Com a aprovação de outro contrato de defesa de vários bilhões de dólares recentemente, a Índia está direcionando esforços para modernização de suas forças armadas com um impulso significativo. Segundo a AFP, o secretário de Defesa Shri Pradeep Kumar aprovou a proposta apresentada pela francesa Dassault e a Thales, bem como o grupo MBDA, para atualizar sua antiga frota de Mirage 2000 "Vajra" a um custo de cerca de 2,4 bilhões dólares.
Embora o contrato não tenha sido oficialmente confirmado, segundo informou a agência de notícias Press Trust of India, o contrato foi aprovado na quarta-feira pela comissão do gabinete indiano de segurança. Alinhado com os grandes esforços do governo indiano para modernizar e aumentar a quantidade de seus equipamentos militares, o Ministério da Defesa concordou em avançar com este programa, depois de ter sido adiado em 2006, em particular, devido a questões de custos.
Operados pela Força Aérea Indiana (IAF) desde meados dos anos 1980, os 51 caças de fabricação francesa são um trunfo importante para as forças armadas do país, fornecendo importantes capacidades ar-terra, incluindo ataques nucleares. No entanto, após ter um bom desempenho durante a Guerra em Kargil no ano de 1999 e estando em serviço por mais de 25 anos, as aeronaves necessitam urgentemente de retrofits importantes para efetivamente continuarem seu serviço com o IAF.
Apesar da idade das aeronaves, seu papel foi recentemente sublinhado pelo ex-Marechal do Ar, Fali Major, que disse ao jornal Hindustan Times: "O Mirage 2000 é a aeronave mais importante na frota da força aérea, após o Sukhoi-30". Ele sublinhou ainda que a atualização é "crucial" para preencher o fosso de capacidades até que a aeronave do programa MMRCA seja introduzida em serviço.
O programa de atualização que, supostamente, irá incluir a integração de sistemas avançados de navegação, computadores de missão, sistemas de guerra eletrônica e de radar, deverá acrescentar mais 20 a 25 anos de serviço para o Mirage 2000 indiano. Segundo uma fonte da AFP, "o trabalho deve levar nove anos e vai ter dois dos Mirages sendo modernizados na França", enquanto a aeronave não será atualizado por pela sede da Hindustan Aeronautics(HAL)em Bangalore.
AQUISIÇÃO DE AERONAVES INDIANAS
A Força Aérea indiana recebeu muita atenção internacional devido à divulgação dos programas de aquisições de aeronaves. O mais proeminente chamado MMRCA, que visa proporcionar a IAF 126 caças de última geração multifunção, tendo uma projeção de 10,4 bilhões de dólares, no qual o Dassault Rafale e o Typhoon Eurofighter foram pré-selecionados.
Outro grande contrato foi assinado recentemente pelo Ministério da Defesa indiano e o governo dos EUA para a compra de dez Boeing C-17 Globemaster, aeronave de transporte de grande porte, sendo adquirida através do FMS, premiando a Boeing com um contrato de 4,1 bilhões e faz da Índia o maior cliente de exportação do C-17.
Além disso, a Índia encomendou seis Lockheed Martin C-130 J-30 em 2008 por cerca de1,1 bilhões para as suas forças de operações especiais, com uma opção para seis aeronaves adicionais, e está aguardando a entrega de 12 Boeing P-8I Poseidons para a Marinha, com entrega prevista para começar em 2013 a um custo de quase 3 bilhões.
No final de junho de 2011 foi informado que a Índia finalizou um contrato de 1 bilhão na compra de 75 aeronaves Pilatus PC-7 MkII de treinamento, o que representa o maior contrato para o treinador da empresa suíça. Além disso, a Pilatus poderia supostamente receber a opções para até 200 aeronaves adicionais para o IAF.
Juntamente com o principal caça de superioridade aérea da IAF, o Sukhoi Su-30MKI (um total de 272 destas aeronaves de combate de fabricação russa foram encomendados a um custo unitário de 35.9 milhões), a Índia tem vindo a estabelecer a maior e mais capaz força aérea da região e saltou para o topo dos maiores importadores mundiais de equipamento militar.
De acordo com um relatório do Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), a Índia se tornou o maior importador de armas do mundo, tendo recebido nove por cento do volume de transferências internacionais de armas entre 2006 e 2010, contabilizando 82% das importações de armas russas.
Fonte: Defense & Professionals
Tradução e Adaptação: Angelo D. Nicolaci
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