso em smartphones.
Os militares também estão de olho em como elementos biométricos, incluindo escaneamento de voz, face ou íris, poderiam ser usados para validar identidades. Uma opção é uma plataforma 3G biométrica da Intel. “Queremos descobrir qual tecnologia funciona melhor e qual os soldados preferem usar”, afirma McCarthy.
Dessa forma, o exército não determinou um prazo para tomar uma decisão sobre os smartphones, e reconhece que a indústria de alta tecnologia, que está literalmente inundando o mundo com sua interminável variedade de aparelhos portáteis, poderia surgir com melhorias radicais em um curto espaço de tempo. Se há algo que dá uma pausa aos militares, é o fato de a maioria dos smartphones e tablets serem fabricados fora dos EUA, incluindo países que nem são aliados. “É uma preocupação”, confirma McCarthy, adicionando ainda que os militares estão compartilhando essas inquietações com as fabricantes. (Ellen Messmer)
FONTE: IDG NOW! via Forças Terrestres
“Queremos que todo soldado tenha um telefone”, afirma o diretor de operações da brigada de comando de modernização do Fort Bliss, no Texas, Michael McCarthy. Lá, os testes com tablets e smartphones comerciais têm acontecido há meses, algumas vezes com os soldados levando-os para deveres administrativos e treinamentos, ou até mesmo carregando-os para exercícios de campo nos arredores do áspero deserto. Além de McCarthy, Ed Mazzanti e a coronel Marissa Tanner estão liderando o projeto que o exército chama de “Connecting Soldiers to Digital Apps” (“Conectando Soldados a Aplicativos Digitais”).
Mas muitas questões precisam ser respondidas antes que o exército possa dar sinal positivo para os soldados receberem um smartphone. McCarthy afirma que analistas estão tentando descobrir se os smartphones, assim como os tablets, podem ser adaptados para atender considerações específicas de segurança e operação.
O exército quer saber se frequências de rádio designadas como militares podem ser usadas de modo seguro com a nova geração de aparelhos portáteis, de forma a suportar uma rede mais customizada que possa ser configurada em qualquer lugar.
Essa possibilidade está sendo explorada pelo exército, ao revisar três novas tecnologias wireless – uma chamada Monax (da Lockheed Martin), outra da Oceus Networks (em parceria com a Northrop Grumman), e a terceira, o equipamento de “rádio cognitivo” da xG Technology.
Técnicos do exército que estão supervisionando os testes foram encorajados pelo que viram com o equipamento de “rádio cognitivo” da xG, que permite “pulos de frequência” ao buscar continuamente por espectros não usados de frequência, uma técnica que, segundo McCarthy, reduz interferências. O equipamento da xG fornece dados e voz, suportando aproximadamente 4MB para cada usuário de smartphone, apesar de ser dependente do número de usuários e da distância de uma estação base.
“Nosso alvo a frente pode atingir 35 quilômetros da estação base”, explica McCarthy sobre as ideias do exército sobre como pode configurar uma rede de estações base portáteis on the go (em trânsito, em qualquer local). O exército gostaria de poder transportar equipamentos de estações base de rádio wireless de algum tipo para onde for necessário, rapidamente montando e desmontando uma rede para smartphones nas freqüências militares designadas.
O exército parece ser o primeiro dos serviços militares dos EUA a ter tanto interesse em usar smartphones, apesar de a força aérea e a marinha também estarem motivadas, afirma McCarthy, que completa dizendo que países aliados dos EUA, como parceiros da OTAN, também possuem “interesse significativo”.
Segurança dos aparelhos
Mas os smartphones comerciais conseguem realmente atender aos requisitos operacionais e de segurança do exército?
O exército está trabalhando para descobrir isso, testando cerca de 1.200 telefones e outros aparelhos (incluindo algo em torno de 15 modelos básicos de iPhones e iPads, aparelhos Android e Windows Mobile). “O pessoal da HP está lançando o Web OS (sistema) e vão nos mandar alguns dispositivos para teste”, diz McCarthy.
Mas o exército diz não querer escolher apenas um vencedor. Uma maneira prevista para alcançar a diversidade de smartphones envolve usar um framework de software baseado em HTML criado pelos desenvolvedores militares que permite que, uma vez escritos, os apps para smartphones rodem em vários sistemas móveis. Espera-se que esse processo elimine a necessidade do desenvolvimento de aplicativos por várias vezes, explica o diretor.
“Estamos tentando nos manter agnósticos quanto a aparelhos e sistemas móveis”, diz. “Nossa aspiração é comprar os telefones certos para as pessoas certas pelas razões certas.”
O exército espera se virar tanto para o setor comercial quanto para os seus próprios desenvolvedores por aplicativos que os soldados possam precisar. Há algum tempo os desenvolvedores do Fort Lee criaram algumas centenas de apps de logística para o iPhone e smartphones Android, enquanto especialistas miliatares do local escreveram duas dezenas de apps táticos, incluindo variantes de um pedido médico de evacuação.
Os testes mostrarem que a velocidade de preenchimento de formulários médicos de evacuação podem ser reduzidos de 15 minutos para 1,5 minuto usando os recursos de smartphones, alega McCarthy.
Se os smartphones forem usados em operações militares por soldados, esses aparelhos poderiam acabar sendo “tão importantes para eles como suas armas de fogo”, sugere o diretor militar. Ao mesmo tempo, também há a noção de que se os smartphones forem perdidos ou danificados, haveria uma maneira de tratá-los como descarte e ir para um novo. E como usam telas touchscreen, o exército pode precisar encontrar luvas diferentes para os soldados.
Os aplicativos de smartphones já estão mostrando seu valor em projetos-pilotos envolvendo o treinamento de soldados. Isso está melhorando as médias de notas deles em provas do exército, aparentemente porque os aparelhos ajudam a criar um pouco de competição entre os soldados, quase como um videogame, afirma McCarthy. “Antes, nós tínhamos entregas em power-point”, completa, o qual nem sempre foi tido como um formato tradicional atraente.
Mas os smartphones e tablets são “durões” o bastante em termos de segurança e resistência para “entrarem” para o exército?
Essa continua sendo a grande questão. A Agência Nacional de Segurança (NSA), maior agência de espionagem dos EUA, que também atua no departamento de defesa daquele país, está trabalhando para criar opções viáveis de segurança, como chipsets para criptografia que poderiam ser certificados para uso em smartphones.
Os militares também estão de olho em como elementos biométricos, incluindo escaneamento de voz, face ou íris, poderiam ser usados para validar identidades. Uma opção é uma plataforma 3G biométrica da Intel. “Queremos descobrir qual tecnologia funciona melhor e qual os soldados preferem usar”, afirma McCarthy.
Dessa forma, o exército não determinou um prazo para tomar uma decisão sobre os smartphones, e reconhece que a indústria de alta tecnologia, que está literalmente inundando o mundo com sua interminável variedade de aparelhos portáteis, poderia surgir com melhorias radicais em um curto espaço de tempo. Se há algo que dá uma pausa aos militares, é o fato de a maioria dos smartphones e tablets serem fabricados fora dos EUA, incluindo países que nem são aliados. “É uma preocupação”, confirma McCarthy, adicionando ainda que os militares estão compartilhando essas inquietações com as fabricantes. (Ellen Messmer)
FONTE: IDG NOW! via Forças Terrestres
coitado dos EUA...no brasil nos ja temos os avançados copos descartaveis com uma corda de barbante interligando nossos fuzileiros para poderem conversar.
ResponderExcluiruhsauhsahu